Onde Ricky e Gyuvin prometem, e cumprem a promessa

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Ricky e Gyuvin se conheciam desde a infância, e desde o primeiro momento se implicavam, mas sempre que algum deles ficava mal ou se machucava, o outro ajudava e até chorava de preocupação. Apesar de todas as brigas e implicâncias, eles se amavam. 

Quando tinham 10 anos, após um plano mirabolante de Gyuvin de casar seus dois professores de mentirinha, ambos prometeram que se casariam em algum momento. Porém, enquanto cresciam, foram esquecendo a promessa e deixando-a de lado, pensando nela como apenas uma brincadeira boba de duas crianças de 10 anos. O namoro de infância dos dois também foi ficando para trás em algum momento. Os dois, com 19 anos, continuam brigando e conversando calorosamente no fim da tarde, quando podiam conversar, já que Ricky se mudou com seus pais para a China há dois anos, e às vezes não conseguia ter tempo para ligar para Gyuvin, o que não era o caso naquele momento.

— Tu ouviste direito? Eu disse que eles vão finalmente se casar! Ainda não estou acreditando que fomos convidados, Ric, você consegue vir né? — Gyuvin falava sem parar para a tela de seu computador, onde estava visível um loiro deitado na cama comendo o que parecia ser cookies.

— Claro que ouvi né, besta, tu disseste praticamente gritando, e tem o fato que recebi o convite. E é claro que consigo ir, não perco esse evento por nada, estou com saudade do Yujin — responde o loiro, se arrumando na cama.

— E de mim? Não está com saudade não? — Gyuvin sorri vendo o outro revirar os olhos pela pergunta boba do coreano.

— Não, nem um pouquinho.

— Assim tu me magoas.

— É claro que tô com saudade de ti, Gyu, pare de ser dramático. — Gyuvin ri ao ouvir o comentário do loiro — Mas e tu, tá com saudade de me ver é?

— Tô quase comprando uma passagem para China só para te ver — disse, vendo as orelhas do loiro avermelharem.

— Dramático.

— Não pode mais sentir saudade do meu melhor amigo não? — Um silêncio se instala pelos dois cômodos, sendo cortado pela mãe de Gyuvin o chamando para jantar. — Tenho que ir, até daqui a duas semanas! — Gyuvin diz desligando a chamada.

— ... Até, Gyu.

[...]

A primeira coisa que Ricky vê ao pisar na Coreia e sair do ponto de embarque e desembarque é um Gyuvin correndo e logo atrás Gunwook e Yujin caminhando para o encontrar, sentia saudade deles, isso não poderia negar.

Ricky solta as malas assim que Gyuvin o abraça, perguntando como foi a viagem e um monte de outras coisas aleatórias que são típicas do coreano.

— Tá Gyuvin, já entendi que a Eumppappa vai ser modelo para uma marca de roupas para cachorros, tu já falaste isso umas cinco vezes — diz Ricky se soltando do aperto do amigo, cumprimentando os outros dois que haviam acabado de chegar.

— Finalmente vou poder descansar e jogar meus jogos sem Gyuvin ficar choramingando do meu lado — Diz Yujin, recebendo um tapa no ombro de Gyuvin.

— Fica quieto, menino! Ninguém precisa saber disso não.

— Todo mundo já sabe Gyuvin, não tem como esconder mais — diz Gunwook, ajudando Ricky com as malas.

— Sabe não, o Ricky não sabe, né, Ricky?

— Que tu ficas choramingando de saudades de mim? Sei sim.

— Vocês me odeiam né? Podem falar.

[...]

— Bah! O prof. Hao e o prof. Bin não pouparam dinheiro mesmo em? Olha como isso daqui tá lindo!

— Gyuvin, por favor pare de babar pela decoração, nós estamos passando vergonha aqui, o Ricky até tá se afastando — diz Gunwook olhando para o amigo

— é, Gyuvin, tu tá parecendo um pobre — Ricky diz se aproximando novamente do grupo

— Mas, eu sou pobre!

— Só que não precisa deixar estampado na cara né? — Yujin se pronuncia, assim o quarteto entra na vinícola, procurando seus lugares

— Será que vai demorar muito? 

— Gyu, é um casamento, é claro que vai.

[...]

Após muito amor e muito choro–sendo a maioria do choro de Gyuvin–finalmente a cerimônia havia acabado, agora, tanto os recém-casados e seus convidados se encontravam na área onde seria a festa, Gyuvin e Ricky já se serviam, enquanto Gunwook e Yujin foram ao banheiro. Não demorou muito para o quarteto se juntar novamente, Hanbin e Zhanghao também apareceram para cumprimentar os ex-alunos, e pôr as novidades em dia, e assim seguiu a festa.

— Ric, vai com calma aí! Acho que essa já é tua sexta taça de vinho rose, e eu já perdi as contas de quantos vinhos tintos tu tomou. — diz Gyuvin, já no fim da noite, observando um Ricky com o rosto vermelho.

— Não, Gyuuu, eu não bebi- hic! Muito não tá- Hic! — diz Ricky soluçando, a prova que já havia bebido mais do que deveria.

— Bebesse sim! Vamos embora já, Yujin e Gunwook já foram, só falta a gente.

