O parque de diversões

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Pov: Dean

Volto para casa com Bobby após alguns dias, depois da nossa caçada, mas não me sinto bem com isso, pois sei que logo vai ter um anjo babaca me enchendo o saco. Anjo esse que aliás eu não acredito ser o que ele diz ser, essa coisa de anjos não existe, e se existisse, pelas pesquisas que eu fiz, eles são guerreiros, não seres fofinhos para nos fazer feliz. Essa história toda está muito errada.
Eu fiz uma grande pesquisa procurando o que Castiel poderia ser além de anjo, mas não achei muita coisa que me contentasse.
Mando uma mensagem para Sam contando tudo o que estava acontecendo, não sabia o que mais fazer, sei que provavelmente ele vai acreditar nessa baboseira, mas preciso compartilhar isso com alguém.
Dou um pulo de susto quando vejo Castiel sentado na minha frente na cama.
Sério, ele tem que parar de fazer isso.

— Vamos, Dean. Já sei em qual parque vamos ir.

Eu balanço a cabeça negativamente, ainda não engoli essa história também, a missão dele é me fazer feliz e o grande plano do gênio é me levar no parque de diversões? Sério? Nossa, com certeza vai curar toda a minha tristeza.

— Eu acho que vou ter que ficar aqui então.

Castiel se ajeita na minha cama se deitando do meu lado. Meu coração da um pulo no peito e arregalo meus olhos. O que esse cara tá pensando?
Dou um pulo da minha cama, ainda com o coração acelerado. Abro meu guarda roupa e pego minha jaqueta de couro, logo a vestindo. Volto para frente da cama e cruzo meus braços, batendo minha perna impacientemente no chão. Vamos logo seu anjo idiota, não faça eu me arrepender.
Ele dá um pulo da minha cama e coloca seu dedo na minha testa, quando vejo estamos em outro lugar. Já estamos no parque de diversões.

— Pelas minhas pesquisas, seres humanos se sentem mais felizes quando eles têm a sorte de ganhar algo, então pensei em irmos no tiro ao alvo que você pode escolher um prêmio se ganhar, o que acha?

Pela suas pesquisas? Ele realmente pesquisou isso? É mais embaraçoso do que eu pensava. Reviro os olhos e dou de ombros, honestamente, nunca vim em um parque de diversões e nunca me fez falta.
Ele vai por trás de mim me empurrando com delicadeza até chegar na barraca. Vejo uma criança brincando com uma argola muito grande que pode esticar, meus olhos brilham com aquilo, mesmo que eu odeie admitir.
Quando olho direito pra dentro da barraca tem aquele brinquedo como prêmio. Ok, eu tenho que ganhar isso, é questão de honra. Aquela criança não merece o ter mais que eu.
A moça me da três dardos, eu os pego e miro cada um com muita precisão, acertando todos no alvo mais difícil. Percebo a mulher impressionada com aquilo, tanto que ela demora um pouco antes de me falar que eu poderia pegar qualquer prêmio da barraca. Aponto pra aquele negócio e quando ela me dá me sinto muito feliz. Confesso que estava doido pra brincar com essa coisa quando chegasse em casa.
Espera, eu disse que fiquei feliz? Não, com certeza não, porque o plano desse anjo não poderia dar certo. Quem ele acha que é?
Castiel escolhe jogar também e ele acerta todos os dardos no alvo. Quando a mulher pergunta qual prêmio ele quer, ele escolhe um ursinho. Um anjo que gosta de ursinhos, se não fosse ridículo seria fofo.
Mas ele me pega de surpresa quando ele estende o ursinho pra mim, congelo por um momento antes de pega-lo das suas mãos. Eu coro por um momento, mas não entendo porquê. Por que eu estava sentindo vergonha disso?

— Vamos, Dean. Escolha outra coisa para gente ir.

Bom, nunca me fez falta parque de diversões, mas eu meio que sempre quis ir em uma montanha russa, para ver como é que é. Então eu ando pelo parque procurando por isso e quando encontro vou até lá.
Quando entro no carrinho e vejo a subida, tenho certeza que vai ser a coisa mais entendiante do mundo, nem é tão alto. Era o que eu pensava. Realmente a subida foi bastante lenta e entediante, mas aí veio a decida. Senti um frio na barriga imenso. E por mais que eu estivesse espremido com o Castiel no carrinho, dava pra sentir jogando nossos corpos pra lá e pra cá.
Quando acabou, eu estava sentindo uma adrenalina, mas era bom. Diferente. Definitivamente melhor que adrenalina de quando estou caçando.
Saímos do brinquedo e olho ao redor. Estava meio animado pensando o que poderíamos fazer depois.

— Olha ali, uma roda gigante. — Disse Castiel, apontando. – Vamos lá.

Meu Deus, aquilo sim parecia entediante.
Entramos na roda gigante e ela começa a se mexer e eu vejo o parquinho dali. A visão é linda, muito legal de se ver. Quando chegamos lá em cima, percebo que estou sorrindo. E dessa vez não quero negar, eu estou feliz.
Olho para Cas e ele sorri para mim também, sem mostrar os dentes, apenas um sorriso timido. E o pensamento que passa na minha cabeça é que ele é muito fofo sorrindo, mas logo minha mente bloqueia esse pensamento e joga num lugar onde não posso alcançar. Mas mesmo assim não consigo parar de olhar para ele, automaticamente meu corpo se inclina mais para perto do dele e meu olhar vai para boca dele. E meu Deus, eu não consigo parar de olhar para aqueles lábios e aqueles olhos.
De repente eu volto para minha sanidade. Eu tenho que sair daqui.

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Gostaram do capítulo de hoje? O que vocês acham que vai acontecer em seguida? Deixe um comentário, porque me motiva a continuar.

Speak - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora