Encontro entre a Palavra e o Prazer - Jikook (BDSM)

001 - Capitulo um

Ao avistar Jeon Jungkook adentrar o estacionamento, Park Jimin soube instantaneamente que era ele. Montado em sua Ducati clássica, imponente e reluzente, era como se o próprio destino o trouxesse ali. Conhecido por seus talentos e pela aura dominante que emanava no cenário de submissão e prazer da cidade de Seattle. Não era apenas a jaqueta de couro negra que o destacava, nem mesmo sua estatura. Era a coragem e a confiança absoluta que ele exalava ao desligar a moto, seus movimentos graciosos ao desmontar dela, como um cowboy controlando um garanhão indomável. Uma aura de poder pairava sobre ele, algo que Jimin conseguia sentir a metros de distância, como uma suave brisa que o envolvia por completo.

Quando Jeon Jungkook removeu o capacete, Jimin teve a confirmação de sua admiração.

Cabelos escuros, quase negros, ligeiramente ondulados, dançando sobre o colarinho de sua jaqueta. Um perfil forte, esculpido como se fosse obra de arte. Jimin permaneceu ao lado de seu carro, a porta entreaberta, as chaves esquecidas em sua mão trêmula. Por que seu coração batia tão descompassado? Era impossível desviar o olhar da elegância de Jungkook, hipnotizado pelos movimentos hábeis de suas grandes mãos.

Enquanto ajustava as luvas de couro e prendia o capacete no banco da moto, Park Jimin ainda o observava quando seus olhares se encontraram. Olhos profundos, de um brilho intenso e perspicaz. Jimin sentiu-se desorientado, algo raro para ele. Se ao menos conseguisse acalmar seu coração acelerado. Este era um encontro profissional, afinal. Mas isso não impediu sua reação diante da presença marcante daquele homem. Precisava se recompor antes de iniciar a conversa. Estava ali para aprender, para fazer pesquisa. Seu amigo online, Hobi, havia sugerido que falasse com Jeon Jungkook, mas não mencionou o quão encantador ele seria.

Jeon Jungkook emanava um magnetismo que parecia carregar um aviso de perigo. Seu sorriso revelou dentes brilhantes, destacando a masculinidade de seu rosto. Jimin se viu atraído por essa aura maliciosa, sentindo um calor inexplicável percorrer seu corpo.

Quando Jungkook se aproximou, os joelhos de Jimin tremeram involuntariamente. Ele parou do outro lado do carro, um sedã Audi branco.

– Acho que você é o homem que estou esperando conhecer.

Sua voz era profunda, suave e sensual, fazendo Jimin concordar com a cabeça em resposta. Os lábios de Jungkook se curvaram diante do silêncio persistente.

– Park Jimin? O escritor de romances eróticos?

– Sim...

Por que ele não conseguia formular uma frase coerente?

– Sou Jeon. Podemos seguir?

– Claro, sim.

Jimin fechou a porta do carro e ativou o travamento automático, tentando ignorar o calor que se espalhava por sua pele. Subitamente, seu casaco parecia mais pesado, como se estivesse carregado com toda a eletricidade que pulsava entre eles.

A brisa outonal carregava consigo um peso incomum, quase sufocante, enquanto Park Jimin seguia ao lado do homem que o acompanhava em direção à majestosa entrada do museu, onde dois leões de pedra guardavam a passagem. Sempre se encantava com a arquitetura do prédio e as exposições ali contidas. Quando Jeon Jungkook sugeriu que parassem para tomar algo no café, Jimin foi pego de surpresa. Amante da arte, especialmente da oriental, ele frequentava aquele local com frequência.

Subiram os degraus de pedra, e Jungkook gentilmente colocou a mão em suas costas, enviando um arrepio por sua espinha. Jimin olhou para ele, encontrando um sorriso nos lábios do homem. Um silêncio confortável os envolveu enquanto caminhavam pelo saguão, o som de seus passos reverberando no chão de mármore antes de subirem a pequena escada que os levaria ao Tate Café, no pátio central.