Capítulo 04

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Rhaenyra se perguntou se Daemon a encontraria ali. Ela entrou no grande salão vazio depois de subir as escadas e virar à direita. O salão era normalmente usado para workshops. Sua equipe de marketing reservava o espaço para um treinamento detalhado sobre cada produto, destacando as melhores qualidades, a duração na pele, os ingredientes naturais e a ausência de corantes.

Nessa noite, ela sabia que todos estariam concentrados no evento no andar de baixo, o que lhe daria alguma privacidade.

Se você não quiser que eu a beije, esse seria o melhor momento para dizer isso

Ela se lembrou dessas palavras, querendo apenas que ele a beijasse, mas não podia aceitar isso em público e que algo embaraçoso saísse contra ela na imprensa.

Suas regras eram específicas para envolvimentos carnais com outros parceiros. Uma vez, sem nomes, sem números de telefone, sem falar sobre a vida, apenas o bom e velho sexo casual. Ela havia passado anos com seu noivo implorando por um pouco de prazer e havia tirado o melhor proveito disso.

No entanto, esse estranho encantador, cujo nome seria Daemon, interrompeu sua rotina e a provocação entre sussurros e dedos a tirou de órbita.

Era arriscado pensar em qualquer coisa com ele ali, era fácil ser pega, mas essa adrenalina a deixou excitada e ela descobriu que ele era tão louco quanto ela.

Rhaenyra olhou ansiosamente para a abertura que havia deixado na porta, ouvindo os sons abafados da festa e as conversas descontraídas do lado de fora.

As luzes da cidade brilhavam à noite através das enormes janelas do salão, iluminando sutilmente a atmosfera.

Ela vagou pelo longo salão, encontrando a mesa no canto e se encostando na borda, esperando por ele.

Se ele não aparecer, vou me considerar uma completa idiota.

Depois de cinco minutos, a porta se abriu com um forte estrondo e um feixe de luz brilhou.

Ela observou a figura do corpo dele procurando por ela na escuridão.

Emergindo do canto escuro e dos sons de saltos batendo no chão, ela se revelou a ele. Ela só conseguia distinguir a silhueta marcada dos ombros dele e os olhos verdes intensos que a encaravam.

Aquele momento ficou gravado em sua memória como uma pintura rara.

Daemon atravessou o corredor até ela sem desviar o olhar. A pulsação dela aumentou quando ele se aproximou, tentando decifrar a expressão dele na escuridão. Essa euforia era nova para ela. Seu corpo ainda estava encostado na mesa quando ele se aproximou silenciosamente e parou alguns centímetros à sua frente.

Suas mãos estavam nos bolsos da calça, as mangas arregaçadas até os cotovelos, demarcando suas veias e aquele maldito olhar, esperando que ela agisse. O que era justo, ela sempre o deixava na mão quando ele expressava claramente o que queria.

O primeiro passo deveria ser dela.

E ela ficou feliz em aceitar sua tarefa.

Rhaenyra deu um passo à frente, brincando com a ponta da gravata dele, estudando a sugestão de um sorriso em seus lábios. Ela passou o olhar pelo tronco dele, pelos ombros e pelo pescoço, notando que a garganta dele estava seca. Suas mãos subiram para segurar a gravata com mais firmeza, alinhando seus olhares.

Com um impulso mais forte, ela puxou os lábios dele para os seus, finalmente o beijando.

Ele tinha gosto de uísque e tentação.

E o beijo se tornou mais exigente quando a boca dele se abriu e suas línguas dançaram em sintonia, quentes e insistentes. A mão dele se enroscou na cintura dela e a puxou até que seus corpos estivessem pressionados um contra o outro, sentindo o calor um do outro.

Dancin' Til DawnOnde histórias criam vida. Descubra agora