Jenny
Finalmente era a minha vez de conhecer a cidade mais visitada do mundo estava radiante e um pouco nervosa também, um lugar diferente e novo. A ida do aeroporto para o hotel já foi magica com cores e brisa leve tudo parecia tão delicado e romântico, estava me sentindo um pouco deslocada com minhas roupas escuras e pesada, não por me incomodar com meu estilo, jamais. Mas ao se andar pela cidade percebe-se o estilo geral dominante. Sorri ao lembrar do que Nate falou, percebi que não usaria 30% das roupas que teria trazido. Elas simplesmente não se encaixavam na cidade.
O primeiro item crucial seria bem simples, ir as compras.
Ao meu lado Giorgina parecia acostumada com tudo aquilo, o que era bem obvio já que ela vagava por todo lugar do mundo, sempre livre, vivendo de verdade e não brincando de liderar a escola. Nunca mais iria regredir ao ponto que achar que liderar garotas burras era algo triunfante, não que fosse ruim afinal é tão bom estar no controle, mas agora já estarei no controle da minha futura empresa. Semana que vem era meu aniversário e na próxima eu iria me formar. Me inscrevi nas três faculdades dos sonhos, mas não tive coragem de abrir nenhuma então as trouxe para Paris, com a pessoa mais independente e objetiva que eu conheço se não tiver passado em nenhuma Giorgina me ajudaria a pensar fora da bolha e ver novas probabilidades.
- Gina, você acha que minhas roupas estão destoando muito? – perguntei desfazendo a mala fantasma que Nate montara para mim.
- Paris é uma cidade cosmopolita, abriga gente de todo tipo e estilo. – respondeu de costas olhando a vista pela janela. - Não vou mudar por conta do lugar onde estou.
- Tem razão, mas eu não ligaria de colocar uns paletós e tons de marrom. – Dei de ombros. Ela virou em minha direção e fez aquela cara de tanto faz.
- Isso quer dizer que vamos as compras? – perguntou.
- Obvio!
Rimos juntas brincando com o cartão que Nate havia me dado, mas logo voltei a uma parte importante.
- Gina preciso da sua ajuda com uma coisa. – Me sentei na ponta da cama prendendo a mão entre os joelhos.
- Não trabalho com gravidez e homicídio, fora isso pode me contar.
- Gravidez é no mesmo nível de homicídio para você?
- Não perde o foco Jenny, me conta logo. – Se sentou ao meu lado, levantei de pressa em direção a mesinha de cabeceira e puxei os três envelopes. – Quero que me ajude a abrir. – Entreguei na mão dela.
- Era isso? – sua voz soava a decepção.
- Não é só isso o meu futuro depende disso, estou com medo de não ter passado em nenhuma. – Me levante impaciente caminhando de um lado para o outro. – Estou com muito medo de não conseguir ser alguém, e se não aprovaram o meu estilo de trabalho ou as minhas roupas e eu falhei? Tudo pode ser por isso estou com tanto receio de abrir e se... – ela me cortou.
- Você passou para Columbia e Yale, mas foi rejeitada na Brown o que é meio irônico né.
- Você abriu? – perguntei em choque olhando para ela.
- Não era para abrir? – deu de ombros.
-Pera, pera, eu passei? – minhas mãos estavam tremendo e todo o meu corpo estava em alerta, eu não podia acreditar naquilo.
- Sim, Columbia e Yale. – respondeu de forma casual com se fosse uma notícia aleatória e simples. – Agora podemos sair para gastar e ver homem gato com sotaque?
- Sim, mas tem alguma instrução de quando eu devo mandar os documentos e fazer a inscrição oficial junto com as entrevistas e essas coisas.
- Claro que tem, mas você vai ter as férias inteiras para pensar em qual faculdade entrar. – disse tirando as cartas da minha mão e me puxando para fora do quarto. – Vamos fingir ser lindas parisienses tomando chá.
- Prefiro comer croissant e macarrons.
- Seja feita a minha vontade JennyJenny! – disse com uma voz macabra e saiu correndo pelo extenso corredor me fazendo ir atras dela.
E não existe lugar mais divertido que a Galeries Lafayette Paris Haussmann quando se quer uma experiência nova e elegante. O cenário luxuoso, todo cercado por tons dourados já foi cenário de vários desfiles de moda, é basicamente um Shopping só que com todo o glamour de ser em Paris, sem contar que aquela cúpula de vidro é belíssima.
Vestimos roupas Effortless chic, um estilo que parece ser casual e sem esforço, nem um pouco parecido com o meu natural, nem o de Gina que assim como eu não usa muitas peças básicas, mas vou usar tudo isso como experiência pois não é de todo ruim, além de ser bem confortável ao mesmo tempo funcional e estiloso. A vendedora me fez tirar toda a maquiagem pois como estava entrando no clima de Paris deveria fazer direito.
A tarde foi magnifica nunca havia experimentado tanta roupa na vida, caminhamos por quase toda paris, assim acredito pois os meus pês não aguentavam mais andar passamos por uma galeria de artes e só consegui pensar no meu pai, fiquei bem irritada com o fato de G sair entrando na Galeria sem nem me consultar estava tendo uma exposição de Juan Genoves. Tudo muito lindo e adorável me sentiria mais tranquila se não estivesse cheia de bolsas nas mãos.
- Uma tamanha falta de educação essa duas!
- Turistas são tão sem noção, Chérie.
Que idiotas essas duas, falando mal como se fossem as donas do lugar. Sorri pensando que se estivesse em Nova York teria falado o mesmo. Passei os olhos em volta a procura da minha louca amiga e não a encontrava de forma alguma até que uma mão toca meu ombro de forma sutil.
- Olha quem eu encontrei perdido por aqui! – Comentou a morena acenando de forma delicada para as duas figuras pessoas ao seu lado.
- Senhor Van der Bilt, senhora Archibald! – Exclamei surpresa, nunca imaginei de encontrar eles aqui.
Eles me devolveram um breve aceno de cabeça como se não soubessem quem eu sou, o que não seria surpresa pois Nate nunca me apresentou a sua família.
- Você é a menina que deu abrigo ao meu filho certo? – perguntou a loira.
- Sim senhora! – sorri nervosa.
- Nunca tive a oportunidade, mas, - me encarou de cima a baixo. – Obrigado.
- Ela não é só a menina que deu abrigo a ele é a namorada. – comentou Giorgina
- Como? Você é apenas uma menina. – disse o senhor Van der Bilt me olhando diretamente.
- Pai, podemos conversar sobre isso em outro lugar. – Sussurrou - Que tal tomarmos um café?
Estava me sentindo acuada pela primeira vez em muito tempo, depois que eu decidi tomar o rumo da minha própria vida nada mais me assustava nem o meu pai, mas agora com a família de Nate parada a minha frente eu não sabia o que fazer.
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Fresh Start ♡ little J
FanfictionCom o início do novo estágio Blair decide finalmente deixar Jenny em paz para voltar a manhattan. Afinal se ela expulsase cada garota que transou com C New York estaria vazia não é mesmo? O que será que a pequena Jenny vai fazer com a sua carta bra...