Na mansão da família Portilla, o magnata Carlos Daniel começava mais um dia de trabalho antes do amanhecer. Sentado à imponente mesa de café da manhã, ele folheava seu jornal enquanto o aroma de café recém-passado pairava no ar. Seus olhos percorriam as manchetes com uma expressão séria e concentrada, absorvendo as notícias do mundo dos negócios com uma atenção meticulosa.
Apesar de toda a grandiosidade que o cercava, Carlos Daniel era um pai solitário, criando sua filha Any sozinho desde que sua esposa partira prematuramente. Ele assumiu a responsabilidade com determinação e coragem, dedicando-se integralmente ao bem-estar e à felicidade de sua querida filha.
Enquanto ele se preparava para enfrentar mais um dia de desafios no mundo dos negócios, seus pensamentos frequentemente se voltavam para Any. Ele se orgulhava da jovem mulher que ela se tornara, admirando sua inteligência, sua determinação e sua bondade de coração. Apesar das demandas de sua carreira exigirem muito de seu tempo e energia, Carlos Daniel sempre reservava um espaço em seu coração para sua filha, priorizando sua presença e seu amor acima de tudo.
Enquanto o sol começava a surgir no horizonte, banhando a mansão com uma luz dourada e acolhedora, Carlos Daniel sentia-se grato pela bênção de ter Any em sua vida. Ela era sua razão de viver, seu raio de sol em meio às tempestades da vida. E enquanto ele partia para mais um dia de trabalho, ele sabia que não importava quaisquer desafios que enfrentasse, sua filha estaria sempre em seu coração, guiando-o e inspirando-o a alcançar o melhor que podia ser.
Carlos Daniel: Cadê minha filha? Ela vai se atrasar para o colégio
Carlos Daniel, com uma pitada de preocupação na voz, perguntou pela sua filha, antecipando que ela poderia se atrasar para o colégio.
A voz tranquila de Teresa, a governanta de confiança da família.
Teresa: Quando passei no quarto dela, ela disse que já estava descendo.
Teresa não era apenas uma funcionária da casa; ela era parte da família Portilla há anos. Desde os tempos em que cuidava do próprio Carlos Daniel quando criança, até acompanhar Any em sua jornada desde o nascimento. Ela era uma presença constante e confiável na vida da família, uma figura materna substituta que sempre esteve lá para oferecer cuidado, conforto e orientação.
Enquanto Carlos Daniel absorvia a informação de Teresa, sentia-se grato por ter alguém tão dedicado e confiável para cuidar de sua filha na sua ausência. Ele sabia que podia confiar em Teresa para garantir que Any estivesse segura e bem cuidada, mesmo nos momentos em que ele próprio não podia estar presente.
Com um suspiro de alívio, Carlos Daniel voltou sua atenção de volta para o jornal, confiante de que Any estaria pronta para enfrentar mais um dia de desafios no colégio, sob os cuidados atentos de Teresa.
Any chegou à mesa de café da manhã com um sorriso no rosto, irradiando confiança em seu uniforme impecável do colégio preparatório: uma saia azul marinho, uma camisa branca e um blazer azul escuro, perfeitamente adaptados ao seu corpo. Era evidente que ela se preparava para mais um dia de desafios acadêmicos naquele que era conhecido como um dos colégios mais caros do país.
Any: Bom dia, Pai - cumprimentou com carinho, aproximando-se para dar-lhe um beijo de bom dia.
Carlos Daniel retribuiu o gesto com um sorriso amoroso.
Carlos Daniel: Bom dia, meu amor
Any: Bom dia, Teh - saudou Any à governanta, Teresa, que estava sempre presente para cuidar deles.
Teresa: Bom dia minha manina
Enquanto se preparavam para iniciar o dia, Any lembrou-se de algo importante que queria mostrar ao pai.
Any: Papai tem algo que esqueci de te mostrar ontem
Ela entregou-lhe um papel que segurava em suas mãos, uma prova de biologia. Carlos Daniel examinou o papel e sua expressão mudou rapidamente
Carlos Daniel: Nove e meio? - comentou em tom de desaprovação - Isso não é considerado uma nota boa. Você poderia ter se esforçado mais.
