único.

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Minho suspirou enquanto amarrava os tênis. Estava no vestiário masculino da universidade, juntamente de seu time, se arrumando para o jogo que aconteceria dentro de meia hora.

— Eles chegaram. — ditou uma voz conhecida.

Conseguia ouvir a torcida do lado de fora gritando e cantando o nome do time. Tigers. Um arrepio subia pela sua espinha e a ansiedade de entrar em campo era cada vez maior.

Minho, mesmo que não fosse o capitão, era o jogador principal da equipe. O camisa 10. Não podia falhar, principalmente no dia de hoje. Tinha que se sair bem.

— Ei, cara, relaxa. — sentiu alguém sentar ao seu lado e olhou naquela direção, vendo Christopher com um sorriso no rosto, tentando lhe passar calma.

Mas Minho não conseguia. Seu time precisava ganhar o torneio.

De repente ouviu um barulho alto e ergueu os olhos para a porta do local, vendo aqueles garotos entrarem. O time que disputaria a final com eles. Os Whale.

Seul tinha as duas universidades mais importantes e famosas do país. A Sogang University, onde Minho estudava educação física, e a Sungkyunkwan University, a universidade dos Whale. Ambas eram rivais e, consequentemente, seus times de esportes também.

E, por coincidência, as duas tinham ido para a final do campeonato nacional de futebol.

Minho esfregou as mãos suadas no short larguinho e viu ele ali, Han Jisung. Ele estava lindo. Seu cabelo loiro com mechas coloridas se destacava no meio daquela multidão de garotos, o deixando único.

Jisung sempre chamou sua atenção; não eram amigos, mas se viam constantemente por morarem na mesma rua e participarem dos mesmos campeonatos.

— Se concentra, Minho. — ouviu Chris lhe repreender baixinho. O australiano era o único que sabia de sua leve paixão pelo Han. — Hoje vocês são rivais.

Minho suspirou e se levantou, sua equipe já estava pronta e precisavam sair para se alongar. Sentiu Chris colocar a mão em seu ombro e começaram a caminhar em direção à saída. Enquanto isso, Han Jisung se encostava na parede, lhe encarando profundamente.

O Lee rapidamente desviou o olhar e saiu do local, permitindo-se respirar o ar fresco e sorrir com a torcida que gritava.

[...]

Era agora. Os times estavam em campo, os garotos se encaravam sérios, todos com sede de vitória. A torcida ia à loucura, era uma questão de honra.

Ao soar do apito, o jogo começou. Minho se tornava outra pessoa quando pisava no gramado. Podia desmaiar de nervosismo antes de um jogo, mas sempre se destacava quando colocava o pé na bola.

Foram quarenta e cinco minutos de puro sufoco.

3x2 para os Tigers.

Ainda faltavam mais quarenta e cinco minutos, e cada segundo contava para a vitória.

Agora estavam no banco de reserva enquanto ouviam o treinador ditar a estratégia para o último tempo, mas Minho não prestava atenção. Seus olhos observavam uma certa pessoa do outro lado do campo, que mantinha uma expressão séria e concentrada.

— Preparados? Vamos, Tigers! — gritaram e bateram palmas, voltando para o campo.

O apito soou.

A partida decisiva começou.

Corpos suados e cansados corriam atrás da vitória, não poderiam perder essa, não dessa vez. Lembranças do último campeonato invadiam a mente daqueles meninos, aumentando ainda mais a raiva e a sede de vingança.

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