Bônus - 18, Laços

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HYE JI CAMINHAVA PELOS corredores da escola, seus passos calmos contrastando com a agitação ao seu redor. Era mais um dia comum, cheio de risadas e conversas entre os alunos. Ao entrar na biblioteca, dirigiu-se a uma das mesas próximas à janela, onde a luz do sol iluminava suavemente o espaço. Ela deslizou o dedo sobre a lombada de um livro que havia trazido para ler, sentindo a textura do papel sob sua pele, um gesto que sempre a acalmava.

Sentada ali, mergulhou na leitura de um romance enquanto, em seus fones, tocava "Baepsae" do BTS. A melodia vibrava em seus ouvidos, criando um casulo de isolamento em meio ao tumulto estudantil. Completamente imersa na história, ela não percebeu o par de olhos que a observava de longe. Nam Ra, escondida atrás das estantes, também com um livro em mãos e fones nos ouvidos, acompanhava discretamente cada movimento de Hye Ji, seus olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e algo mais profundo.

Enquanto Hye Ji estava absorta na leitura, Gyeong Su se aproximou sorrateiramente. Com um toque leve nas costas dela, colou um pequeno papel com a mensagem "me beije", escrito em letras desajeitadas.

— É 'pra já — Gyeong Su disse, inclinando-se e depositando um beijo rápido em sua bochecha.

E antes que ela pudesse processar o que estava acontecendo, ele já corria pelo corredor, rindo.

Hye Ji ficou parada por um momento, o papel ainda grudado em sua blusa. Sentiu um calor subir ao rosto, misto de surpresa e indignação.

— O que pensa que está fazendo?! — ela gritou, se levantando e começando a correr atrás de Gyeong Su.

No entanto, a Lee logo parou, na entrada da biblioteca, com uma mão no joelho e outra na barriga. As cólicas a atingiam com força, e ela respirou fundo, tentando ignorar a dor que a imobilizava. Nam Ra observando com preocupação, pensava no que poderia fazer para ajudar, ao perceber qual era o problema.

— Ele me paga — murmurou Hye Ji para si mesma, determinada a se vingar.

Hye Ji caminhou para a sala de aula dos amigos em passos lentos, sem pressa, era o que lhe permitia a sua situação. Quando finalmente chegou à sala de aula, seus amigos estavam reunidos em uma roda, as risadas enchendo o ambiente.

— Gyeong Su, seu moleque, não está sendo ousado demais? — comentou Hye Ji, cruzando os braços de forma desafiadora.

Gyeong Su piscou para ela, claramente se divertindo com a situação, mas antes que pudesse dizer algo, Joon Yeong apontou para as costas de Hye Ji, chamando sua atenção.

— O que é isso nas suas costas? — questionou ele, tentando conter o riso enquanto Gyeong Su fazia gestos desesperados para que ele se calasse.

— O quê? — Hye Ji franziu a testa, sem entender.

Cheong San e Wu Jin mal conseguiam conter o riso, trocando olhares cúmplices entre si.

— Ah, nada demais — respondeu Joon Yeong com um sorriso travesso, antes de se aproximar e beijar rapidamente a bochecha de Hye Ji.

— Ei, Oh Joon Yeong! — exclamou ela, os olhos levemente arregalados diante da surpresa.

Ele ajeitou seus óculos com um gesto suave, enquanto os outros riam da reação de Hye Ji.

— Ei, só eu posso beijá-la! — protestou Gyeong Su, cruzando os braços, seu tom meio brincalhão, meio possessivo.

— Só você nada — provocou Wu Jin, aproximando-se para depositar um beijo na testa de Hye Ji.

— Ei! — interveio Su Hyeok, entrando na sala e empurrando levemente o Jang, claramente incomodado. — O que você pensa que está fazendo?

— Ela quem está pedindo — brincou Cheong San, apontando para as costas de Hye Ji. Su Hyeok revirou os olhos, entendendo a brincadeira. — acho que agora é a minha vez.

— Perdeu a noção do perigo? — questionou Su Hyeok, sua expressão aborrecida contrastando com a diversão estampada nos rostos dos amigos.

— O que está acontecendo? — Hye Ji perguntou, confusa com os sorrisos e risadas ao seu redor. Seu olhar percorria os rostos dos amigos, tentando entender o que motivava tanta diversão.

Su Hyeok pegou o papel das costas de Hye Ji e o mostrou para ela, esclarecendo sua confusão.

— Han Gyeong Su, você vai se arrepender! — ameaçou Hye Ji, um sorriso travesso brincando em seus lábios enquanto ela começava a correr atrás do amigo pela sala. — Vem aqui!

— Sai fora! — respondeu ele, usando os amigos como escudo enquanto tentava escapar das investidas de Hye Ji. Sua risada ecoava pela sala, uma mistura de diversão e ligeiro pânico.

Enquanto os dois corriam pela sala, desviando das mesas e cadeiras, Gyeong Su e Hye Ji esbarraram levemente em Dae Su, que estava observando a cena com um sorriso divertido.

— Esses dois são insuportáveis — comentou Dae Su, brincalhão, enquanto assistia à perseguição. Ele cruzou os braços, balançando a cabeça em descrença.

Ela pegou um livro de uma das mesas e o lançou, mas Gyeong Su desviou habilmente, rindo.

— Isso é tudo que você tem? — ele provocou, ainda correndo.

— Fique parado e descubra! — ela rebateu, sua voz carregada de frustração e diversão.

A Lee acelerou o passo, suas cólicas momentaneamente esquecidas na adrenalina da caçada.

Quando Hye Ji voltou para sua sala de aula, ainda rindo da brincadeira com os amigos, notou algo diferente ao chegar perto de sua carteira. Em cima da mesa, havia um bilhete, ao lado de uma pequena bolsa térmica para alívio de cólicas e alguns comprimidos para dor, além de uma caixinha de leite de morango. Surpresa, ela olhou ao redor, tentando identificar quem poderia ter deixado aquilo alí. Seu primeiro pensamento foi Su Hyeok, mas algo dentro dela dizia que não era ele.

— Su Hyeok, está tão atencioso assim? — murmurou para si mesma, enquanto pegava o bilhete.

Use isso e descanse,
peguei na enfermaria.
Se alimente, e evite correr
quando estiver com dor”

Ao ler as palavras delicadas, Hye Ji sentiu uma pontada de surpresa. A caligrafia não combinava com a usual de Su Hyeok; era mais delicada, feminina. O bilhete parecia carregar uma preocupação genuína que ela não esperava. Olhou ao redor novamente, seus olhos percorrendo cada rosto familiar na sala, mas ninguém parecia estar prestando atenção nela.

Hye Ji abriu a caixinha de leite de morango, levando o canudo aos lábios com um sorriso tímido. O sabor doce e reconfortante trouxe uma onda de nostalgia, lembrando-a de sua infância, fazia tempo que não experimentava. Sentiu-se momentaneamente protegida, como se alguém estivesse cuidando dela de uma maneira que ela não esperava.

 Sentiu-se momentaneamente protegida, como se alguém estivesse cuidando dela de uma maneira que ela não esperava

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Carnage // All of us are dead Onde histórias criam vida. Descubra agora