Na manhã seguinte se fazia um sol ensolarado com muita intensidade, porém, a chuva forte de ontem a noite havia feito um estrago nas fazendas da região, tanto que moradores do local estavam trabalhando para reconstruir as cercas que foram derrubadas com o forte vento da chuva.
A pequena Thronicke estava tomando seu café da manhã junto com os seus pais, que estavam comendo apressadamente já que tinham muito trabalho a se fazer.
— Nunca vi uma chuva tão forte e longa como esse em meus tantos anos de vida. — Comentou o senhor Thronicke, tomando seu café.
— Foi uma das piores tempestades desse mês. — Pronunciou a senhora Thronicke. — Mas por um outro lado, pelo menos as plantações vão ter vidas graças à chuva.
Eraldo concordou com sua esposa Miranda, e logo depois voltou a terminar seu café, mas parou ao olhar para sua filha.
Ela estava muito quieta naquela manhã, e pela cara de abatida, demonstrava que a mesma não havia dormido bem na noite de ontem.
— Tudo bem, filha? O que houve? — Indagou Eraldo para Soraya, ele parecia bastante preocupado com a mesma. — Tem algo a ver com a Simone? — Perguntou e logo de imediato, Miranda, Arthur e Joana olharam para Soraya.
— Eu não sei se estou pronta para falar com ela hoje. — A loira finalmente pronunciou, e sua voz saiu baixa.
— O que aconteceu com vocês duas? Vocês brigaram? — Arthur perguntou curioso, não tirando os olhos de Soraya.
— Sim! — Soraya respondeu olhando para o seu prato com bolo de cenoura dentro. — Eu pedi um tempo pra ela, mas agora estou arrependida. — Concluiu com desânimo.
— E você vai falar com ela hoje, pequena? — Joana perguntou, olhando para Soraya.
— É o que eu pretendo fazer. — Respondeu olhando finalmente para aquelas três pessoas. — Quero conversar com ela de novo e dessa vez sem nenhuma discussão.
— Espero que dê tudo certo com vocês! — Comentou Joana e Soraya olhou para ela. — Gosto muito da Simone, ela é uma boa mulher.
Soraya sorriu de modo fraco, dona Joana gostava muito de Simone, ela sempre ia para a casa de Soraya e ajudava a Joana nas refeições, mesmo Joana sempre negando sua ajuda.
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Assim que Thronicke chegou na casa de Simone, começou a bater na porta sem nenhuma tranquilidade, já que ela sabia muito bem que ninguém dentro daquela casa estava dormindo.
Quando ela terminou de bater no limiar, juntou as suas mãos passando uma em cima da outra, estava muito nervosa.
Queria ter um diálogo com Simone decente desta vez, só não sabia o que a morena iria corresponder a isso, pensava mentalmente que Simone poderia não ter uma conversa suave sem brigas.
