Não revisado
Boa leitura.O
aroma metálico pairava no ar daquela casa abandonada, situada no meio de uma floresta cheia de cervos. A casa exalava o cheiro de mofo e madeira podre, estava em ruínas e havia poucos móveis, todos cobertos de pó e teias de aranha.
Portanto, um homem muito elegante, um homem de aparência distinta e graciosidade notável encontrava-se naquele cenário desolador.
Ele estava envolvido em algo muito pecaminoso e monstruoso naquela floresta, naquela casa, perto do pentagrama invertido junto à lareira velha e desgastada.
Velas pretas queimam em cada ponta do pentagrama, desenhado com sangue no chão de madeira. Uma virgem foi sacrificada pelo homem moreno. Uma taça de prata com sangue no meio do círculo simboliza devoção e adoração. Um crânio de bode preto também foi utilizado no ritual. O ritual foi realizado às 05:05.
“Te hic invoco, puram animam et ejus sanguinem tibi offero, omnia hic te habere volo, o sancte caduce angelus, te veneror et laudo. veni ad me et sis mihi usque ad finem vitae horribilis, quamvis praesentia tua non mereor.
Mitto tibi Sancte Santan.” As palavras em latim saiam da boca do homem em coro, enquanto gestos eram feitos pelas mãos graciosas do pardo.Ele pegou a taça de prata com a mão direita, enquanto o livro contendo as instruções do ritual estava na esquerda. Bebeu todo o líquido vermelho e meio espesso, logo proferindo as últimas palavras necessárias para completar o ritual.
“Gozo de tua sabedoria, te adoro até o fim de meus dias,Eu Alstor,te dou minha alma em troca de ter meus desejos feito. Te envoco Lúcifer o anjo caído.”
Seu desejo foi concedido.
O ritual, envolto em ações obscuras e palavras estrangeiras, já havia sido concluído. Entretanto, contrário ao que se poderia esperar, não houve nenhum sinal de uma manifestação sobrenatural. Nenhuma criatura abissal, nenhum objeto de poder indescritível, nenhuma luz estranha ou sombra inquietante se materializou diante do expectante homem. O que se seguiu foi um silêncio opressor, apenas interrompido pelo sussurro do vento que se movia preguiçosamente através da desolada casa abandonada.
As folhas das árvores, em um sopro de brisa, dançavam e balançavam, criando uma suave melodia que parecia zombar da ausência de resposta do ritual. As velas, antes ardendo com fervor, agora apenas queimavam com uma chama constante e inabalável, suas sombras dançando na parede ao ritmo do vento.
Enquanto o homem observava, imerso em decepção e incredulidade, o som das velas queimando tornou-se a única trilha sonora para o anticlímax de seu esforço ritualístico. A realidade de seu fracasso aparente ecoava na quietude da floresta ao redor, na solidão daquela casa, e no fogo constante das velas, que queimavam indiferentes às esperanças despedaçadas do homem.
“Gozo de tua sabedoria, te adoro até o fim de meus dias,Eu Alstor,te dou minha alma em troca de ter meus desejos feito. Te envoco Lúcifer o anjo caído.”
O homem, imerso numa mistura de desespero e esperança, repetiu as palavras do ritual. Ele queria ter absoluta certeza de que cada palavra pronunciada estava em perfeita harmonia com as instruções descritas no antigo livro de rituais, que ele segurava com firmeza em suas mãos. Cada sílaba, cada pausa, cada inflexão de voz era vital para o sucesso de sua obra satânica.
"Não pode ser," repetiu várias vezes em sua mente e em voz alta. "Merda, merda, porra, porra." Cada palavra inadequada que saía de sua boca estava repletadecepção e irritação.
Jogou o maldito livro no chão quebrou o crânio de bode e jogou na parede velha de madeira, chutou as velas pretas e a taça já vazia, que outrora tinha sangue. O ódio tomava conta de seu ser, ele irradiava irritação. Descontou sua raiva nos poucos itens que ainda tinham naquele casa.
O dia de Alastor transcorreu em tediosa monotonia. Cumprindo seu fútil dever no trabalho, as horas arrastaram-se até o final do expediente. Ao fim suas obrigações, dirigiu-se à casa de sua mãe, onde passou horas, mergulhado em uma bolha de felicidade e conforto. Enquanto a noite avançava, seus pensamentos se voltaram para a sombria e sinistra atividade que planejava: seu próximo assassinato. Com meticulosidade cruel, ele selecionou sua próxima vítima, traçando os detalhes de um plano macabro e calculista
Quando o cansaço finalmente envolveu todo o seu ser, ele encaminhou-se para o conforto de seu quarto. Após um banho revigorante, envolveu-se com uma roupa surrada e deitou-se na cama, deixando-se levar pela imaginação. Em meio aos sonhos, ansiava pelo sucesso do ritual, antecipando-se às possibilidades que a vitória poderia proporcionar, porém, todo foi por água abaixo. O livro era uma farsa.
