ENCONTRO À MEIA-NOITE

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Hoje é o dia em que, à meia-noite, Tom Kaulitz entra nas boates, rodeado de dançarinas que recebem pagamento para se apresentarem em pole dance. Tom é um grande mafioso, e não se deixe enganar pela sua postura descontraída; ele é considerado um "sugar daddy", sustentando todas as mulheres que lhe interessam. Se Luna conseguir conquistá-lo, talvez se torne uma dessas mulheres. Mas Luna é uma gangster perigosa, e, apesar de seu próprio potencial, não chega nem aos pés de Tom, o chefe da máfia. Ela faria de tudo para obter informações sobre a vida de Tom e de seus colegas de "trabalho".

— A senhorita está muito elegante — diz Victor, impressionado.

— Não queira chamar atenção agora, Victor! — retruca Luna, um tanto estressada.

Luna está deslumbrante, vestindo um elegante vestido que realça sua silhueta, com um salto preto de bico afiado que transita entre o sofisticado e o audacioso. Seus cabelos morenos e ondulados caem sobre os ombros, enquanto sua pele clara e olhos castanhos são acentuados por uma maquiagem delicada, que destaca ainda mais suas feições. Seu rosto fino, com olhos, nariz, boca e sobrancelhas perfeitamente proporcionados, parece ter sido esculpido pelas mãos de August Rodin, um dos maiores escultores da história. Contudo, não se deixe enganar; esse rostinho bonito esconde um passado e um presente obscuros que, se conhecidos, fariam qualquer um sair correndo.

— Ainda está brava comigo? — pergunta Victor, hesitante.

— Você está trabalhando, não é? Não deveria fazer esse tipo de pergunta para a chefe. Hoje vou sair com Tom Kaulitz, então não quero me estressar. Preciso me concentrar para não esquecer o plano, e você aqui está me atrapalhando. Portanto, retire-se! — fala Luna, claramente exasperada.

— Desculpe, senhorita — lamenta Victor, com um tom triste.

— Chame o Luca e avise-o que estou pronta.

— Claro... — diz Victor, visivelmente chateado.

— Chamou, senhorita? — pergunta Luca, entrando na sala.

— Sim, vamos. Estou pronta.

Eles chegam à boate onde Tom estará à meia-noite. São 11h57 e Luna está no carro, ansiosa, esperando que ele entre na casa de shows.

— Esse é o Tom — diz Luca, apontando de dentro do carro e mostrando sua chegada.

— Perfeito. Deseje-me sorte.

— Cuide-se, não vá para a cama com ele. É um conselho.

— Eu sei do meu plano, Luca. Não preciso de conselhos — retruca Luna, com um sorriso confiante.

— Apenas cuide-se e não deixe seu copo à mostra.

Luna sai do carro com elegância, ignorando completamente os avisos de Luca. Apesar de não ter escutado os conselhos, eles estavam certos: era muito arriscado se envolver com um mafioso na primeira noite. Tom certamente desapareceria depois disso, e ela não teria as informações necessárias em um tempo tão curto.

Sem pensar duas vezes, Luna dirige-se ao camarote de Tom, seguindo-o. Ao chegar, como uma mulher elegante e inocente, imediatamente atrai os olhares de Tom, que fica encantado com sua beleza.

— Olá, senhorita. Posso te pagar uma bebida? — diz Tom, sorrindo.

— Claro, eu adoraria — responde Luna, empolgada.

— Uma bebida para essa linda dama — diz Tom, chamando o barman.

— Acho que te conheço de algum lugar — afirma Luna, com um ar de mistério.

— Eu não te conheço, acho que é impossível — diz Tom, surpreso.

— Você é o Tom, não é mesmo? — pergunta Luna, com um sorriso travesso.

— Sim, sou eu. E você é...?

— Prazer, sou Sofia.

— Sofia, o que uma moça tão elegante faz em uma casa de shows a essas horas? — pergunta Tom, com curiosidade.

