Oiê, foi mal pelo pequeno sumiço, vou tentar não desaparecer assim novamente.
Boa leitura ❤️
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O fogo na grande lareira da sala crepita enquanto eu descanso preguiçosamente no sofá, com um livro de suspense nas mãos, esse recomendado pela Vassa, que se encontra deitada do outro lado da sala. Submersa pela intrigante leitura, perco a noção de tempo, porém ao olhar para a lua alta no céu, sei que já é tarde.Em breve devem nos comunicar para o jantar.
Me acomodo melhor entre as fofas almofadas de veludo, o desconforto que senti durante o dia causado pela intensa noite compartilhada com o Lucien já estinguida. Graças a Lucien que fizera o possível para ser carinhoso, para tornar o momento o menos doloroso possível para mim. Ainda assim, recordo-me de ter encolhido o corpo, e algumas lágrimas terem escapado de meus olhos pela dor inicial.
Vassa, já sabendo o acontecimento da noite passada, surtou junto comigo, depois me encheu de perguntas.
Mas não tivemos uma conversa aprofundada sobre como estou me sentindo, prometi que antes de dormimos conversaria com ela, sem ter chances que alguém nos ouça. Ela obviamente ficou com uma expressão de desagrado, impaciente do jeito que é, não queria esperar até lá, e não perdeu oportunidades de me fazer falar antes.
Concentro-me em meu livro, devorando a deliciosa e envolvente história de dois inimigos que se apaixonam. O homen prensa a inimiga na parede, a desafiando a falar que não sente nada por ele, desliza seus dedos suavemente pelo braço dela, enquanto observa sua respiração desregulada. pergunta a ela se não sente nada quando ele a toca, quando lhe beija. Como se para comprovar seu ponto desfere um beijo em sua clavícula, subindo e mordendo levemente o arco de sua orelha. Desce novamente dando uma beijo molhado em seu pescoço, o marcando. Ela solta um suspiro de prazer, já completamente entregue a ele. Ele sorri, achando graça com o quanto ela tenta o negar, negar os sentimentos que ela tem por ele, quando é óbvio o jeito que ele lhe deixa, basta com que ele a toque para que ela fique rendida, completamente ao seu domínio.
Sinto alguma coisa estranha no ar, diferente, um silêncio inquietante, não normal. Os animais que anteriormente faziam barulho lá fora pararam, olhando para a janela vejo que a leve brisa que balançava as folhas das árvores, agora completamente imoveis, também pararam. É como se a natureza congelase, esperando, como se não quisesse despertar a atenção de um predador maior.
Sinto antes de ver, a rainha percebendo minha inquietação, se levante, e me olha intrigada, perguntando através do olhar o que está acontecendo. A olho, torcendo para que ela entenda as palavras não ditas.
Tem alguma coisa errada.
Jurian que acaba de entrar, parece sentir também que alguma coisa estar errada, já que coloca lentamente a mão sobre a adaga presa na coxa.Escuridão entrou na sala através da janela aberta, fazendo as velas tremeluzirem com uma brisa beijada pela noite. A escuridão no canto da sala parece irradiar.
Meu coração dispara, medo de verdade, tão profundo e desesperado que não consigo explicar, toma conta de mim quando a escuridão parece tomar forma, revelando uma figura masculina sendo um pouco mais que uma sombra, que aparenta ter se esqueirado pelas fendas do mundo.
Em forma totalmente corpórea, prendo a respiração e por uns segundos meu coração falha ao observar nosso visitante, não tão misterioso.
Meu coração acelera, e dessa vez não é só de puro terror, mas, porque o homen parado no meio da sala com um sorriso gatuno estampado no rosto, é familiar demais para mim. Como se eu já o conhecesse e há uma voz em minha cabeça, nos meus ossos, que sussurra alta e clara, dizendo que não tem motivos para o temer, que ele não é um inimigo e que não irá me machucar.
Olhando para dentro de seus olhos azuis, tão profundos que parecem mais violetas, eu decido ignorar minha parte racional e confiar que ele realmente não vá me machucar.
Tudo a respeito dele irradia uma graça sensual e naturalidade. Grão-Feérico, com certeza. Os curtos cabelos pretos reluzem como as penas de um corvo, sua pele bronzeada, provavelmente de passar tanto tempo de baixo do sol, seus olhos brilham com interesse conforme me olha.
Por um momento, ninguém diz nada, todos imóveis, algo a respeito do modo como o macho fica de pé, completamente imóvel, a noite parecendo se aproximar mais dele, me fazendo querer correr na direção oposta.
Jurian é o primeiro a se pronunciar, desviando a atenção, do até então, estranho, que estava em mim, desde o momento em que chegou, para si mesmo.
- O que trás o Grão-senhor até a nossa humilde residência? Geralmente manda seus empregados. - Sorri como uma víbora em direção ao, agora conhecido, visitante. O homen que comanda todo o território da corte noturna, se a noite que irradia dele já não fosse o suficiente para indicar suas origens, suas vestes e aparência, seria, ele é a pura noite. Visitante esse que conhecendo a fama, acho que seja deverás imprudente, para não dizer uma tremenda estupidez, da parte de Jurian provocar.
Um meio sorriso surge, brincalhão, em seus lábios sensuais.
- Jurian, é sempre um desprazer ver você. - A voz do feérico sai como o ronronado de um amante, me fazendo estremecer. - Majestade. - O Grão-senhor curva levemente a cabeça numa mensura, a noite parece irradiar dele como uma capa quase invisível. Vassa devolve o comprimento. A atenção do macho volta para mim antes de dizer: - Você eu não conheço. - Ele dá um passo a frente, diminuindo a distância entre nós e eu congelo, perto demais, nossa diferença de altura se acentua mais ainda devido a curta distância um do outro, seus olhos violetas encarando os meus sem cessar, fazendo com que eu sinta que meus joelhos fossem ceder a qualquer momento. Meu cérebro simplesmente não consegue pensar com tamanha proximidade.
Ele se inclina, o bastante para que seu hálito refrescante colida com meu rosto.
Me obrigo a sair do transe em que estou, fechando os olhos fortemente, pois só cortando o contato visual com esses olhos violetas que eu seria capaz de raciocinar.
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Eeeee finalmente rolou a aparição do nosso amado, nem por todos, Grão-senhor.
Gente, desculpa pela demora, detesto quando as escritoras que leio fazem isso e eu fiz, mas agora, entendo um pouquinho mais elas, é muita coisa junta e fica difícil conciliar tudo, queria escrever mais capítulos e postar, por isso, também, demorei um pouquinho, mas acabou que eu não consegui, esse já estava pronto, acabei não conseguindo completar o outro e decidi postar logo.
Não vou sumir, como sumi dessa vez, porém, não sei quando postarei o outro. Portanto, comentem e votem, isso inventiva, e muito. Beijão e tenham uma boa semana.
Bjs💜💜💜
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Depois de você
De TodoDepois da perda de sua Grã-senhora, Rhysand perdeu a vontade de viver. Todos os dias são vazios, não há felicidade, ele não mais vive, apenas sobrevive. Tentou acabar com a dor, mas não é o que Feyre iria querer, ela estaria totalmente decepcionada...