PRÓLOGO

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Nicolas Lucchesi

10 anos antes.

-- tio eu não dou conta de tudo isso, eu não sou meu pai. - digo afrouxando a gravata para buscar ar.

-- calma Nick nois vamos estar do seu lado e você sabe que é mais que capaz de tudo. - tio Rafael fala parado em minha frente.

-- Nick se acalme nois vamos resolver tudo. - Lorenzo fala e me permito sentar na poltrona que antes era de meu pai e quase nem esfriou.

10 anos depois.

Não aguento mais esses velhos falando e discutindo o meu futuro.

-- JA CHEGA.-  grito e logo o silêncio toma conta da sala de reuniões.

-- mais senho..- um dos meus concelheiros tenta falar mais eu levanto a mão e ele abaixa a cabeça.

-- eu vou me casar porque sei da minha obrigação perante a máfia mais eu mesmo irei escolher a minha primeira dama e não quero mais ouvir falar nisso. - digo e vejo alguns dos velhos descansar os ombros aliviados.

A um tempo o concelho me pressiona para ter herdeiros e me casar, vim adiando isso até quando pude mais vejo que agora não tenho escolha.

Saiu da sala de reuniões e vou para meu escritório enquanto Lorenzo me acompanha.

Ao longo desses dez anos que estou a frente da máfia me tornei o dom de todo território italiano e fiz minha fortuna triplicar, não foi fácil claro mais nada me impediu.

-- você vai mesmo escolher a sua futura dama.- Lorenzo se joga na cadeira a minha frente enquanto me sento na antiga cadeira atrás da mesa.

-- não tenho paciência para um pequeno grupo de velhos me enchendo o saco, ou é isso ou matar todos oquê você acha? - digo e ele olha sério pois sabe muito bem que sou capaz disso.

-- melhor começar logo a procurar sua futura esposa porque não quero participar de uma guerra com esses velhos.- Lorenzo fala e sai da sala me deixando sozinho.

Me encosto melhor na cadeira e penso que essa é a pior decisão que já tomei.

Mais sei que nenhuma mulher terá meu amor ou será nada além da futura mãe dos meus herdeiros... Herdeiros, nunca pensei nisso e agora tenho que colocar no mundo alguém que futuramente estará no meu lugar e passará a dor de me perder assim como eu perdi meu pai.

Desde que o perdi foi como se algo dentro de mim morresse junto com ele, não tenho afeto ou carinho por ninguém além da minha família e mesmo assim não demonstro como antes, me tornei frio e arrogante ao ponto de afastar a todos do meu lado.

O desafio agora é contar para toda a família que irei me casar, mais por obrigação e não por vontade própria, consigo sentir até pena da mulher que entrar na minha vida, pois não terá nada além poucas palavras e um sexo sem prazer, porque prazer eu sei onde encontrar e não será em casa com uma esposa troféu.

Saiu da minha sala depois resolver alguns problemas e vou para a minha casa onde todos me esperam para saberem da notícia.

Depois de ser curto e contar a todos a novidade vou para um dos meus bordéis me aliviar um pouco antes de procurar a minha vítima, não minha esposa.

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