Daisy e seu mundinho

Lugar novo, escola nova e vida nova...

Vejo o Sol batendo em meu rosto através de uma brecha nas cortinas ao lado de minha cama, pássaros cantando, e pra falar a verdade, é bem irritante.

– filha! Acorde, você vai se atrasar para o seu primeiro dia de aula! -Grita minha mãe lá da cozinha.

–Estou indo mãe! Já vou me arrumar! -Digo quase caindo da cama quando levanto.

Arrumo minha cama, e me arrumo, pego minha mochila e desço as escadas com pressa.

– Venha comer antes de ir, eu fiz ovos fritos com bacon pra você. -Diz minha mãe.

–eba! -Digo indo sentar na cadeira da cozinha.

Como os ovos fritos e o bacon, com um soco de laranja de acompanhamento. Após terminar de comer, fui escovar os dentes para ir para a escola.

– Tchau mãe! Eu te amo, vou indo antes que eu perca o ônibus! -Digo após dar um beijo nela na bochecha, e indo correndo para a rua.

– Tchau meu amor. Boa aula, eu te amo muito! Qualquer coisa me liga. -Diz minha mãe acenando da porta.

–Tá bom! Tchauuuuu -Digo acenando e correndo para ir pro ponto.

Cheguei no ponto, na hora em que o ônibus chegou, foi quase que perco ele.

Entrei, passei meu cartão, mas quase fiquei presa na roleta do ônibus, até que do nada.

–Eitaaaaaaaaaa!

– Mas que porr...

Me desequilíbrio lançando-me em direção ao chão com força, e me questiono. Que porcaria foi essa? -Pergunto em um tom elevado.

–Opa donzela, tudo bom? -Diz um garoto que nunca vi em minha vida.

– Mas que droga foi essa muleque? -Digo furiosa e usando um tom mais elevado que o normal.

– Foi mal princesa, mas tu tava atrapalhando a entrada, queria o que? Que eu pedisse gentilmente para você se apressar? - Diz ele debochando.

–Sim?! Seria pedir demais por isso? Cara, se você pedisse, eu não estaria assim, caraca, você é muito mal educado. -Digo muito chateada.

– Foi mal, não sabia que cê ia ficar assim, desculpa mesmo. -Diz ele meio arrependido.

–Tá bom, tudo bem, agora irei sentar em um assento, ou irá me empurrar pra eu ir sentar no assento mais rápido também? Já que o senhor não tem paciência. -Digo de forma sarcástica.

– Senhor? Oh garota, eu tenho tua idade cara, pareço tão velho assim?- Diz ele indignado.

Caraca, que garoto infantil, e burro também, meu Deus, hoje não vai ser meu dia. Apenas vou sentar em meu assento, e o ignorei a viagem toda.

Chego na escola, já na entrada vejo grupos, um diferente do outro, simplificando, um mais esquisito que o outro. Não deveria julgar, afinal, não é como se eu fosse normal.

Entro na escola, e olho em volta.

–Senhorita Martin? É você? -Pergunta um senhor vindo em minha direção.

–Sim. -respondo.

– Estava esperando sua chegada, irei te apresentar a escola. Sou o diretor. -diz ele animado.

Enquanto conversava com o diretor, um  cara vinha correndo em nossa direção gritando.

– Diretor! Diretor!

– o que foi senhor Algis? -Pergunta o diretor.

–precisamos de você na sala de reunião. É urgente! - Diz o professor Algis ofegante.

–Tudo bem, irei lá agora, já que é tão urgente, mas e a senhorita Martin? Tem que ser apresentada a escola para ela. -Diz o diretor.

–Tive uma idéia. -Diz o professor Algis.

Ele vai correndo, e volta um tempo depois, e trás alguém contigo.

– Ele pode ajudar! -Diz o professor Algis com um aluno ao lado dele.

E não podia ser ninguém menos que...

Aquele garoto.