— Você sabe, para beber e me divertir. Imagino que o mesmo que você — responde Luna, com um olhar provocante.

— Entendo. E você gostaria de se juntar ao meu camarote?

— Está interessado nessa moça? — questiona Luna, mantendo o tom de brincadeira, mas com um brilho astuto nos olhos.

— Mas é claro! — diz Tom, com um olhar malicioso que revela sua intenção.

— Então eu aceito! — responde Luna, um sorriso de satisfação se formando em seus lábios.

— Ótimo, vamos! — diz Tom, entregando a ela uma bebida preparada pelo barman, a espuma da bebida ainda borbulhando.

— Pelo visto, você sempre vem aqui, não é mesmo? — observa Luna, analisando-o com curiosidade.

— Mas é claro! Você se importaria de conhecer um colega de trabalho? — pergunta Tom, seu tom insinuante despertando a curiosidade de Luna.

— Mas é claro! — diz Luna, já sorridente, percebendo que Tom está caindo em seu jogo. Em breve, ela conheceria um de seus colegas mafiosos.

— Ele se chama Georg — apresenta Tom, enquanto procura o amigo no ambiente animado.

— Ah, sim! — exclamou Luna, com um brilho de expectativa.

— Oi, Georg, esta é a Sofia — diz Tom, fazendo a apresentação.

— Prazer, Sofia! — diz Georg, cumprimentando-a com um sorriso amigável.

— O prazer é todo meu, Georg — responde Luna, mantendo a aparência de inocência, mas com um toque de astúcia em seu olhar.

— Você se importaria de me acompanhar até lá em cima? — pergunta Tom, apontando para as escadas que levam ao camarim das dançarinas.

— Você pode ir para lá? Mas é claro, sem problemas, não me importo! — diz Luna, sua confiança evidente.

— Mas é claro! — confirma Tom, enquanto movimenta o piercing em sua boca, um gesto que a intriga.

— Você é bem direto, né? — observa Luna, com um sorriso cúmplice.

— Vamos ver — responde Tom, pegando a mão de Luna e conduzindo-a para as escadas.

Eles sobem para o camarim das dançarinas, onde a atmosfera é de um silêncio quase palpável, em contraste com a agitação do show que acontece lá embaixo. O espaço está vazio, e eles estão sozinhos.

— Você traz muitas garotas para cá? — pergunta Luna, tentando entender melhor o homem à sua frente.

— Mas é claro! Você acha que estou aqui por quê? — retruca Tom, com um sorriso cínico.

— Imaginei mesmo! — responde Luna, mantendo um ar de brincadeira.

— Tá emocionada? — pergunta Tom, com um olhar provocador.

— Mais é claro! — afirma Luna, sua confiança crescendo.

— Está pronta para me conhecer? — diz ele, sussurrando no ouvido de Luna.

Neste momento, Luna sente a respiração quente dele em seu pescoço, sua voz grave reverberando em seus ouvidos. As mãos de Tom seguram seu cabelo, como se ele estivesse prestes a arrancá-lo com um puxão.

— Prazer, eu sou Tom Kaulitz. Acho bom você obedecer, porque agora você é minha, e obedecerá às minhas ordens — diz Tom, olhando profundamente nos olhos de Luna, criando uma conexão intensa.

— Como assim? — pergunta Luna, assustada, sua voz traindo um toque de incredulidade.

— Não entendeu? Deixe-me deixar bem claro: agora você é minha — diz Tom, segurando-a com firmeza.

— Está esperando o quê? Faça o que você quiser, senhor Kaulitz... — responde Luna, sua voz suave, mas carregada de uma determinação inesperada.

O clima no camarim se torna eletricamente carregado. Luna sabe que está jogando um jogo perigoso, mas não consegue evitar a adrenalina que percorre seu corpo. O que começou como uma simples missão de coletar informações agora se transforma em algo muito mais intenso e arriscado.

CAMINHO DO CRIME [Reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora