Podia jurar que babava, tipo aqueles desenhos antigos diante de uma comida, tremia, queria tocar, sua mão coçava por isso, olhou fixamente para o busto de Manuela e o pijama que ela usava apesar de elegante, não ajudava muito a aplacar o desejo que surgiu, mas precisava mudar seu foco, se obrigou a prestar atenção na música quando chegou no refrão.
— "So I'm gonna love you like I'm gonna lose you... I'm gonna hold you, like I'm saying goodbye... Wherever we're standing, I won't take you for granted...Cause we'll never know when... When we'll run out of time"
— Tá! Já entendi que você canta. — interrompeu Manuela, tocando em sua perna o seu toque a fez sobressaltar. — Tua voz é linda, devia investir no ramo. — disse brincando.
— Acha mesmo? — perguntou e seus olhares se cruzaram.
— Eu estarei na primeira fila se você fizer um 'show'. — Manuela sorrio, deu um tapinha em seu ombro.
— Qual é, tá de sacanagem com a minha cara!
— E eu tenho cara de alguém que brinca com isso? — riram juntas — Tá! Eu tenho, desisto, mas dessa vez estou falando sério.
— Você foi a primeira pessoa que eu cantei, desse jeito.
— Esperando para ser a primeira em outras coisas também. — Sentiu seu rosto ruborizar, no mesmo instante que proferiu essas palavras.
Manuela achou melhor, por via das dúvidas, se fazer de desentendida, para não deixar a outra mais constrangida, bebeu um longo gole de vinho, pensou iria ficar porre assim, era a quinta ou sexta taça, não recordava, havia parado de contar a um tempo.
— Heloísa você está flertando comigo? — perguntou de pronto se arrependendo logo em seguida ou ver o olhar confuso que a outra jogou em sua direção. — Desculpa, que pergunta idiota! Óbvio que não!
Fez menção de levantar, o que foi impedida imediatamente por Heloísa a sua frente, seus olhares se encontraram, o corpo todo de Manuela tremia com o olhar que a outra lhe lançou e sem estar acostumada a se admirada desse jeito, arfava.
Sentiu a mão de Heloísa subir sensualmente por suas coxas e parar em sua cintura, nesse momento fechou os olhos, como se assim pudesse sentir melhor o toque, sentiu sua aproximação e não fez questão alguma de se afastar, pelo contrário, se aproximou também, deixando claro seu desejo, ao abrir seus olhos para confirmar ser mesmo o que pensava estar acontecendo, seus olhares se encontraram.
— Quero te beijar! — Disse Helô. — Mas se eu fizer isso, acredito que não vai parar só no beijo. Então se você não quiser, agora é a hora de falar!
Como iria dizer isso, se ansiava pela boca, pelo corpo, pelo toque dela? Seria loucura negar seu desejo, passou seu braço pelo pescoço de Heloísa a puxando ainda mais para perto de si.
— Não sou louca de dizer o contrário! — Manuela pronunciou e foi a última coisa que consegui dizer.Podia dizer estar acostumada a beber, podia sim, porque de fato era, mas quando percebia, que estava chegando no nível em que não conseguia se controlar, parava imediatamente de consumir bebida alcoólica, mas ali com Manuela, havia se soltado, e parecia finalmente livre, ouvi-la cantar, parecia uma melodia vinda dos anjos, a alguém sem esperança alguma, quando seus olhares encontraram-se acendeu dentro dela uma chama difícil de aplacar, quando deu por si a impediu de levantar e suas mãos, tocaram sua coxa por sobre o tecido de linho fino do pijama, sentiu o calor que dela emanava o que foi um convite para subir até sua cintura. Ao chegar lá, não ficou contente ao perceber que o toque sobre o tecido, não era tão satisfatório, colocou suas mãos por debaixo da camisa do pijama e, nessa altura sim, apreciou melhor o contato.
Estava nervosa, queria beijá-la e admitir isso foi um choque, ou não, tinha dificuldade em admitir que se sentia atraída por mulheres, mas Manuela não, era qualquer mulher, sabia estar deixando suas barreiras caírem, mas devido ao álcool, todavia que se foda. Queria beijá-la e não só isso foi, quando consumida pelo desejo perguntou
— Quero te beijar, mas se eu fizer isso, acredito que não vai parar só no beijo. Então se você não quiser, agora é a hora de falar!
Quando ouviu a resposta de Manuela seu coração explodiu em expectativa, ela a queria também. Foi o suficiente para que suas bocas se encontrassem.
