RAINBOW | WOOSAN

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Wooyoung meio que não acreditava que estava ajudando Jongho a arrumar as suas malas. Estavam na companhia de Hei, que estava organizando os brinquedos que iria levar — após chorar por uma hora quando Yunho disse que ela não poderia levar todos —, mas então eles saíram e chegou Yeosang, que dobrava algumas peças de roupa enquanto Wooyoung reclamava que ele estava se esforçando muito para um grávido de oito meses.

Seis meses haviam se passado desde que decisões determinantes foram tomadas. Tudo aconteceu estranhamente conforme o planejado.

Era definitivamente possível não se lembrar que a destruição que foi deixada para trás foi culpa de uma tempestade de grande escala.

Uma semana após Mingi contar a Hongjoong sobre o casamento, ele se casou. Foi estupidamente doloroso para San permitir que seu irmão recém-descoberto fosse roubado daquela forma, e colocado em um antro de pessoas cruéis e que não se importavam umas com as outras genuinamente, só com dinheiro.

Ele insistiu em tentar impedir, até mesmo interceptou o carro que Mingi estava, a caminho da cerimônia, e os dois gritaram um com o outro e, no fim, Mingi chorou e disse que ninguém o impediria de ajudar e salvar os outros. Independente do quão triste ele estivesse, faria isso. San e ele jamais se falaram. San voltou pra casa e disse a Wooyoung que sentia que, talvez, ele nunca devesse ter aparecido na vida deles.

Com isso, Mingi cumpriu com o prometido e conseguiu com o apoio da família de sua noiva que Jongho e sua família se retirassem do país em segurança e tivessem por onde começar, mesmo sozinhos. Então, eles pensaram que a Austrália era o lugar ideal. As raízes de San eram na Austrália, Wooyoung também e, de certo, seria mais fácil para visitá-los, assim como San reforçou que sua família deveria ser boa com eles caso precisassem de algo, ao menos, agora que Mingi fez o que queriam e o acordo familiar com a família de Chaewon estava finalmente concretizado. Mingi salvou a pele deles, era o mínimo que prezassem e fizessem tudo o que ele pedisse.

Não aconteceu aproximação alguma entre Mingi e o seu pai e irmã. Ele não gostava da ideia de ser um substituto ou de se sentir deslocado; ele também não conseguia se livrar do rancor que o consumia por dentro, o resquício do desejo de uma vingança que ele estava tentando transformar em algo que fosse justo. De todo modo, Mingi estava passando um tempo difícil e a única pessoa que falava frequentemente com ele além de Wooyoung, era Hongjoong.

Era difícil explicar o que se tornou o relacionamento deles.

— Quer dizer, Mingi-ah está terminando a faculdade e já tem um cargo garantido na empresa daquela família... Eu sinto como se tivessem roubado ele de mim — Wooyoung comentou, parando um pouco de se mexer e depois interpondo uma pausa para se alongar, não resistindo em olhar para Yeosang e apertar as bochechas de esquilo, sorrindo. — Você é tão fofo. Yeosangie, por favor, case comigo... você está tão bonito. Sinto falta dessa parte mágica da gravidez.

Timidamente, Yeosang abaixou a cabeça e deu uma risadinha, concordando em se casar com Wooyoung se fosse para receber elogios esporádicos dele todos os dias. E certamente, Yeosang era um gestante muito bonito. Ele ainda reclamava sobre o tamanho de sua barriga — ele não fez uma barriga muito grande mesmo para uma gravidez de gêmeos, mas ainda era perceptível que ele estava prestes a dar a luz a qualquer momento. Era alta e jeitosa, combinava com o seu porte físico magro e firme. Suas bochechas estavam volumosas, cabelos sedosos, coxas mais grossas e humor cada vez mais instável, mas nada que Seonghwa não estivesse disposto a lidar ao mesmo tempo que o paparicava e dava suporte e apoio moral.

— E ele ainda tem tempo para ter outra banda! — completou com exaltação. — Ele não largou a música e agora, ele é baixista de uma banda amadora chamada "Violet" ou algo assim. Mingi-ah está quase me sequestrando para um show. Me diz, como ele arruma tempo para tanta coisa?