tão quente quanto você

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era de madrugada, yeonjun estava totalmente largado na cama. posteriormente dormindo, quando foi acordado com o toque irritante do celular. infelizmente tinha esquecido de silenciar, ele repreende a si mesmo.

— boa noite, quem fala? — suspira em uma falsa simpatia. — oi? onde vocês estão?

— no supermercado walmart. — responde.

— eu estou indo para aí, só não deixa ele sozinho, por favor. — suplica spreocupado, levantado da cama imediatamente. quase indo de contato ao chão.

o moreno veste suas roupas, que antes estavam jogadas na cama e calça o primeiro sapato que vê pela frente. esquecendo até a porta do apartamento entreaberta. poxa, não imaginava que o mais novo poderia ser tão incoerente assim. e ainda colocar o seu número como contato de emergência.

— é ele mesmo? — "uau, ele definitivamente um bom partido", yeonjun pensa analisando o garoto de cima abaixo.

— é ele mesmo. — o mais velho responde se agachando na altura do garoto literalmente deitado no chão, segurando seu queixo enquanto analisava o rosto do mesmo, era irônico o fato dele estar dormindo igualmente a um bebê. — você é um idiota, soobin.

o choi levanta irritado, pensando em como o levaria para casa. observando o local, encontra um carrinho, não muito confortável. mas o mais viável.

— você me ajuda a colocá-lo no carrinho? é que você parece mais forte... — tenta se explicar, mas se calando quando o desconhecido o corta, dizendo que estava tudo bem. — obrigado.

— por nada, meu bem. — morde os lábios. — agora eu tenho que voltar para casa. quem sabe a gente se encontra por aí! — o garoto saí correndo quando escuta uma mulher um tanto mais velha o chamando de longe, yeonjun não pensou tanto, mas repetiu baixinho o nome que a moça gritava. — beomgyu.

quem diria soobin, depois de tantas vezes encher seu carrinho compulsivamente, um dia estaria dentro dele. mas dessa vez não como uma compra, estaria mais como um entulho no final da obra.

— acho que dessa vez você passou dos limites... choi soobin. — o moreno reclama arrastando soobin até em casa. — o que você tinha na cabeça para beber à esse ponto? e ficar jogado no meio da rua. imagina se aquele garoto não tivesse pego seu celular?

— eu tinha alguém... — murmura abrindo os olhos ao poucos, grunindo pelo desconforto do carrinho.

— soobin, você nunca teve ninguém. — revira os olhos já irritado, até bêbado ele poderia mentir?

— realmente ele não era nada meu. — resmunga. — mas eu nem te conheço, por que eu diria algo para você?

— ah, certo. você não me conhece? — pergunta irônico. — então eu não preciso de ajudar, né?

mas é fracassadamente ignorado, para sua tamanha infelicidade. soobin resolve dormir novamente. algo que lhe irritou mais para frente. foi difícil para adentrar no condomínio, entrar no elevador e depois enfia-lo dentro do apartamento.

ele fedia, o menor tinha certeza dessa informação. já que o ruivo custava colaborar, o jeito foi joga-lo debaixo da água fria. sem dúvidas aquilo acordou na hora, mas de modo que saísse das rédeas de yeonjun, quando ele também estava debaixo d'água. todo ensopado.

soobin segurava sua cintura para que não caísse no chão também, o que não durou muito, já que ainda estava fraco. o menor levantou com dificuldade, por causa do aperto, trocando imediatamente o chuveiro para a água quente. estava muito frio, tinha caído na sua própria armadilha. pelo menos o mais novo havia acordado. e como não iria?

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