O Cordeiro || 06 ||

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Ao olhar para trás não vejo mais ele apenas o vento forte passando por meu corpo jogando o meu cabelo, toco meu pescoço onde tinha ficado a marca de seus dentes, porque aquele toque, aquela voz, tudo que ele fazia me afetada tanto? Eu não posso deixar isso acontecer, não posso deixar meus sentimentos vencerem mais uma vez.

Não posso mostrar fraqueza para ele, isso é apenas um jogo para ele e continuará sendo porque ele não me terá nunca, ninguém vai ter o poder de me controlar novamente.

Saio daquele labirinto tirando minha máscara do rosto jogando fora e arrumando o meu vestido ao sair já de frente para o porta esbarro em alguém e quando me levanto meu rosto para olhar quem tinha esbarrado em mim levo um leve susto ao ver Heidi ali com um sorriso iluminando todo seu rosto seus cabelos pretos por cima da testa com aquele terno e perfume nos rodeando, ele tinha seu charme.

— Olá Heidi sempre gosta de me encontrar assim aparecendo do nada? — Sorrio de lado e ele me olha com um sorriso encantador e passando seus dedos por seus fios de cabelo deslizando para trás.

— Talvez assim coloque um pouco mais dama, e o que faz aqui ? — Ele diz colocando suas mãos no bolso do terno .

— Ah eu vim ver a festa mais de perto 3 você?

— Eu moro aqui e meu irmão sempre gosta de festas enormes — Ele sorrir revirando os olhos .

— Calma você disse que mora aqui então....

— É isso mesmo que está pensando eu sou irmão do famoso Albert Dawson.

Então eles são irmãos as vezes me acho sortuda demais, bom Heidi é a peça perfeita no meu jogo para acabar com o Dawson e vou amar ver sua cara quando perder.
— O que acha de irmos tomar um drink e talvez eu te conte meu nome ? — Falo com um sorriso meia boca .

— Com um convite desse vindo de você é até impossível dizer não.

— Melhor ainda — Ele segura minha mão gentilmente e voltamos para a casa, ao entrar óbvio atraímos muitos olhares e principalmente dele, ele apertava sua taça tão forte que imaginei que qualquer hora iria quebrar em pedaços, sua mandíbula travava e seu olhar de simpático pulou em segundo para furioso e admito que amei ver isso.

— parece que estamos chamando atenção.

— Normal coisas assim em cidades pequenas qualquer coisa lhe impressionam — Lhe olho de lado e vejo seu sorriso juntamente com uma risada rouca.

Tocou uma música onde todos foram para o centro do salão dançar e fiquei observando ali do alto da escada.

— Aceita dançar comigo e assim dirá sei nome — Ele me estende sua mão e leva até aos lábios beijando suavemente .

— Claro que eu aceito .

Andemos até ao meio do salão sua mão pesada envolve minha cintura colando nossos corpos e entrelaçados nos dedos, e olhei ele no fundo de seus olhos escuros.

— Meu nome é Adele mais pode continuar como mulher misteriosa se quiser — Sorrir dando de ombros e ele riu .

— Um nome lindo significa algo ? .

— Na verdade eu não sei talvez um dia eu descubra e te conte

— Iria adorar ouvir a história por trás do nome da mulher elegante da praça.

— Elegante? Essa é nova — rir realmente pensando como alguém como eu seria elegante? Talvez a garota que escolhi ser durante essa minha vida .

— Sim eu acho e muitas outras coisas

— Tipo o que ? — Antes que ele respondesse alguém nos interrompe aparecendo ao nosso lado e ao ver reviro os olhos.

— Licença maninho mais estou louco para dançar com essa senhorita.

— Toda sua — rapidamente sua mão desliza pelas costas da minha e sua outra mão desliza por minha cintura me causando uma eletricidade pelo o corpo tão profunda e um arrepio da planta do pé até o topo da cabeça.

Ele me puxa colando nossos corpos aproximando seu rosto do meu ouvido e seu cheiro me envolvia me deixando desnorteada.

— Que baixo da sua parte usar meu irmão pata me atingir.

— Que pelo visto eu consegui — sua respiração ficou pesada e afastou seu rosto do meu ouvido e nosso olhares se encontraram .

— Adele né? Um nome bonito pois significa nobreza, forte, e fogo.

