14 | amarelo otimismo

239 45 53
                                    

Sou como um sol que não aquece, apenas ilumina sem trazer calor.

🎨

Desde que conheceu Taehyung, Jimin tentava de todo jeito se aproximar dele.

Amava ir para festas aleatórias, e foi aquele pretexto que usou para se aproximar do garoto — mesmo que sempre fosse rejeitado no mesmo segundo. Estava contente por Taehyung finalmente aceitar sair para curtir, mas ainda estava surpreso. Aquele garoto era duro na queda, e aceitar sair era o mesmo que estar se despedindo quando chegava sua hora de morrer. Como diziam, alguém sentia quando a hora de partir chegava, e mesmo sem querer ou perceber, se despedia dos seus entes queridos. Jimin não tinha certeza e nem queria que fosse aquilo, mas era algo a se pensar.

Porém, ele não pensou.

A alegria foi tão grande que Jimin simplesmente engoliu todas as perguntas que queria fazer, silenciou todos os pensamentos ruins e a única coisa que fez foi sorrir grande, pois achava que estava chegando nas profundezas daquele coração bruto. Se aproximou de Taehyung e, sem se importar com mais nada, rodeou a cintura dele com os braços e o tirou do chão, girando com o garoto nos braços.

— Ai... — Taehyung gemeu dolorido, e ouvir aquilo fez Jimin colocá-lo no chão no mesmo segundo.

— Machucou? Usei muita força? Apertei? — perguntou desesperado.

— Não, só... Não foi nada... — resmungou, alisando a costela esquerda.

Jimin sabia que ali tinha coisa, e assim que Taehyung se virou para pegar algo no sofá, ergueu a blusa folgada dele, vendo que a pele estava arroxeada. O garoto se assustou com a ligeireza, mas foi rápido em abaixar a blusa e olhar para o homem com os olhos matadores.

— Qual foi? — perguntou ignorante.

— O que é isso? Você se machucou?

No fundo, Jimin sabia exatamente o que tinha acontecido, mas a surpresa tinha sido tão grande que ele nem se importou de colocar alguns neurônios para trabalhar. Já sabia das preferências sexuais de Taehyung, mas não podia simplesmente ignorar o que viu. Viu apenas um pedaço de pele, mas sabia que o corpo todo dele estaria daquele jeito.

Taehyung olhou para Jimin dos pés à cabeça, se perguntando quando foi que deu liberdade para ele se manter na sua vida e intimidade; levantar sua blusa daquele jeito, como se fosse um pai procurando vestígios da noite passada no seu filho. E após muito pensar, chegou à conclusão de que nunca deu tal liberdade, o que o fez ficar ainda mais raivoso.

— Cara, com todo respeito, vai tomar no cu — disse raivoso, já querendo desistir de sair.

Estava sim nervoso devido à demora na resposta dos homens. Passaram apenas 24 horas desde que se encontraram, mas ele queria ter notícias logo para ter certeza de que estavam vivos. A falta de resposta o deixava nervoso, e também porque não queria ninguém se intrometendo em suas coisas.

— Mano, eu já segurei seu pau, quase vi a cor do seu cu e agora você vem com essa porra pra cima de mim? — Jimin também ficou nervoso. — Quem te machucou? É aquele negócio de ninfo e maso ou você brigou por aí?

— Não. Se. Meta. Na. Porra. Da. Minha. Vida! — disse pausadamente, erguendo o dedo indicador e quase esfregando no rosto de Jimin.

Jimin o encarou intensamente, como se pudesse ver a alma dele. Já tinha visto o corpo dele nu, já tinha tirado fotos, já tinha até mesmo segurado o pau dele para medir o tamanho e tentar reproduzir na sua escultura. Aquele garoto constantemente ficava nu em sua frente, ou ficava apenas de cueca sempre que ia se trocar após pintar. Mesmo que não fossem tão próximos ou melhores amigos, a nudez nunca foi um tabu para eles, principalmente vindo da parte de Taehyung. Mas agora, ouvir seus xingamentos ao invés de explicações, indicava que algo sério aconteceu.

cores são sentimentos, tysOnde histórias criam vida. Descubra agora