O Cordeiro || 07 ||

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Ao abrir os olhos eu estava naquele cenário novamente, estava eu ali naquele chalé sujo e fedendo a fumaça, as madeiras que antes eram fortes e vividas agora estavam cobertas por uma cozinha cinza e preta, seu telhado continuava intacto maus seu estado precisava urgentemente de uma reforma.

Me sento e olho para os meus braços que estavam ao redor de uma corrente e meus pulsos cobertos por braceletes de metal dos mesmo que o Dawson havia colocado.

Olho por todos os lados e não via ninguém parecia está sozinha, apenas eu e o silêncio das almas que morreram aqui que até hoje não me arrependo de ter vê-las queimar.

— Olha só nosso cordeirinho acordou o que achou da casa? Eu arrumei ela justamente para você  — Marcus diz enquanto assoprava aquela fumaça na minha direção me fazendo tossir com aquela coisa na minha cara .

— Espero estar do seu agrado.

— Me trouxe aqui esperando algum remoço? Que patético Marcus — Sorrir fraco encostando minhas costas na parede olhando para ele que apertava o cigarro entre seus dedos e voltava colocar entre seus lábios.

— Olha eu acho isso bem legal da sua parte, sequestrar a mulher que matou seus amigos mais porque agora? Que eu me lembre bem você fugiu, porque não salvou seus amigos já que eram tão unidos ? — Ele fica calado como o de se esperar e respiro fundo olhando para o teto achando aquilo uma grande perca de tempo.

— Você agora se acha a invencível não é? A fodona que ninguém consegue vencer não é? Mais você esqueceu que quem criou isso fomos nós, então se nós criamos sabemos muito bem como dar um fim nisso.

— Sabem? Então está esperando o que? .

Ele se levanta e se agacha bem de frente para mim com aquele olhar de quem realmente tinha ganhado ou conquistado sua vingança mais eu não vou desistir eu me recuso a desistir de uma luta sem ao menos tentar até minha última gota de sangue.

Assim que ele chega seu rosto mais perto do meu sua mão gelada tocar minha pele deslizando por minha bochecha e sem pensar duas vezes enrolei as correntes no seu pescoço e apertei enquanto ele se debatia no chão tentando tirar aquela correntes do seu pescoço.

— Achou que seria tão fácil assim querido ? — Sorrir apertando ainda mais, então ele em um ataque surpreso puxa as correntes levando meus braços juntos meu corpo sendo praticamente jogado por cima do seu corpo sentindo a corrente está no máximo puxando quase rasgando meus braços.

Grito de dor, uma dor enorme como estivesse contando meus braços e não sentindo força alguma para impedir isso.

— Tá gostando? Isso é só o começo — Marcus diz com seu hálito quente sobre meu ouvido .

Ele puxa as correntes pelo corredor me levando arrastada pela madeira cheia de cinzas com pedaços de madeira e farpas penetrando sobre minha pele, fecho os olhos mordendo os lábios para não deixar o grito de dor sair queimando por minha garganta, sinto o ardor sobre minhas pernas e olho minhas pernas sangravam.

Passo pelos quartos coberto por uma enorme estrago de fogo deixando a casa bem mais bizarra que antes.

— Tenha ótimos sonhos cordeirinho .

Ele me joga no quarto, minhas costas são batidas contra as paredes e gemi baixo de dor, a porta foi trancada e a escuridão tomou conta do quarto, olho para minhas pernas estavam vermelhas do sangue que as farpas causaram, respiro fundo e começo tirar uma por uma enquanto chorava, mais meu choro não era pelo sangue dos ferimentos mais do sangue dentro de mim, onde tive que passar por um.ritual sem saber o porquê justamente eu.

Fechei os olhos e aa lágrimas escorriam livremente por meu rosto, enquanto minha cabeça doía,meu peito apertava agoniado e minha respiração ofegante, eu tinha tantas coisas para realizar, tantos sonhos para fazer mais acabei jogando isso fora no momento que vim para esse maldita chalé.

Um quarto pequeno e estreito sem janelas, apenas uma porta de aço, caminhei pelo quarto as correntes rastejam pelo chão, as lágrimas continuavam caindo mais meu semblante continuava o mesmo, as garras deles ainda me deixavam sem ar, mesmo mortos eles ainda me atormentavam, em sonhos, vozes, e até mesmo via eles.

— Você não pode escapar agora

— Está presa agora.

— Continua a garota medrosa de sempre .