— Ouvir a conversa dos outros é falta de educação sabia?

— Sabia que de todos esses significados o que mais me lembra você é o fogo ?

— Aé? Porque ? — Me faço de desinteressada .

— Porque é algo perigoso, algo lindo de longe mais se você tocar irá acabar se machucando ou morrendo, é algo de se admirar apenas de longe .

— Tao poético — Falo com um certo deboche olhando para o lado e ele aproxima seu rosto do meu e Derrepente tudo ao meu redor some, música, convidados, tudo evapora apenas existindo eu e ele.

Seus olhos estão focados nos meus lábios e sua respiração estava pesada e irregular, seu peito subia e descia, eu me sentia do mesmo jeito mais não demonstrava sempre mantinha o controle.

— Eu quero me queimar Bruxinha — ele diz isso em sussurros contra meus lábios podia sentir o gostos deles e tão portos do s meus, tão necessitados, tão perfeitos e tentadores aos meus olhos.

Aquele olhar me encarando como uma presa pega na própria armadilha e sendo encurralada pelo Caçador que sempre ficava a espreita esperando sua guarda abaixar .

Então sorriso maliciosa e arrasto a língua por cima de seus lábios.

— Quando isso acontecer, estará pedindo por misericórdia Dawson — sussurro no seu ouvido o deixando sozinho naquele salão e indo procurar por Heidi.

Saio passando pelas pessoas e todos me olhavam e cochicavam nos ouvidos mais eles são pequenos perto de coisas que realmente são importantes para mim, chegando na varanda vejo ele com suas mãos dentro do bolso olhando para o céu com um olhar pensativo.

— Você me usou? — Ele diz mais sem olhar para mim e sério que lidar com homem emocionado agora? .

— se está falando do seu irmão não tenho culpa se ele quis dançar comigo .

— Eu vi ele cochichando no seu ouvido .

— E ? Sério Heidi não estou te entendo Precisa ser mais claro. — Ele vem até na minha direção com o olhar sério apertando o punho.

— Eu te achei interessante e queria te conhecer melhor e fiquei encantado com você Adele, porra você mexeu comigo e eu não....

Antes que ele continuasse sua delação eu estalo o dedo o fazendo desmaiar caindo no chão .

— bem melhor assim — coloco meus braços por debaixo das suas axilas e o puxo deitando encostado na coluna e saio pelas portas do fundo e saindo daquela festa que me deu mais problemas do que meu dia todo.

Tiro meus saltos e os levo na mão e vou andando pela calçada de volta para casa, não aguento mais essa noite.

— Boa noite anjinho .

Aquela voz, a mesma voz de anos atrás era impossível não reconhecer, todas as lembranças vieram como uma grande tempestades na minha cabeça, e me viro olhando e lá estava ele, com um semblante mais velho e seu cabelo grande na altura dos ombros, com um barba mal ele estava horrível, mais aquele olhar ainda era o mesmo.

— Marcus, quanto tempo

— Sim tanto tempo faz que matou meus amigos e agora anda por aí como se nada tivesse acontecido.

— Ah desculpa por não ter ido hoje no cemitério deixar rosas no túmulo deles e é se tem me diz foi fácil juntar as cinzas deles? — Soltei uma risada e ele correu na minha direção mais fechei a mão o vendo colocar as próprias mãos sobre o pescoço apertando ele, onde podia ver seu rosto vermelho procurando por alívio ou por fôlego.

— Veio atrás de mim para se juntar com eles? — Sorrir caminhando em sua direção mais logo ele solta uma risada alta e bem bizarra tirando as mãos do pescoço e fazendo o mesmo gesto que tinha feito.

Minhas mãos automaticamente voam no meu pescoço apertando minha garganta impedindo que meu ar saísse ou que tivesse algum alívio era algo sufocando me fazendo cair de joelhos no chão.

— Acha mesmo que é a única poderosa aqui Adele? Tão ingênua mesmo depois de tanto tempo continua a mesma garota ingênua  de antes — ele me olha com um sorriso psicopata o mesmo que vi naquela noite o mesmo que via todas as noites nos meus pesadelos.

— Agora vamos se divertir Adele .



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E até o próximo capítulo

O Mundo Sombrio de AdeleOnde histórias criam vida. Descubra agora