Maia estava na plataforma 9 ¾, junto de sua prima Ninfadora, que esta no sexto ano, e a mãe da mesma, que também era sua prima, se preparando para embarcar no trem.
-- Não se esqueça, nada de fica cantarolando no meio da aula -- Avisou Andromeda pela decima vez para Maia -- Você vai acabar fazendo sua casa perder pontos.
-- Tá bom, tia -- Resmungou Maia -- Eu já sei, eu vou tentar me controlar.
-- Fica tranquila Maia, eles não são ruim assim -- Murmurou a Ninfadora para prima.
-- Você sabe que eu não falo por mal, adolescentes são competitivos, não quero que você arrume intriga... já não basta a Dora.
-- Ei! eu não perco tantos pontos assim -- Reclamou a garota.
-- Claro, por que os professores já até cansaram de falar e todos já se acostumaram -- Suspirou a ex Black.
Ninfadora ficou quieta, ela sabia que a fala da mãe era verdade, ela constantemente perdia pontos por motivos bestas, as pessoas até cansaram de implicar com ela. Maia deu uma risadinha ao ver a prima fazer um biquinho, fazendo a sua prima mais velha, a qual ela chamava de tia, por consideração, voltasse sua atenção a ela.
--E você não se esqueça de mandar uma carta avisando em qual casa você foi selecionada e como foi o banquete.... e não se atreva em mentir.
-- E por que eu mentiria?! -- A garota colocou a mão no peito, como se estivesse ofendida -- Eu nuuunca mentiria pra a Sra.. e não adiantaria muita coisa também, né, a Dora tá lá.
Andromeda balançou a cabeça, Maia tinha razão, querendo ou não, Ninfadora acabaria contando o que havia acontecido, mesmo se Maia não fizesse. A metamorfogama se afastou para conversar com um de seus amigos e a mais velha se abaixou um pouco, ficando na altura de Maia.
-- Seu pai ficaria orgulhoso por você estar aqui... você sabe disso, não sabe? -- A garota ficou quieta, abaixando o olhar -- Não importa pra que casa você seja selecionada, o importante é quem você é, entendeu?
-- Eu sei...-- A garota suspirou fundo - ... eu queria que ele estivesse aqui...
-- Eu sei que sim querida.... -- Andromeda suspirou e abraçou a sobrinha -- ... só tenta não colocar fogo na escola, tá?
Maia deu uma risada meio cabisbaixa e retribuiu o abraço da tia, antes de entrar no trem.
-- Até as férias -- Fala abanando a mão.
Maia se sente um pouco melhor depois de abraçar a tia, o caminho todo ela não conseguia parar de pensar em seu pai e em como ele se sentiria dependendo da casa que ela fosse selecionada, nem mesmo suas musicas estavam conseguindo fazer com que aqueles pensamentos se afastassem.
Os corredores do vagão estavam cheios de gente, alunos de todos anos e casas andando de um lado para o outro procurando uma cabine para se sentar e a nossa protagonista não era diferente, ela andava olhando para as cabines, procurando algum lugar onde ela poderia se sentar. Até que ela achou uma onde havia apenas 2 garotas sentas e achou que seria uma ideia se sentar junto dela. Cuidadosamente ela abriu a porta, cada uma das garotas cuidavam de seus próprios interesses, alheias a toda aquela confusão do lado de fora.
-- É, com licença... posso me sentar com vocês? -- Perguntou ela chamando a atenção das garotas.
Ambas as garotas usavam uniformes neutros, o que sinaliza que elas ainda não haviam sido selecionadas para uma casa, significando que, assim como Maia, aquele era o primeiro ano delas. Uma delas havia longos cabelos loiros ondulados, tão loiros que quasse chegavam a ser banco, essa estava lendo um livro e foi a única que olhou para a garota na porta, fazendo com que Maia pudesse ver seus olhos azuis claros, a outra havia cabelos castanhos médios e estava concentrada escrevendo em uma prancheta.
-- Pode, fique a vontade -- A garota deu de ombros, voltando seu olhar ao seu livro.
-- Obrigada -- Maia agradeceu, entrando e fechando porta atrás de si, se sentando ao lado da garota que estava escrevendo.