A decepção na voz de seu pai atingiu Any em cheio, deixando-a desanimada.
Any: Mas, pai, eu tirei a nota máxima... - tentou explicar ela, mas foi interrompida.
Carlos Daniel: Sem mais Any - a cortou com a voz firme - Isso não é bom para o seu currículo acadêmico!
Any abaixou a cabeça, sentindo-se triste e desencorajada enquanto seu pai continuava a repreendê-la por seu desempenho. Mesmo sendo amoroso, Carlos Daniel se transformava quando o assunto eram os estudos, revelando sua natureza exigente e suas altas expectativas para com a filha. Determinado a garantir o melhor para sua filha. Para ele, a educação era uma prioridade máxima, e ele não aceitava nada além do melhor dela.
Essa exigência se manifestava de várias maneiras. Carlos Daniel estava sempre incentivando Any a alcançar seu potencial máximo, a se esforçar além dos limites para alcançar o sucesso acadêmico e profissional. Ele tinha grandes expectativas para o futuro dela e estava disposto a fazer o que fosse necessário para garantir que ela estivesse preparada para enfrentar os desafios que viriam pela frente.
Essa abordagem, embora vinda de um lugar de amor e preocupação, muitas vezes colocava uma pressão esmagadora sobre Any. Ela se sentia constantemente sob escrutínio, cada nota, cada conquista sendo analisada à lupa. Embora soubesse que seu pai queria apenas o melhor para ela, era difícil lidar com a intensidade de suas expectativas.
Carlos Daniel: Any, você tem um futuro promissor nos negócios da família - começou ele, escolhendo cuidadosamente suas palavras - Não quero que comprometa suas oportunidades por conta de uma nota ruim. Como espera ser aceita em uma boa faculdade se continuar tirando notas baixas? Isso é inadmissível
Com um nó na garganta, Any assentiu em silêncio, prometendo a si mesma que faria o que fosse necessário para alcançar as expectativas de seu pai e garantir um futuro brilhante para si mesma e para o legado da família
Apesar das dificuldades, a relação entre Any e seu pai era marcada por um profundo vínculo de amor e respeito. Carlos Daniel estava determinado a preparar sua filha para um futuro brilhante, mesmo que isso significasse ser um pouco mais duro do que gostaria. E no fundo do coração de Any, ela sabia que seu pai estava sempre ao seu lado, apoiando-a em cada passo do caminho.
Carlos Daniel: Que notas como essa não se repitam
Any: Já posso me retirar? Terminei o meu café
Teresa: Você nem tocou nada
Any: Perdi a fome
Triste Any pediu licença e se retirou da mesa, caminhando até a porta principal, onde Oliver, o chofer da família, aguardava ao lado de fora para levar Any ao colégio.
Carlos Daniel: Porque está me olhando com essa cara, Teh?
Teresa: Você é muito duro com a Any, ela se esforça pra te agradar, não se esqueça de que ela é apenas uma menina
Carlos Daniel: É preciso Teh, Any é a minha herdeira, preciso preparar ela para cuidar dos negócios da família, ela terá um futuro promissor
Teresa: Já parou pra pensar que talvez não seja algo que a Any queira? Que ela pode querer fazer outra coisa?
Carlos Daniel observou Any sair da mesa, sentindo um aperto no peito ao vê-la partir com tanta tristeza. Ele sabia que suas palavras haviam causado dor à sua querida filha, mas não podia ignorar a importância de manter altos padrões para garantir seu sucesso futuro. Ele permaneceu em silêncio por um momento, ponderando sobre as palavras de Tereza. Ele sabia que precisava encontrar um equilíbrio entre suas próprias expectativas e os desejos e sonhos de sua filha. Talvez fosse hora de ter uma conversa franca com Any, para entender melhor seus desejos e aspirações, e encontrar um caminho que fosse verdadeiramente satisfatório para ambos.
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Quando é amor
RomansaA gente não encontra o amor, o amor te encontra, e quando te encontra te arrasa, te tira o ar, e tudo oque te importa é amar, sem razão, sem especulações, amar é só amar porque essa é a verdadeira natureza lesa do amor.