— CALEM A PORRA DA BOCA — Caio no chão de joelho com as mãos sobre meu ouvido, eu não aguentava nada disso, o que adiante ter esse poder sobre minhas mãos mais não conseguir ter a paz?.

Paro de chorar levantando o rosto e olhando para a parede, algo dentro de mim se agitava e fervia como um vulcão perto de explodir.

— Hora de brincar.

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                    𝐎 𝐂𝐚𝐜̧𝐚𝐝𝐨𝐫

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Andava sobre as ruas com minhas mãos por dentro do bolso da calça e o vento gelado batia sobre meu rosto e toda vez que fechava meus olhos via o rosto dela, aqueles olhos como cristal, aqueles lábios e aquela língua tão travessa, ela era o fogo que eu admirava de longe mais não tinha medo de me aproximar porque quanto mais tocava mais me viciava e ficava curioso em.sentir o fogo dela me queimar como seria a sensação? Como seria sentir ela tão perto.

Só de pensar nela meu pau apertava na calça, ela estava me enlouquecendo, estava me deixava maluco me fazendo fazer coisas sem pensar, toda vez que lhe via queria lhe tocar, sentir seu cheiro.

Mais ela tudo tão difícil e tão cheio de adrenalina, entro no bar já me deparando com o barulho de risadas se misturando com a música e garotas se jogando para os homens como qualquer coisa.

— O de sempre por favor — Digo ao me sentar perto do balcão observando o ambiente ao meu redor, volto meu olhar para o barmen que me entregava um copo de whisky, tomo um gole.

— Finalmente conseguimos cara tô te falando  — Um homem de cabelos longos e uma roupa um pouco velha senta ao meu lado falando no telefone, apenas ignorei o mesmo voltando minha atenção para a bebida.

— Tô falando sério eu peguei ela, ela agora não tem como fugir, amanhã pode nos visitar e ver com seus propósito olhos.

Reviro os olhos ao ter que ouvir um homem se bajulando por ter levado uma mulher para a cama, pelo seu estado realmente é de comemorar que ficaria com isso? .

— Fechado as 19h então ? — porque eu ainda tô aqui ouvindo essa porra? Eu só posso não ter coisa melhor pra fazer, tomo a minha bebida de uma vez deixando uma corteja para o barmen e saio daquele furacão de bar que agora está um caos.

Ao andar pelo corredor vejo uma mulher vindo com sacolas e muitas sacolas, e pensando bem porque não? Sigo meu caminho normalmente e esbarro na mulher de propósito.

— Desculpe moço eu realmente não lhe vi — Me agachei ajudando ela ajuntar suas coisas e lhe entregando com um sorriso gentil .

— Tudo bem moça acidentes acontecem, esta sozinha?  — A garota estava com seus cabelos em forma de coque e um tiara de flor sobre a cabeça, uma saia até o joelho e uma blusa branca por dentro .

— Sim eu estou indo para casa .

— É meio perigoso não acha?

— Qualquer coisa eu enfio um lápis no olho do cara e saio correndo ou um ch8te no saco resolva — Ela sorrir tímida enquanto eu lhe encarava com um sorriso de lado meio intimidador .

— Você é boa, tenho certeza que ninguém vai nem chegar perto — Soltei uma risada divertida .

— Agora tenho que ir e me desculpa de novo  — Assenti e a mesma se afastou seguindo o beco escuro e vazio.

Sorrio com aquela fome batendo por dentro do peito corroendo tudo por dentro de mim, uso minha velocidade chegando perto da garota que toma um susto gritando bem no pé do meu ouvido 3 coloco ela contra a parede olhando nos olhos dela.

— Você não vai gritar, nem pedir por socorro vai ficar paradinha como uma boa menina ok? — Digo olhando ela lhe hipnotizando e a mesma concorda e deito sua cabeça um pouco para o lado e devoro seu pescoço como uma fera com uma fome tenebrosa e não era mentira.

Essa fome aumentava, aquele cheiro, aquele sangue doce era uma droga, uma droga maravilhosa, as lágrimas desciam no rosto da mulher mais nenhuma expressa era amostra, me alimentei até sua cabeça sair do lugar o que me fez parar.

Deixei o corpo cair no chão e a cabeça para o outro e passei a mão por minha boca e sorrir com minhas pressa ainda mostrando a fera que existia enjaulada em mim.

— Deveria ter usado o lápis — Digo olhando para o corpo no chão e saio de lá voltando meu caminho para casa assobiando .





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E até o próximo capítulo

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