O beijo de início foi tranquilo, pareciam duas adolescentes, descobrindo o que era um beijo pela primeira vez, leve e calmo, provando se descobrindo, gradualmente foi intensificando e não pode dizer ao certo o exato momento em que puxou Manuela para o seu colo, não conseguiu precisar o instante em que sua mão começou a segurar os seios dela por debaixo da camisa, será que foi quando ouviu o primeiro gemido, baixinho e contido, ou foi quando deixou de beijar sua boca, para beijar seu pescoço, precisava de mais, decidiu aprofundar a exploração, apertou delicadamente o bico de um dos seios em sua mão e Manu, soltou um gemido, fazendo que assim ela voltasse a sua boca, contudo dessa vez introduzindo a língua, quando sentiu suas línguas se encontrarem soltou um gemido.
Heloísa estava desesperada por mais, começou a abrir botão por botão da camisa de Manuela delicadamente, tinha medo de assustá-la, mas a vontade que tinha era arrancar aquela roupa que atrapalhava que tivesse um contato mais íntimo com ela, quando deu por si, soltou-se do beijo para apreciar os seios soltos a sua frente, sem se conter, após um breve análise, tomou um em sua boca, enquanto segurava o outro em êxtase, por ouvir os gemidos de Manuela, que se contorcia jogando o corpo para trás, a cada toque.
Voltando a si daquela explosão de desejo, teve medo que acontecesse algum acidente caso quebrassem a mesa em que estão sentadas. Difícil voltar a razão, mas precisava, levantou devagar, fazendo que Manuela instintivamente se levantasse também.
— O que foi? — a ouvir a perguntar, Heloísa segurou seu rosto entre as mãos e a beijou novamente a levando em direção a cama. — hum, hum!
— Quero evitar um acidente. — a beijou novamente — E que esse acidente atrapalhe a gente. Então aqui é melhor! — e com isso a empurrou sobre a cama.
Manuela deu um grito surpresa e começou a rir sendo seguida por Heloísa, a cumplicidade das duas nesse momento foi tocante, mas Helô não queria quebrar o clima, se posicionou sobre ela e logo, Manu sentiu sua boca sendo invadida pelo beijo e pela língua dela, sentia seu corpo vibra a cada toque, se acomodou melhor para senti-la, quando viu que Heloísa se afastava, tentou segurá-la, pois só o fato de ter espaço entre ambas deixava um profundo vazio nela.
— Se não me soltar, não vou conseguir tirar minhas roupas. — Falou Heloísa arfante.
— Então deixa que eu tiro — retrucou.
Quando Heloísa, assentiu em concordância, Manuela sentou a beira da cama a puxando para mais perto, engoliu em seco e a olhou, se alguma vez já vira aquela espécie de olhar que ela lhe lançava, não recordava, era um olhar totalmente envolto de luxúria, na qual não a intimidou, não perderam contato visual nem por um segundo, enquanto a despia, primeiro se livrou da camisa a jogando para longe, tocou seu busto e ela gemeu, ainda olhando aqueles olhos, lascivo com as mãos a percorreu até chegar ao short, que compunha o conjunto, uma vez ali parou, e puxou para mais perto, Manuela nunca se sentiu ousada, mas naquele momento usou e esbanjou ousadia, quando retirou a última peça. Entendeu o verdadeiro significado de perfeição, porque estava ali a sua frente, lindamente nua, permitiu que sua mão percorrer livremente pela barriga de Heloísa, sentiu a textura do abdome talhado, ela devia gostar mesmo de academia, nesse momento uma insegurança sobre seu corpo a infringiu a fazendo se afastar rapidamente.
Heloísa estranhou a mudança repentina de Manuela.
— O que foi? — Perguntou — Não gostou do que viu?
— Não é isso! — Se voltou para ela — Talvez você não goste de ver, eu não sou bonita.
— Que bobagem! — Estendeu a mão tocando seu rosto, lhe disse — Você é perfeita em tudo. Vou te mostrar!
— Apaga a luz então!
— Não! — E a empurrou e começou a tirar sua roupa. Primeiro a calça do pijama, beijando sua panturrilha. — Quer se arrepender? Só amanhã, por favor! Porque se eu não, te amar, agora vou enlouquecer.
Jogou longe as roupas de Manuela, e se posicionou entre suas pernas, naquela hora toda insegurança existente se dissipou e só existia a mulher a sua frente. Beijaram-se como se necessitassem do gosto uma da outra, as mãos de Heloísa percorria seu corpo, provocando sensações até então desconhecidas, seu corpo se contorcia ansiando por algo que não sabia, mas entendia desejar, enterrou a unha na costa de Heloísa provocando um gemido, notou que ela gostava, riu, sentiu os lábios dela em seu pescoço e não conseguia entender, o que ela dizia, a cada beijo, mas a voz dela só a atiçava. Pegou uma das mãos dela levando seu dedo indicador até a sua boca o chupando.
