Pesadelos

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De escuro a uma luz clara, foi o que Anita vira em um piscar de cinco minutos.
La estava ela, em uma cama de hospital, com aparelhos ligado a si e uma dor de cabeça infernal.

Viu um botão ao lado da cama e não poupou esforços para apertar, não aguentaria mais um segundo sem saber onde estava.
Entre o botão apertado e a chegada da médica tardou dois minutos, o sufiente para tirar a paz de Anita

- senhorita Clara Meirelles, vejo que ja despertou, como se sente?

- para você é delegada, não vê como estou? Esse travesseiro jamais vai me deixar recuperada, além de que demorou demais a vir, não tem pessoas competentes nesse lugar? Por acaso aonde estou?

- é normal que se sinta confusa Clara, vou preparar um exames, sobre o travesseiro sentimos muito mas a senhora ja esta no quarto de luxo do hospital, vou te aplicar um analgésico para a dor, e para que não fique tão perdida, você esta dormindo a quatro dias, estamos no Albert Einstein, são 10:20 da manhã e sua esposa chega em 30 minutos

Perai, esposa?, iria revidar mas a dor do líquido entrando em sua veia a fez parar. Então era assim que o inferno funcionava?
Vira a infermeira indo embora, e então se lembrou de algo, algo assustador.
Vêronica, Vêronica estava viva, Vêronica foi ate a sua casa, Torres a salvou, Torres dera um tiro no ombro de Matias, Vêronica correu até ela, Vêronica a salvou.

A verdade é que Anita nunca achou que ela realmente estivesse morta, mas algo fez a escrivã ir ate a sua casa uma sexta feira a noite, e isso Anita não iria deixar passar.
A odiava, com todas as suas forças a odiava, mas Anita descobrira algo valioso, algo que estava implorando pra presença da escrivã em sua vida, a mesma medida que a odiava, tinha conciencia que sò ela a poderia salvar.

Despreocupada com a suposta visita de sua esposa, achando que a médica havia se confundido, passaram-se 30 minutos nos quais Anita só queria achar um jeito de sair dali.
Mas então a porta abriu, e o sorriso ou qualquer pensamento bom que Anita tivera nesses minutos foram todos jogados pro chão quando adentrou no quarto uma Vêronica com sorriso fraco, cabelo castanho um tanto longo e seu famoso piercing, não havia como negar, era ela, e Anita a odiava.

- sim doutor eu entendo, acho que sim, pode ser isso

- como eu disse senhorita Marina, o caso é complicado, o efeito do remedio temo eu não ter passado totalmente, ela anda alucinando. Tem certeza que quer ficar sozinha com ela?

- tenho sim doutor, ela é minha esposa, jamais me machuraria - deu um riso cinico ao doutor, o qual acenou com a cebeça, deixando-as sós - quem diria que eu ia te ver assim eim delegada? Nem parece a mesma - seu tom era puro deboche o que fez Anita ficar com odio, odio e.... Não, isso não, era apenas odio que sentia

- olha escrivã, eu posso estar aqui agora, mas tenha certeza que não vai ser por muito tempo e quando eu sair daqui, você vai ter que ter muito cuidado, eles não te mataram mas eu com certeza vou - Vêronica sorriu em seco, com um gosto de vitoria

- bom, acho que você não pode me matar amor - vêronica se aproximou da cama e segurou firme o queixo de Anita, fazendo-a olhar em seus olhos - não se mata alguem que ja morreu não é mesmo?, e na sua posição, não esta para muitas exigencias, você Anita, precisa de mim, e alías, como é mesmo seu nome? - riu enquanto passava a lingua para umidecer seus labios - ah sim, Clara Meirelles

Os olhos de Anita estavam cheios de raiva, uma raiva que Torres nunca havia visto antes

- por certo, que historia é essa de esposa? Ta querendo me ter me fala escrivã, esse joguinho seu ja ta chato de só me desejar e não fazer nada para me ter - os olhos de Anita estavam sim com raiva, mas havia outra coisa, que jamais iria admitir sentir pela escrivã

- bom doutora, se eu te quisesse, ja te teria, você não iria me resistir mesmo, mas agora é uma pena que só tenha a mim para confiar, ate porque se ligar os noticiarios vai ver que nem mesmo existe, liga e verá todos falando da trágica morte de Anita, a magistosa delegada

- você não fez isso - Vêronica soltou o queixo e foi pegando as coisas da doutora e colocando em uma mochila

- fiz, e agora meu bem, vai ter que vir comigo e confiar em mim se quiser sobreviver, você esta em minhas mãos e não há nada que mude isso Anita

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Bom gente primeiro capítulo da saga, espero que tenham gostado e perdão pelo curto capítulo

Pesadelos - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora