Sob a luz de Paris

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— Porra! — resmunga Rindou enquanto espirra. — Daqui a pouco eu nem vou ter a cartilagem do meu nariz de tanto que eu espirrei. — ele responde e espirra de novo.

— Você é alérgico a perfume meu amor? — pergunto olhando para ele.

— A perfumes amadeirados sim. — ele responde e espirra. — Eu tenho rinite, e ela ataca quando eu fico muito perto de perfumes ou fragrâncias muito fortes ou de cheiro amadeirado.

— Quer um Rinosoro? — pergunto e ofereço a ele o remédio que eu sempre ando com ele na bolsa.

— Eu aceito.

Entrego o remédio para ele e Rindou o usa, e sorri ao sentir o alívio em seu nariz. Ele me devolve o remédio e em seguida vem até a mim, me deposita um beijo carinhoso e diz:

— Você é o colírio para os meus olhos.

Abro um sorriso e o beijo de novo. Os Haitani podem ser diferentes de gostos e personalidades, mas uma coisa era igual em ambos: a boca macia.

Ele me beija de uma forma lenta porém muito envolvente. Sinto sua língua com piercing tocar na minha e suas mãos apertam a minha cintura enquanto eu levo as minhas mãos para dentro da sua camiseta.

— Você é tão gostoso, Rin.

— Você é tão gostosa também, S/Nizinha.

Rindou me prensa na parede e eu sinto meu corpo estremecer, mas, do nada, escutamos alguém aplaudindo e dando uma risada.

— Que egoístas que vocês são hein? Estão nessa putaria toda e nem me convida? Agora eu entendi o porque de vocês terem saído sozinhos.

— Ran você estava dormindo cara, DORMINDO! — responde Rindou rindo.

— Mesmo assim, eu me sinto tão traído. — ele fala e coloca a mão no coração para dar ênfase a sua fala dramática.

— Deixa disso meu gatinho. — falo e me aproximo dele e lhe beijo. — Eu recompenso isso mais tarde, hm?

— Vai fazer aquele ato? — ele pergunta malicioso.

— Que isso Ran! — falo e dou um tapa nele.

— Ué, eu só quero saber.

— Vou.

Ele abre um sorriso malicioso e Rindou revira os olhos.

— Fala sério.

— Tá falando o que aí hm? — pergunto e cruzo os braços. — Você também gosta.

Rindou me olha meio sem graça, suas bochechas ficam vermelhas como tomates e ele diz:

— M-mesmo assim...

— O neném ficou com vergonha? — falo e faço uma voz mais suave, como se estivesse falando com uma criança.

Rindou olha para os lados e olha para Ran que falta ficar roxo de tanto rir.

— Seus bando de palhaços.

Passar o dia com os irmãos Haitani era uma mistura de tudo: aventura, risos, brincadeiras e momentos felizes

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Passar o dia com os irmãos Haitani era uma mistura de tudo: aventura, risos, brincadeiras e momentos felizes.

Mandy ainda não tinha voltado a falar comigo, por mais que eu tentasse falar com ela e tentar reconciliar, ela não queria nem me ouvir, portanto se é assim que ela quer, fazer o que né.

Por volta das 12:30, paramos em um restaurante para poder almoçar, fizemos os nossos pedidos e as nossas bebidas, que acabaram chegando antes da comida.

Eu estava pensativa sobre uma coisa que eu acho que eles não iriam ficar abertos para responder. E pelo visto minha cada estava bem ou se não, muito óbvia, e Ran acabou notando.

— O que foi amor? — pergunta Ran curioso.

— Eu tenho uma pergunta meio estranha... mas deixa pra lá.

— Começou agora termina. — diz Rindou.

Respiro fundo e olho para os dois.

— Vocês teriam coragem de se beijarem por uma aposta ou por um contrato? — pergunto e Ran olha para Rindou surpreso. Eles ficam em silêncio por um momento até o Ran se pronunciar.

— Espera, o quê? Por que você está perguntando isso? — Ran pergunta surpreso.

— Isso é um tanto... inusitado. — completa Rindou.

— Ah, é só uma curiosidade boba. Não precisa se preocupar. — pergunto tentando desfazer aquele clima estranho.

— Bem, para responder à sua pergunta, não, eu não beijaria meu irmão, nem por um contrato milionário. — responde Ran convicto.

— Concordo com o Ran. Beijar meu irmão não faz parte dos meus planos, independentemente da situação. — diz Rindou e  fez uma cara desgostosa.

— Ah, certo. É que eu vi uma cena parecida em um filme e fiquei pensando... — falo sem graça.

— Você assiste a filmes muito estranhos, S/N. — responde Ran rindo.

— Deixe-a em paz, Ran. Cada um tem seus gostos. — diz Rindou.

Terminamos o nosso almoço e fomos passear em mais alguns outros pontos turísticos, e entre eles a Pont des Arts. A famosa ponte em que tinha vários cadeados na grade da ponte com nome de casais.

Ran não resiste e compra um cadeado grande e pede para o vendedor gravar os nossos nomes, ele insere a chave na fechadura para abrir o cadeado e se aproxima da grade da ponte.

— Vou trancar ela aqui. — ele diz e posiciona o cadeado o trancando na grade da ponte e em seguida joga a chave no rio que passa debaixo da ponte.

Rindou me abraça e eu faço carinho em suas costas. Ran se aproxima de mim e me dá um beijo na testa.

— Seremos o primeiro trisal a colocar cadeado aqui nessa ponte. — diz Ran com um sorriso no rosto.

Antes de nós fazer qualquer coisa, um grupo de meninas se aproxima dos Haitani. E eles são super simpáticos com elas. Tiram fotos, são autógrafos, gravam vídeos... eles simplesmente fazem tudo que podem, eu acho isso muito fofo.

Após isso, seguimos de mãos dadas por mais alguns pontos turísticos de Paris. Eu permaneço no meio entre Ran e Rindou, para não ter disputa por quem ficou do meu lado e quem deixou de ficar.

Comemos um delicioso sorvete com calda de chocolate no meio do caminho e claro, bebemos um café do Starbucks, que estava simplesmente divino de tão gostoso.

Seguimos o final do dia assim, juntos como um casal composto por três pessoas mas que estávamos sendo muito felizes com isso.

Tiramos algumas fotos e até chegamos ver a bela Torre Eiffel acendendo suas luzes amarelas quando começou a anoitecer.

Ver Paris foi um sonho realizado, e ter os dois irmãos Haitani só para mim foi um bônus, do qual eu amo saber disso.

Tenho certeza que sermos uma ótima equipe.

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