Os melhores pais do mundo!

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Aos poucos a casa era deixada pelos amigos do Kim e apenas restava ele, Changbin, Sua mãe e Minho. Yongsun parecia ser amiga de longa data do Lee, eles conversavam animadamente sobre paternidade e sobre como era complicado ser pai durante a fase rebelde que os jovens estavam passando. Enquanto os dois mais novos negavam tudo e faziam birra.

Já afastados, Jisung, Felix e Jeongin voltavam para casa caminhando. O dia estava claro e refrescante, as folhas das árvores caíam com o vento gostoso, os cabelos se assanhavam e eles continuavam conversando sobre como juntar Changbin no grupo sem assusta-lo. Eles davam ideias de aproximação, o que iriam e como iriam fazer, estavam pensando em uma festa do pijama ou então que saíssem para um parque e fizessem um piquenique. Quando chegaram na casa do Yang, se despediram, então apenas Jisung e Felix continuavam caminhando. O que já era suficiente para deixar o Han nervoso, pobrezinho, estava tão apaixonado pelo Lee, que perdia até a noção de seus arredores quando estava com ele, o que fez o acinzentado quase bater em um poste, sua sorte foi que Felix lhe puxou antes.

– Jisung! Presta atenção, você quase quebra a cara naquele poste. – alertou.

– Desculpa, Lix. Eu tava distraído. – respondeu envergonhado. Que droga! Havia passado um vexame daqueles perto do amigo.

– Tá tudo bem? Você parece esquisito.

– Eu tô, só pensei em alguma coisa e me desatentei. – desconversou.

– É sobre aquela pessoa que você tá gostando? – Felix perguntou, tentando parecer levemente incomodado.

– Até você? Eu não gosto de ninguém, Felix. – negou bufando.

– Qual é, eu te conheço desde os cinco anos Han Jisung, eu sei quando você tá mentindo. – rebateu.

– E o que você tem haver com isso? Se eu tô gostando ou não, é problema meu.

– Tudo? É problema meu também, tenho que ver se é uma pessoa confiável que vai cuidar de você!

Jisung parou de andar e o encarou. As sardas que pareciam constelações preenchiam o rosto pequeno e bonito, os fios claros do cabelo lhe davam um ar tão angelical, nem parecia que estava olhando para um garoto qualquer. Mas ele não era um garoto qualquer, era Felix, Lee Yongbok, o garoto por quem Jisung passou anos gostando e fingiu que não.

Sua insegurança por ser assexual gritava e se Felix ficasse com vergonha de namorar consigo? Ou pior, se ele dissesse não justamente por querer ter algo que o Han não podia oferecer? Jisung não gostava nem de falar do assunto sexo, já o deixava desconfortável, e se isso fosse um problema para o loirinho?

– Jisung? – passou a mão na frente do rosto gordinho.

– Lix... Você acha que eu tenho chance?

– Eu sabia que você tava gostando de alguém. – respondeu, agora mais animado.  – Mas por que pergunta? Claro que teria, olha pra' você, Jisung.

O Han estranhou a primeira parte, e se surpreendeu com a segunda, o que ele queria dizer?

– Como assim, "olha pra' mim"? – repetiu.

– Você é uma das pessoa mais incríveis que eu conheço, cara. Lindo, carinhoso, compreensivo, sempre me dá os melhores conselhos, sempre me dá seu ombro pra' chorar, charmoso, inteligente, prestativo. Eu poderia passar o resto do dia aqui falando seus pontos postivos e o porquê de alguém facilmente se apaixonar por você.

– Tsc, para de mentir. Você é meu amigo, claro que diria algo do tipo. – continuou a caminhar, deixando Felix para trás.  Até que ouviu os passos apressados do garoto e ele o impediu de continuar.

Dias? Conturbados. Noites? Solitárias!Onde histórias criam vida. Descubra agora