> ⋇ ᴄᴀᴘÍᴛᴜʟᴏ 1

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Eu estava sentada à mesa tomando café com a família. Perfeita? Bem, talvez não. Todos nós temos sérios problemas familiares. No meu caso, é a desunião. Meu pai vive trabalhando e quase não passamos tempo juntos. Ele e a mamãe vivem discutindo. Já eu e meu irmão Victor Ellington, ele sempre me ajuda, mas me exclui de tudo. Me deixa esperando sempre. Ele só vive na porcaria de racha. Que idiota.

Eu vou todos os dias para a escola com meu irmão e o melhor amigo dele, que é o maior gato. Sou apaixonada por ele desde que me lembro. Ele é o homem dos sonhos.

Ouvindo leves buzinadas enquanto bebia suco de laranja, meu Deus, já era o Dylan. Espero estar bonita para ele hoje. Embora ele não me note facilmente, sou loucamente apaixonada por ele. Disfarço ao máximo, se não meu irmão corta minhas asas e me faz ir a pé.

O Dylan é estranho por um momento ele tem 19 anos e repetiu 0 3⁰ ano do ensino médio, que é o que me deixa assustada. Mas não me impede de gostar dele. Vai ver, ele só quer ficar junto com meu irmão o tempo todo, já que eles são inseparáveis.

Entrando na sala, já posso ver Jenna e Livia, minhas melhores amigas. Livia estava sentada em cima da mesa serrando suas unhas, enquanto Jenna lia e sua franja quase tampando seus lindos olhos azuis.

— Bom alunos, vamos começar a aula. Todos em seus lugares, por favor — diz a professora.

— Hoje o trabalho é em grupo. Formem os seus grupos e vamos começar — a mesma diz.

Quando a professora Mary disse isso, logo mirei meus olhos em minhas amigas. Nós sorrimos uma para outra. A aula da Mary era de fato um pouco chata, porém divertida em certas coisas.

Enquanto resolvíamos o trabalho juntas, alguém bate na porta. Entrando, era o Nate. Nate era do 3⁰ ano e ele tinha algo consigo que me fazia sentir medo. Uma vez ele tentou tirar minha roupa no banheiro feminino, porém fugi e nunca contei isso para meu irmão. Ele o mataria por isso.

Nate me seca com seus olhos, e Jenna percebe os olhos de Nate em cima de mim.

— Ai, Nate, perdeu alguma coisa na nossa mesa, cuzão? — Jenna diz, cruzando seus braços.

— Não, por que eu perderia? — Ele responde.

— Por que entrou aqui e foi metendo os olhos na nossa mesa? Achou interessante? — Jenna pergunta.

— Eu só vim buscar minha nota. — Ele diz, pegando a nota da mão da professora Mary e abrindo a porta da sala e saindo.

— Babaca do caralho. — Livia diz, revirando os olhos.

Após algumas aulas, o sinal toca. Era hora do almoço, como sempre almoçava com minhas amigas Livia e Jenna. Compramos alguns lanches, então fomos comer lá fora e escuto meu irmão gritando de longe.

— AI MANINHA, VEM PEGAR SUA MAÇÃ QUE A MAMÃE MANDOU! — Grita Victor.

Ai, que vergonha, esse idiota não pode ficar calado.

Minhas amigas riem da situação e eu me viro em direção ao grito dele, andando até onde eles estavam. Estava meu irmão e os amigos dele.

— Me dá. — Puxo a maçã da mão dele.

— Eca, que cheiro de maconha é esse? — Falo fazendo uma careta.

— Ah, sou eu que tô fumando. — Diz o Liam.

— Mas você não tinha parado? — Eu pergunto.

— Era só mentirinha. — Ele responde rindo.

Liam Walter era um dos amigos do meu irmão. Ele é um grande viciado, nunca deixava de fumar maconha. A polícia já pegou ele duas vezes e mesmo assim ele não aprende.

Chego em casa e jogo minha mochila em cima da cama e me deito em seguida, olhando para o teto e só vem Dylan na minha cabeça.

Bato em minha cabeça me levantando.

— Que droga, por que eu só penso nesse idiota? — Falo, coçando minha cabeça.

— Pensando em quem, chata? — Diz Victor na porta com uma carta na mão.

— Ai, que puto susto. — Toco em meu peito.

— Mandaram eu te entregar isso, acho bom não ser de namoradinho, senão mato ele. — Victor diz passando a mão em seu cabelo.

Reviro meus olhos antes de falar: — Ta, agora sai do meu quarto. — Falo.

Abrindo a tal carta, que na verdade era um convite. Era aniversário do primo da Livia e eu fui convidada. Deixo o convite em cima da cama e vou até o banheiro.

Coloco minhas mãos no balcão da pia do banheiro, me olhando no espelho, e de repente aqueles pensamentos voltaram.

As coisas que me fazem se comparar com outras garotas. Como eu sou tão magra, por que não sou igual as outras garotas? Eu me sinto tão feia, queria ser igual a elas, com o rosto bonito e pele perfeita. Eu sou tão comum.

Sempre sofro com comparações, é o que mais me destrói por dentro. Me encolho na parede do banheiro e começo a chorar, pois só seria feliz se fosse igual aquelas garotas que vejo no Instagram. Elas sim são perfeitas.

Talvez se fosse loira dos olhos azuis, talvez se eu não fosse tão errada, talvez se eu fosse um pouco mais feminina, talvez se eu fosse perfeita....

Oii, se você sofre com isso igual a nossa querida Victória Ellington, não se preocupe talvez isso seja só uma fase... por mais que demore passar sempre lembre que és linda!

Até o próximo capítulo

Fuja, Victoria Onde histórias criam vida. Descubra agora