Eu sou bem.. diferente

03

Em um dia qualquer, Sn novamente saiu tarde da noite do escritório de arquitetura e resolveu ir andando até sua casa em vez de pegar um uber, quando num ponto de ônibus, Tara estava sentada ali.

"Sn. Ela não sabe que os ônibus pararam de circular as 1 da manhã?" Pensou Sn.

E vendo Tara ali, com medo e toda atenta, se aproxima da mesma.

Sn. Boa noite..

Tara se assusta com a saudação de Sn.

Tara. Boa.. noite.

Sn. Precisa de ajuda pra voltar?

Tara. Ta tudo bem.. eu to esperando o ônibus.

Sn respira fundo e foca na moça.

Sn. Lamento estragar sua expectativa.. mas os ônibus ja pararam faz tempo.

Tara. O que?

Finalmente tara olha pra Sn

Sn. Eles param a 1 da manhã.

Tara. Merda!!

A mais baixa se levanta e mexe no celular.

Sn. O que tá fazendo?

Tara. Vou chamar um carro de app.

Sn. Nossa casa está ha 3 quadras daqui.. da pra ir andando de boa.

Tara. Eu não conheço o lugar ainda.

Sn. Bom.. ainda bem que vc tem uma guia que além de arquiteta e sua vizinha.. ela é conhecida por eles lugares.

Tara olha pra Sn e vê um leve ar de sorriso na mais alta.

Tara. Ok.. só pq mora a bastante tempo aqui.

Bom, Tara aceitou a companhia.

Nos primeiros 5 minutos de caminhada, aquele silêncio constrangedor entre as duas.

Bom, algo tinha que ser feito ali, naquele clima tenso.

Então Sn, como não passou uma boa impressão la no início a Tara, resolveu quebrar o gelo.

Sn. Então.. hora extra na empresa?

Tara. Ah sim.. preciso de dinheiro extra.

Sn. Quem não precisa ultimamente.

Tara. Pois é kkk .

Sn. Seu nome não é comum pra cá.. vc é brasileira mesmo?

Tara. Oh não.. sou dos Estados Unidos.

Sn. Em que lugar de la?

Tara. Woodsboro.. ja ouviu falar?

Sn. Não é o local que inspirou scream? Sobre o massacre?

Tara. É sim.. na verdade sou uma sobrevivente.

Tara jogou tudo em cima de Sn, ja esperando a garota sair correndo, mas o que aconteceu, foi totalmente ao contrário.

Sn. A cicatriz na sua mão.. e por causa do massacre?

Tara. Sim.. morro de vergonha dele.

Sn. Não deveria.. cicatrizes contam histórias de sobrevivência.. deveria se orgulhar disso.

Tara. Ah claro kkkkkk todas de facadas que levei.

Sn. Mas é.. por exemplo..

Sn levanta um pouco sua blusa, revelando marcas de queimaduras.

Sn. Não to tão longe de vc como imagina.

Tara. Foi um serial killer?

Sn. Não.. pai adotivo.

Tara. Meu Deus!! Eu sinto muito mesmo.

Sn. Td bem afinal de contas.. não foi culpa sua mesmo.

Tara. Mesmo assim.. eu sinto muito

Sn. Bom se for assim.. sinto muito também.

Tara da um leve sorriso e abaixa o olhar.

Sn. A conversa rendeu muito.. chegamos.

Tara. Nem percebi o quão rápido foi kkkkk

Sn. Quando se está bem acompanhado tudo vai rápido e ganha qualidade.

Tara fica vermelha de vergonha, poxa vida, aquilo soou como um flerte.

Sn. Te vejo amanhã vizinha.. boa noite.

Diz Sn saindo e assim que fechou a porta de sua casa, se arrependeu amargamente do que disse.

Sn. Merda ela vai saber que sou diferente!!!

Ja no lado de tara, ela se flagrou dando um sorriso bobo.

Finalmente, conseguiu conversar com sua vizinha misteriosa não é mesmo?

Nos dias que foram se passando, as coisas foram fluindo bem.

Sn quando chega no trabalho, não vê tara, mas toda vez que sai, da de cara com a mesma, no ponto de ônibus, esperando um milagre acontecer.

Sn. Vc está esperando Cristo aparecer e te levar até em casa? Kkk

Tara. Kkk ou uma amiga me oferecer uma carona.

Sn. Bom.. quer carona nessa andança?

Tara. Sem ser entrona mas ja sendo.. eu aceito sim rs.

Na verdade, sabemos que tara fazia isso de propósito.

Mesmo conhecendo um pouco, quase nada de sua vizinha, se sente confortável com sua presença, não tem que esconder suas cicatrizes do passado recente.

E também, sente que não precisa temer o ghostface, Sn estava ali para proteger ela, mesmo sabendo que o assassino estava morto, todos eles.

Samanta e os demais estavam indo bem, cada um se despistou assim que tudo isso acabou, precisavam recomeçar suas vidas, assim como tara esta fazendo.