kaulitz.

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a boate estava cheia, não era como as outras que frequentava, havia diversas estripers se esfregando no pole dance enquanto homens ficava em sua volta jogando dinheiro, aquilo parecia mais um puteiro.
Eu estranhava ao entrar mas seguia caminho.

eu me encostava no balcão onde havia vários atendentes fazendo drinks e acabo pedindo um.
Eu pegava o copo e ia para a pista de dança, onde tocava uma das melhor dos anos 2000.

Eu me balançava rapidamente mexendo meus quadris enquanto vejo várias pessoas entrando na pista de dança também e dançando. As luzes ficavam mais baixas e o som mais alto, eu sentia minha cabeça rodar de tanto dançar.

Sinto olhares sobre mim, sinto como se e tivesse sendo observada por todos que estavam ali, eu parava de dançar quando cai para o lado com o copo em minha mão e acabava derrubando bebida no chão, percebendo que já estava tonta o suficiente para achar que aquele sentimento que estava sentindo poderia ser coisa da minha cabeça.

Parando o que estava fazendo, limpando minha boca e me sentando em um dos banquinhos que ficavam em frente ao balcão. Dou goles a mais em minha bebida e respirava fundo enquanto observava as outras pessoas dançarem.

Não demorava muito para que eu conseguisse ver de canto de olho um cara bonito e alto, ele usava correntes em seu pescoço e metade de sua roupa era preta, seu cabelo era alto e bem volumoso chamando atenção de qualquer um ali.

Ele me encarava enquanto bebia algo em seu copo, me deixando curiosa e querendo saber o por que que estava me olhando daquele jeito. Seus olhos não eram pretos e sim, um pouco claros fazendo deles bem marcantes.

Eu encarava o mesmo de volta já com raiva pois parecia ser muito mais velho que eu, ele logo em seguida deixava seu copo na mesinha ao lado e vinha em minha direção com as mãos no bolso. Parecia que estava esperando eu olhá-lo para reagir.

Ele parava em meu lado, ele não sentava nos bancos e apenas se apoiava no balcão me olhando.

— Oi? — ele dizia fazendo-me olhar quase imediatamente.

— Oi. — eu respondia curto e seco. Na minha cabeça só era mais um cara mais velho que comia com os olhos garotinhas de menores por ali.

— o que faz sozinha aqui? — ele perguntava se virando para mim, não estava com uma expressão séria mas parecia estar bem à vontade.

— e te interessa? — eu dizia já virando a cara para que não pudesse dizer aquilo olhando para os seus olhos sexy.

— toda marrenta, né? — ele dizia com um sorrisinho de lado no rosto. — me chamo bill, prazer. — ele estendia a mão em minha direção, mas mantia a cara virada. — foi um prazer te conhecer também, castellani. — ele soltava. E no mesmo instante um arrepio passou pela minha espinha, e meu corpo se enrijeceu. Eu me virava respirando fundo.

— como caralhos você sabe meu sobrenome? — eu perguntava não conseguindo captar o que acontece ao meu redor, franzindo o cenho e encarando o mesmo sem desviar olhares.

— não sei, só achei que tem cara de castellani. — ele dizia pegando o cardápio ao lado e escolhendo alguma bebida. — então, você realmente é da família castellani.. — sua voz saia quase como um sussurro. - interessante.

O atendente do balcão chegava com a sua bebida e empurrava para ficar em sua frente.

— vem sempre aqui? — ele me perguntava tentando quebrar o gelo.

— olha. o que você quer comigo? Hein?! — eu me virava rapidamente para o mesmo fazendo ele me encarar sem dizer nada. Apenas me olhava nos olhos com uma expressão séria.

— me deixa em paz, tá bom?! — eu dizia e me levanto saindo pro lado de fora da boate. Vou para o estacionamento e vejo que havia diversos carros lá, me encosto em um deles e tiro a carteira de cigarro no meio dos meus seios.
Me dava conta que não havia nada para acendê-los, eu bufava guardando o cigarro que havia pegado.