— Por que tinha que ser tão bonito em? Não tem como eu negar algo par ti — confessa Ricky, deixando Gyuvin chocado, então Ricky o achava bonito?

— Vamos, tu já tá muito bêbado. — Gyuvin ajuda o chinês a se levantar, o arrastando até o carro que por sorte havia pego emprestado de seus pais.

[...]

— Gyu.. — se escuta um chamado na porta do quarto de Gyuvin.

Ambos haviam resolvido dormir em um hotel, por ser mais perto e também pra não precisarem incomodar os pais do coreano, que nessa hora deveriam estar no décimo quinto sono.

— Oi Ric, entra ai.

O loiro não tarda em entrar, e se sentar ao lado da cama do coreano, que havia se acabado de se sentar.

— Sabe aquela promessa? De quando nós tínhamos dez anos? — questiona Ricky, e Gyuvin concorda com a cabeça.

— Sim, mas por que lembrasse disso?

— sei lá... Com o casamento do Hao e do Bin eu acabei me lembrando...

— Ah, entendi — Na verdade, Gyuvin ainda não havia entendido onde o loiro queria chegar, o que se passava pela cabeça dele? Gyuvin não sabia, e nem sabia o que deduzir.

— Sabe de uma coisa? Queria que essa promessa ainda estivesse de pé... Queria que nosso namoro de infância nunca tivesse acabado. Eu real gosto de ti, Gyu, e não quero ser só um grande amigo, entende? — Ricky encara Gyuvin, que se encontra em um estado de choque, então era isso? Era isso que se passava pela cabeça do loiro todo esse tempo, por isso ele não gostava de encerrar as vídeo chamadas? Era por isso que ele ficava cabisbaixo toda vez que Gyuvin falava de algum crush durante esses anos? Ah, Ricky, se você tivesse contado antes, talvez saberia que Gyuvin também sentia falta do namoro de infância, que ele também queria que a promessa não fosse esquecida, e que queria ser mais do que um amigo. — Acho que falei demais, desculpa, a bebida ainda não passou o efeito, desculpa mesmo, não irei mais falar sobre isso, vamos fingir que nunca rolou, ok?

— Mas eu não quero fingir que isso nunca rolou, Ricky, na real eu queria a muito tempo que isso rolasse, saiba que eu também gosto muito de ti, e se nós pudéssemos reatar aquele namoro de infância, eu faria isso agora, mas só se tu quiser, também.

— Eu quero, Gyu, eu quero muito — E quando Gyu percebe, os lábios de Ricky já estão grudados aos seus, em um beijo delicado, mas muito expressivo, ele não sabia que beijar Ricky seria tão bom, o coreano não tarda em aprofundar o beijo, pondo sua mão na cintura do loiro, os lábios de Ricky tinham gosto de vinho rose e licor de morango, um sabor tão único, tão.. Tão Ricky! Provavelmente tinha influência da festa de casamento que tinha acontecido não faz muitas horas, mas isso não importava, só sabia que era viciante, muito viciante.

Se dependesse de Gyuvin, ele passaria a vida toda beijando Ricky, e se dependesse de Ricky, o desejo de Gyuvin seria realizado.

[...]

— Não me digam, Ricky, Gyuvin, o que rolou com vocês? O que são essas marcas aí? GYUVIN TU PERDESSE O CABAÇO? — Questiona Gunwook, olhando para os dois amigos envergonhados.

Acontece que a noite anterior havia prometido, e entregado muito.

— Eu não perdi nada não, quem perdeu foi o Ricky.

— Mas no segundo round tu perdeu sim, não adianta mentir.

Ricky e Gyuvin, ao acordarem á tarde depois de ficarem acordados até as quatro da manhã, finalmente conversaram mais sobre tudo, e decidiram que enfim iam namorar, dessa vez não só como uma brincadeira, e assim foram contar para seus amigos de longa data, só não esperavam que antes mesmo de anunciarem o namoro eles iriam reparar nas enormes marcas avermelhadas que cada um tinha em seus pescoços.

— iih, tão namorando é? — Ambos se encaram, pra depois encararem seus amigos e concordarem — MEU DEUS, FINALMENTE, ESPEREI POR ISSO MINHA VIDA INTEIRA!!!!

— Se acalma Yujin, nós só começamos a namorar, não vamos nos casar ainda.

— tô nem ai, Gyuvin, sabe quanto tempo eu fiquei esperando vocês dois finalmente perceberem que se gostam?

— Entendi, Yujin, eu entendi.

— Mas como vocês vão fazer? Ricky logo volta pra China, não é? — questiona Gunwook encarando os dois amigos.

— Bom, acho que eu posso fazer faculdade aqui na Coreia, meus pais com certeza apoiariam...

— E até tu conseguir entrar na faculdade aqui, eu posso ir te visitar, ou tu vir me visitar também. Vai dar certo.

Ambos não se importavam muito na distância que estariam um do outro, pois sabiam que não ia durar muito, ou que ao menos afetaria o relacionamento, pois era impossível disso acontecer.
Além do mais, Ricky amava Gyuvin, e Gyuvin amava Ricky. E a promessa de Ricky voltar logo com certeza não seria esquecida.

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Uma promessa de brincadeira não se esquece. - GyurickyOnde histórias criam vida. Descubra agora