[...]
Na madrugada da noite, ele despertou, envolto por uma sensação de calor reconfortante que se espalhava por seu corpo. Subitamente, o quarto começou a tremer, como se estivesse sob os efeitos de um terremoto iminente, embora tal evento fosse inédito naquela área da cidade. Surpreso e alarmado, ele saltou rapidamente da cama e alcançou seus óculos, mas mesmo com a visão aprimorada, não conseguiu discernir nada na escuridão. Então, num instante marcado por um estranho "pluf" e um brilho ofuscante, uma figura sobrenatural ou criatura misteriosa materializou-se diante dele, envolta em um resplendor que desafiava toda lógica e explicação.
Quando sua visão enfim se estabilizou, ele pôde contemplar a figura diante dele com clareza. Era uma criatura de beleza transcendental: loiro, com uma pele alabastro que resplandecia à luz difusa do quarto, trajando um terno branco adornado com detalhes em vermelho e dourado que reluziam com uma elegância sobrenatural. No entanto, o atributo mais impressionante eram suas asas, vastas e imponentes, de um branco resplandecente que parecia emanar uma aura celestial. Alastor ficou atônito diante da aparição súbita, mas não pôde deixar de se encantar pela inigualável beleza daquela entidade misteriosa.
"Eu morri?" foram as primeiras palavras que escaparam dos lábios de Alastor, perplexo diante da cena que se desdobrava diante de seus olhos. Uma enxurrada de dúvidas e incredulidade inundou sua mente, deixando-o momentaneamente desorientado diante do inexplicável.
"Eu acho que não", respondeu a criatura, cuja beleza transcendental eclipsava tudo o que Alastor já vira em sua vida. Sua voz era uma melodia suave e envolvente, acariciando os ouvidos de Alastor com uma doçura celestial. Cada aspecto daquela entidade parecia ser uma manifestação da perfeição absoluta.
Nenhum dos dois proferiu uma palavra sequer. A criatura permanecia imóvel diante da cama do homem, seus movimentos
nervosos e distintos revelando uma inquietação latente. Enquanto isso, Alastor observava atentamente cada detalhe do rosto e do corpo daquela figura angelical, enquanto uma corrente de pensamentos tumultuava sua mente, cada um competindo pela sua atenção e compreensão."Quem é você e o que faz aqui?" perguntou Alastor, encolhendo-se ligeiramente na cama, seu olhar assumindo uma expressão de desconfiança enquanto encarava o anjo com um semblante ameaçador.
"Eu?" Ele apontou para si mesmo, buscando uma confirmação no olhar do outro homem. "Eu sou aquele a quem chama de pai da mentira e o primeiro pecador, aquele que é pai dos demôniose e soberano do inferno ." Seu discurso era articulado e meticulosamente planejado. Nesse momento, Alastor finalmente lembrou-se do ritual que realizara no dia anterior. A criatura diante dele era Lúcifer, aquele a quem vendera sua alma em busca de poder e riqueza.
"Você é Lúcifer..." As palavras escaparam dos lábios do assassino em um sussurro, enquanto ele abaixava a cabeça em reverência diante da entidade sobrenatural. O sucesso do ritual inundava sua mente com uma sensação de triunfo e realização. Agora, todas as suas aspirações mais sombrias e profanas estavam prestes a se concretizar sob a influência do poderoso ser à sua frente.
"Sim, esse sou eu", respondeu a criatura, aproximando-se da cama do assassino e inclinando-se em uma reverência cortês. "E qual é o nome da pessoa que me invocou?" Ele fitou Alastor nos olhos, aguardando a resposta com uma expressão serena e penetrante.
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me and devil
Fanfiction•┈┈┈•┈┈┈•┈┈┈ 𝙊 𝙧𝙞𝙩𝙪𝙖𝙡 𝙚𝙨𝙩𝙖𝙫𝙖 𝙦𝙪𝙖𝙨𝙚 𝙘𝙤𝙢𝙥𝙡𝙚𝙩𝙤,𝙤 𝙥𝙚𝙣𝙩𝙖𝙜𝙧𝙖𝙢𝙖 𝙙𝙚𝙨𝙚𝙣𝙝𝙖𝙙𝙤 𝙣𝙤 𝙘𝙝𝙖̃𝙤 𝙘𝙤𝙢 𝙨𝙖𝙣𝙜𝙪𝙚 𝙙𝙚 𝙪𝙢𝙖 𝙫𝙞𝙧𝙜𝙚𝙢,𝙫𝙚𝙡𝙖𝙨 𝙥𝙧𝙚𝙩𝙖𝙨 𝙖𝙘𝙚𝙨𝙨𝙖𝙨 𝙚𝙢 𝙘𝙖𝙙𝙖 𝙥𝙤𝙣𝙩𝙖 𝙙𝙤 𝙥𝙚𝙣�...