Logo em seguida, ouço um som de motores se aproximando e tomando conta do lugar, e olhando para a estrada um pouco mais a frente conseguia ver três carros correndo em alta velocidade pela pista, eles desaceleram quando chegavam perto da boate e invés de estacionarem no estacionamento onde eu estava, eles estacionavam um pouco mais a frente da boate do outro lado da rua. Isso fazia eu me questionar se eles vieram para curtir ou para assaltar o lugar.

Não me interessava. Não tinha mais oque fazer ali, só me restava ir para casa e encher a cara até cair no sono novamente.

já estava tarde e resolvi que iria para casa, eu pegava o meu celular e via que estava quatro por cento de bateria.

- merda. - eu resmungava já sabendo que teria que ir embora a pé mesmo sabendo que seria perigoso.
Não tenho mais nada a perder, eu ja estava emocionalmente perdida e sem ânimo nenhum, então não estava nem um pouco preocupada se aconteceria algo comigo.

Minha bexiga estava cheia, então decidi que usaria o banheiro da boate antes de seguir caminho, não estava afim de chegar com as pernas molhadas em casa.

Eu entrava na boate que estava do mesmo jeito que sai, eu não os achava, aqueles homens que haviam estacionado o carro perto da boate, eu poderia ter me enganado. Bom, não precisaria me preocupar com isso afinal, já estava de saída.

Eu subia as escadas olhando para baixo e vendo todos ali dançando com ânimo, ficava impressionada com o número de pessoas que estava ali em um dia de semana. eu seguia caminho subindo as escadas devagar, até eu ver um homem descendo as escadas rapidamente sem olhar para frente, ele estava de preto e com um tipo de bandana na testa. Eu só conseguia reparar no cigarro em sua boca que me chamava atenção.

— perdão? — eu falava com o mesmo que me olhava de cima a baixo sem nenhuma expressão em seu rosto. — você ter isqueiro aí? — eu perguntava fazendo ele ficar alguns segundos me encarando sem falar nada, seus olhos se pareciam muito com os do cara que eu estava conversando no balcão.

Eu estava esperando sua resposta, mas ele apenas enfiava sua mão no bolso de sua calça tirando o isqueiro ainda olhando em meus olhos me fazendo desviar o olhar olhando para as pessoas lá em baixo.

— aqui. — eu ouvia sua voz rouca e sexy. Ele me entregava o isqueiro e eu tirava a carteira de cigarro dos meus seios meio sem jeito. Tirava um dos cigarros e acendia com o seu isqueiro.

— obrigada.. — eu o devolvia sem olhar em seu rosto pois sabia que ele estaria. Coloco o cigarro em minha boca e subo os últimos degraus rapidamente.
Chego no banheiro e tento abrir a porta mas estava trancada, eu batia na mesma e minutos depois um cara abria a porta junto com uma mulher ao seu lado e saiam do banheiro, a mulher passava por mim insinuando que eu havia atrapalhado algo mas dou de ombros.

Entro no banheiro e fecho a porta. A luz dele era baixa e os sons da música do lado de fora ficavam abafados no banheiro, eu abaixava tirando a parte de baixo e sentando na privada. Logo em seguida quando estava me levantando ouço sons de tiro e de pessoas gritando do lado de fora, fico confusa pois não fazia ideia do que estava acontecendo no momento.

Até me dar conta do que tinha acabado de ocorrer, eu estava sentindo que aquilo iria acontecer e, não tenho certeza mas alguma coisa dizia que era aqueles três caras que saíram do carro preto quando eu estava no estacionamento. Eu estava com medo de sair dali, não sabia se devia sair e me esconder ou se ficava onde estava, mas em algum momento eles iriam no banheiro para checar.

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𝐀𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐫𝐞𝐝 𝐛𝐥𝐨𝐨𝐝. - KAULITZ.Onde histórias criam vida. Descubra agora