Sem incomodar ninguém, a garota pegou seu walkman no bolso de sua capa e colocou seus fones no ouvido, começando a curtir a musica. De repente ela sentiu alguém cutucando seu braço, era a garota da prancheta.
-- O que é isso?-- Ela perguntou se referindo ao walkman, a garota que estava lendo também parecia observar curiosa.
-- Ah, isso? É um walkman, é um dispositivo trouxa pra ouvir musica -- Falo tirando um dos fones -- Quer ouvir?
-- E o que você tá escutando? -- A garota de cabelos castanhos colocou o fone -- uou, Guns N' Roses?
-- Uou, 'cê conhece?
-- Minha vó odeia que eu escute musica trouxa, eu adoro -- Comentou ela, com um sorrisinho -- Escuta um pouquinho também Luise, pra você conhecer um pouco de musica de verdade.
A loira, a qual agora sabemos que se chama Luise, revirou os olhos, se levantando e se sentando ao lado de Maia, colocando o fone que estava na mão da morena na orelha.
-- Musica bruxa é musica de verdade, okay?
-- Você não tem local de fala até conhecer musica de verdade.
- Qualé, música bruxa nem é tão ruim assim, a música daquela banda, As esquisitas, é até que legal - Sorriu Maia, tentando amenizar a discussão que estava quase surgindo ali.
- É.. - A outra balançou a cabeça - A propósito, eu sou Lyra Longbottom e essa é a Luise Lovegood - A Luise abanou a mão, prestando atenção na música.
- Prazer, eu me chamo Maia.
- Maia? Tipo... os povos indígenas da América? - Perguntou Luise, levantando a uma sobrancelha, tirando o fone da orelha.
- nah, Maia tipo a estrela.
As garotas fizeram uma careta, como se não soubessem do que ela estava falando.
- Eu também não sei gente, não fui eu que inventei - Disse dando de ombros.
Assim elas começaram a conversar, descobrindo que elas, de certa forma, tinham algumas coisas em comum.
- Que casas vocês querem ser selecionadas? - Perguntou Lyra - Minha avó quer que eu seja da Grifinoria como meus pais e a mairoia da nosss família mais.. sério, eu não me importaria se eu fosse pra outra casa, a Corvinal parece uma boa opção.
- Sinceramente, eu queria ir pra Corvinal também, falam que é uma casa com pessoas criativas... mais, se bem, não sei se me parece uma boa ideia ter que desvendar uma chatada toda vez que for entrar no dormitório - As garotas riram, concordando com ela.
- Meu pai era da Corvinal quando estudava, para os dias que ele não conseguia desvendar a charada, ele sempre andava com um saco de dormir na mochila - Contou Lovegood.
- Falando assim... acho que a Corvinal não é mais uma opção tão boa assim, talvez a Lufa-lufa seja melhor.
- Então você quer tomar banho de vinagre? - Riu Maia, se lembrando das historias de Ninfadora - Eu tenho uma prima que está n Lufa-Lufa, e sério, não é tão fácil quanto parece, eles tem uma batida secreta e, se você não acerta, além de ficar pra fora você ainda toma um banho de vinagre.
As outras duas ouvintes fezeram uma careta, apenas pensando no cheiro de vinagre que ficaria empreginado em suas roupas por deixar aquilo secar.
- Acho que estou preferindo a Grifinoria mesmo então - Falou Lyra em uma careta, fazando as outras garotas rirem.
- Não sei, mesmo com o enigma eu gosto da Corvinal - Comentou Maia - Mais a Grifinoria não parece uma má opção... mais e você Luise?
- Eu? Ah, não me importo em que casa eu esteja, querendo ou não, são todas iguais, não?
Maia e Lyra se olharam, com as sobrancelhas arqueadas.
- Sua amiga é muito estranha.
- Ela é sua amiga agora também, agora aguenta!
Continua...?

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Ao som da musica
FanfictionMaia sempre foi apaixonada por musica, sempre pendido para seus tios ligarem o radio e cantando junto com o cantor, até mesmo se ariscando a tentar criar suas próprias letras, porém a musica não era algo muito comum para alguém que deveria se tornar...