Intense And Chaotic | Versão Minsung | EnemiesToLovers ✔

08. Se Você Diz...

Han Jisung

Choraminguei descontente ao ouvir o despertador do celular e me virei na cama, pronto para jogar meu celular para o outro lado do quarto.

— Inferno! — Praguejei e passei as mãos pelo rosto antes de desligar o alarme. 

— Não pragueje de manhã, desequilibra a energia do quarto. — Ouvi a voz rouca de Lee Minho e virei meus olhos para ele, o vendo sem camisa, despejando o leite em um potinho. O meu potinho.

— O que caralhos você está fazendo com o meu potinho de aquarela? — Gritei e me levantei em um pulo.

— Potinho de quê? — Piscou confuso.

— O meu potinho em formato de folha! Eu uso ele para pintar aquarela. Por que mexeu nas minhas coisas de novo? — Puxei meus cabelos antes de tentar pegar o pote, mas fui impedido pelo gato amarelo, que tentou me arranhar no mesmo segundo.

— Isso aí, Lily! Não deixe que ele tire o seu potinho de beber leite, sei o quanto gostou dele. — Jogou um beijo para o gato e se endireitou. — Bom dia, Hanji!

— Não mexa nas minhas coisas, me ouviu bem? — Grunhi e segurei meus próprios cabelos, sentindo uma dor de cabeça começar e minha raiva aumentar ainda mais. — Eu... 

— Você... Está péssimo. — Forçou um sorriso inocente. — Isso que dá desequilibrar a energia do quarto. 

— Eu sinceramente já te odeio. De verdade. Do fundo do meu coração, eu te odeio. Não gosto de você. Fique bem longe de tudo que é meu! — Apontei um dedo em sua direção e ele tentou morder a ponta.

— Está bem, eu não vou mais mexer nas suas coisas. — Mais uma vez forçou um sorriso inocente. — Nem na sua namorada. — Completou assim que eu me virei para caminhar até o outro lado do quarto. — Ela não beija bem, por isso você nem ficou duro.

Pressionei os dedos na ponte do meu nariz e me virei devagar. — Lee Minho, faz um favor para mim?

— Qual?

— Morre ou se muda.

— Vou ficar devendo os dois. Eu não tenho dinheiro nem para morrer e nem para me mudar. — Deu de ombros. — E Lily ficaria triste. Ficaria triste, meu bebê? — Afinou a voz para falar com o gatinho.

— Por que está sendo tão irritante? — Choraminguei.

— Está bem, confesso que ter pego seu pote, disso aí que você falou antes, e ter te forçado a dar o leite foi longe demais. Não vou mais mexer nas suas coisas. Podemos ficar em paz agora?

— E o resto? — Franzi o nariz.

— Que resto?

Apontei para a minha própria cabeça e ele demorou alguns segundos para entender, caindo na gargalhada com a realização.

— Eu tentei te ajudar, eu juro. Você viu! Não pode negar que eu tentei ser um amigo. Além de mostrar que estava sendo corno, te dei a oportunidade de se vingar e se livrar dela. Se você for parar para pensar, ela que te deve desculpas, não eu. Nem conheço você direito! Não lhe devo nada. — Argumentou com paixão, como se realmente tivesse um ponto. — Eu te dei uma oportunidade e te mostrei a verdade. 

— Bela forma de ajudar, ein? — Revirei os olhos e voltei a caminhar até o banheiro.

— Bem, ela te traiu antes mesmo de você chegar. Ela deu em cima de mim antes de eu sair de lá com aquele cara. Posso ser muitas coisas, menos um traidor ou um que incentiva a traição. Não namoro porque não confio em ninguém, então só dou o mínimo sempre. Em tudo. Você viu no sofá, tenho certeza que viu. Eu não ofereço muito de mim, as pessoas tendem a ser umas vadias umas com as outras. Acredite, tentei ser seu amigo lá. Deveria ser mais como eu.