Helô estava hipnotizada, pela sua ousadia momentânea.
— Ainda duvida que você é perfeita? — perguntou ofegante, enquanto sentia seu dedo ser chupado por Manu, ela soltou um sorriso tímido em sua direção, dando a oportunidade para Heloísa afastar suas pernas e a olhando profundamente a penetrou, primeiro foi apenas um dedo, para explorar, ao sentir a unidade, gemeu engolindo a saliva, pois estava morta de desejo, ao sentir a cavidade umedecida e extremamente molhada, começou a acelerar, parando para observar as sensações produzida em Manu a cada investida, a ouviu gemer e pedir por mais, com isso decidiu utilizar mais um dedo o que provocou mais uma enxurrada de gemidos, e uma Manuela louca, não soube quanto tempo passou, sentindo o sexo latejante da companheira, mas para ela podia viver ali. Estava em êxtase, retirou sua mão, mas não sem ouvir protesto, e se posicionou entre as pernas entreabertas de Manu, que ao senti-la não impôs resistência, e começou a se mover, Manuela a acompanhou repetindo seu gesto. Em determinado momento, estava quase chegando no ápice, sentia suas partes molhadas, as unhas dela em sua costa, a segurando.
— Manuela, não vou aguentar! — a olhou e beijou, sem parar de se movimentar.
— Nem eu vou! — respondeu — Acredito que vou gozar, ai, ai, ai! Helô! Vamos juntas!
— Ai, shiiiii... shiiii vamos, acho que agora!
O abraço seguido de espasmos e por corpos suados, foi contemplado por uma tranquilidade advinda do prazer sentido, tão forte que não conseguiam mensurar. Heloísa sorria sem entender, talvez porque nunca, sentira algo semelhante ao se deitar com um homem, estava no paraíso, se jogando ao lado de Manuela a abraçou, para que assim conte-se o coração disparado, lhe deu um beijo na testa, a puxando para si, e sentiu seu abraço, fechou os olhos sentindo a paz, mas o contato novamente da pele na pele, incendiou seu desejo novamente tão poderosamente quanto da primeira vez.
— Quero de novo! — Dizendo isso, se afastou para olhá-la.
— Você pode me dar cinco minutinhos? — perguntou Manuela um pouco arfante.
— Faltou eu te mostrar uma coisa!
— Eu imagino que faltou me mostrar muito mais coisas! — Sorriu — Mas eu sou mais velha que você e não tenho o mesmo pique. — rindo ainda — Mais cinco minutinhos é o suficiente para eu me recuperar.
— Mais cinco minutos é muito tempo, para mim! — e com isso foi novamente para cima dela, e começou a sessão de beijos, descendo pelo abdômen, até chegar na virilha, que Manu tentou proteger com as mãos, suas partes, mas Heloísa não permitiu, afastando-as. — Não precisa ficar com vergonha de mim! — falou seria. — Você é perfeita! Eu... — parou confusa — Eu quero você!
— Então pega! — Respondeu tomada pelo desejo novamente, se contorceu ao sentir a língua, tocar sua vagina. Que sensações eram aquelas um turbilhão nunca em sua vida sentindo, sentia-se em uma montanha-russa quando chegava no topo, para a expectativa da queda, perdeu a noção de quantas vezes abrira a boca e pronunciava sons que nem ela sabia ser capaz de produzir. Em determinado momento arqueou a costa, levantando o bumbum da cama, Heloísa a acompanhou ficando de joelhos e intensificando mais a investida em seu sexo, o mundo parou ou pelo menos foi como sentiu, no momento em que a explosão de prazer invadiu seu corpo.
Heloísa segurou a Manuela no exato momento em que sentiu que ela não aguentava mais, a impedindo de se afastar, a chupou até perceber que o instante do orgasmo chegando e se deleitou, permitindo a si, atingir a plenitude do seu clímax.Nota da Autora: 😉 E aí belezinhas!!! Devo pedir 🙏🏻😞 desculpas, por demorar kkkkk mas minha pacata vida deu uma virada de 360º para esquerda😩, devo dizer que por um lado foi bom, mas no outro nem tanto e sim me desanimei de escrever☹️. Perdão!!! 😙 Estou voltando aos poucos, Bjinhos e só lembrando se tiver algum erro de português ái... perdoa eu, pois não tenho formação acadêmica e isso para minha pessoa é um hobby. 💃🏻 espero que gostem.
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Se Deixe Levar
RomanceManu é uma mulher casada e vive um casamento tranquilo, entretanto sua vida muda por completo, depois que descobre por Heloisa noiva do melhor amigo de seu marido, que as coisas não são bem assim. E que seu casamento não é um conto de fadas. Toda s...