A propriedade de Lúcifer

Autoritário

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Lúcifer percebeu que o maior estava tremendo levemente abaixo do seu corpo.
—“Querido, não fique com medo. Eu não queria te machucar, mas, você me ignorando me faz, ficar irritado, sabe?”——Disse beijando a bochecha do ruivo.

Alastor não diz nada e fica quieto diante o toque de Lúcifer.

—“Vamos, não vou te obrigar a me perdoar... Mas, me conta, por que estava fingindo não me conhecer? E por que, não me procurou nesses 12 anos?!”

O loiro tentou falar um pouco mais calmo, mas saber que o seu amado, estava o ignorando por 12 anos fazia o seu estômago se revirar de raiva.

Alastor fica em silêncio, se recusando a falar.

—“Alastor.”

—“E-Eu...”——Alastor desvia o olhar.

Alastor continua hesitando, isso deixa Lúcifer irritado, como seu amante poderia se recusar a dizer, quando ele perguntava?

Será.... Que alastor arranjou outra pessoa? Por isso, ele hesitava?!

Esse pensamento fez todo fio de razão desaparecer da mente de Lúcifer.

—“ALASTOR, ONDE CARALHOS VOCÊ ESTAVA?!”——Perguntou gritando com raiva.

Seus chifres cresceram, e seus olhos ficaram vermelhos sangue.

Seu poder queimava descontroladamente dentro de seu corpo, e uma aura cheia de morte emanava do seu corpo.

—“M-Me desculpe, Luci!!... E-Eu não posso dizer!!”——Disse tentando escapar das garras do loiro, ele se transformou em uma sombra se teleportando para o outro lado do quarto.

—“Cordeirinho?”——Chamou tentando se acalmar.

Alastor colocou as mãos em cima da sua cabeça e escorregou até o chão.

—“M-Me desculpe! Eu realmente não posso!!...”——Disse sentindo lágrimas inundando seus olhos.

Lúcifer sentiu seu poder voltando ao seu controle, ele pela primeira vez, percebeu algo... Alastor tinha um sorriso grande em seu rosto. Mas... Ele chorava, por que sorria?

Lúcifer sentiu seu poder começando a tremular novamente ao vê o nariz e os cantos da boca de Alastor começando a sangrar.

O loiro, desceu da cama, ele foi até o ruivo, tocou levemente seu braço.
—“Alastor... Olhe para mim.”

O ruivo balançou a cabeça em negação, ele continuava repetindo: “Isso dói, faça parar... S-Sinto muito...”

Lúcifer agarrou o cabelo do ruivo sem muita força, ele mandou, novamente:
—“Querido... Vamos, olhe nos meus olhos.”

O ruivo olhou nos olhos de Lúcifer. Havia lágrimas em seus olhos, e seu sorriso grande estava horrível de se ver. Havia sangue escorrendo pelos cantos de sua boca....

—“Você vai falar com calma, o que aconteceu com você, pode ser?”——Pediu se ajoelhando no chão, e colocando suas mãos em cima das mãos de Alastor.

—“Eu... Não posso...”——Disse olhando para baixo.

—“Não desvie seu olhar, Alastor.”

Quando alastor ia olhar novamente para o loiro, sentiu seus lábios serem tomados pelo menor.

Foi um beijo curto.

—“Vamos, conte-me tudo, ok?...Primeiro, como você morreu?”——Seus olhos vermelhos brilharam, e Alastor não conseguiu desviar seu olhar, parecendo um pouco encantado.

—“Eu... Naquele dia, quando você foi embora, eu fui para o bar, um homem me chamou para uma bebida. De primeira, não iria beber, por que eu conhecia as pessoas que frequentava aquele lugar. Elas drogavam as maiorias das bebidas. Mas, a garrafa estava lacrada, e eu não desviei meu olhar do copo... Então eu bebi. Eu não sei o que aconteceu, eu desmaiei. Quando acordei, estava em casa... Havia muitos homens, eles me torturaram um pouco e pegaram tudo o que tinha de valor em casa. Então, me levaram para uma floresta. Disseram que por eu ser um "demônio" deveria ser morto da pior maneira possível. Então, eles me torturaram mais, e... Chamaram os cachorros sarnentos que os acompanhavam. Eles morderam e rasgaram meu corpo. E então... Fui queimado vivo.”

Lúcifer ficou em silêncio, sentindo seu poder tremulando dentro de si. Ele apertou seus punhos com raiva. Seus olhos brilharam de ódio. Nunca havia sentido tanto ódio. Eles fizeram coisas horríveis com Alastor.... Ele deve destruir suas almas para que não tenham o direito de reencarnarem.

Alastor não sabia bem, ele não precisava mais se conter, provavelmente algum poder estranho de Lúcifer para fazê-lo falar.

—“Depois... Que você morreu... Onde você ficou... Até hoje?”