> QUASE MÃE
- MURILO HUFF MENDONÇA
>> 21:20
Ainda estava agarrado a Marília
— amor?, não quer jantar?
— eu realmente perdi a fome...
— eu odeio te ver assim amor — disse acariciando o rostinho vermelho dela
— desculpa...
— sem se desculpar. Vou descer pra beber água tá? — ela afirma e eu saio do quarto
Acabo encontrando alane na cozinha
— Oi...
— não se aproxime Alane por favor, não quero brigar com a minha esposa, só vim tomar um copo de água
— eu posso te dar o que você quer, acha mesmo que a Marília te ama?
— eu tenho certeza disso! E eu não quero nada de você
— Eu posso te dar filhos Murilo, Marília antes de você já teve um neném — olhei pra ela sem entender — ela perdeu e por isso não quer ser mais mãe, ela engravidou na primeira transa e Sabe de quem? Do Bruno! Eles não te contaram isso não é?
— você está mentindo! Era óbvio que a Marília iria me contar isso
— talvez eu esteja mesmo... mas talvez não — ela disse e saiu da cozinha
Aquilo ficou na minha cabeça. Tomei minha água e também levei remédio pra Marília
— Desculpa por não te contar... desci atrás de você e escutei a alane te falando, uma coisa que eu confiei apenas nela pra contar
— É sério isso? — disse e travei minha mandíbula — ia dar um neném a ele?
— a gente nem se conhecia Murilo, umas duas semanas depois de eu ter perdido o bebê eu comecei a ficar com você, eu estava de dois meses, foi muito recente e por isso não te contei nada, e eu tenho medo de não poder dar a luz ao nosso bebê, e também percebi que seria uma mãe horrível, por que nem pra chorar com a perda daquele neném eu chorei — ela me olhou — eu me senti aliviada por ter perdido Murilo
— você oque? — disse incrédulo
— eu sou um monstro eu sei, mais eu nunca quis ser mãe, já estava na barriga e eu não podia fazer nada, mais eu perdi, eu me senti aliviada por não ter me tornado mãe realmente. E então eu e o Bruno decidimos que aquilo só ficaria entre a gente, eu contei a alane, confiei nela, pra ela te contar e te dizer que pode te dar um filho! Mais o que ela te disse é mentira, eu te amo sim
— Um filho com o Bruno... — disse e me sentei na cama
— Murilo por favor... não quero que a gente brigue por isso.
— você pretendia me contar Mendonça?
— não me chame assim... — olhei pra ela — não chora amor por favor — ela começou a chorar
— responde minha pergunta
— Não — ela me olha — por que sabia que ia ficar chateado comigo, você já odeia o Bruno e saber que quase dei um filho pra ele... — interrompo ela
— tá bom — me levantei — trouxe remédio pra dor de cabeça pra você
Deixei ali o remédio e ela pega no meu rosto e limpa minhas lágrimas que desciam
— Me desculpa, não quero que isso estrague a nossa viagem, a nossa vida
— não vai, fica tranquila — sorri e fui usar o banheiro
Um filho com o Bruno...
>> 21:40
Sai do banheiro e ela estava sentada com as costas encostadas na cabeceira da cama
— amor...
— Fala Marília
— nada deixa — ela abaixa a cabeça
— olha eu não estou bravo, estou chateado por não confiar em mim e não me contar sobre isso, eu sou seu marido a quase quatro anos poxa, eu deveria saber!
— eu sei, eu sei... mais me desculpa — ela falou ainda de cabeça baixa — eu queria evitar isso
— não estamos brigando amor, tá tudo bem tá? — abracei ela — meus sentimentos pela perda que teve
Ela chorou no meu peito até dormir. Eu não consegui dormir então eu desci e encontrei meu sogro e minha sogra na cozinha
— acordado as uma da madrugada filho, tudo bem?
— tudo sim, eu dormi de tardezinha então acho que perdi o sono — sorri melancólico
— você é a Marília estão bem? — meu sogro pergunta
— A gente teve uma crise Mário, mais foi um mês atrás, por isso pegamos essas férias, eu queria me distanciar de tudo, queria ter um momento só eu e ela sem preocupações sabe? E desde então o nosso casamento está mil maravilhas — sorri
— Vocês ainda vão formar a família de vocês, eu observei você e ela brincando com izabelli — sorri ao lembrar daquele momento
— É sogra, vou adotar um, a Marília não quer ser mãe e não posso força-lá
— mais se ela não quer ser mãe, claramente não quer responsabilidades, acha mesmo que ela vai aceitar uma criança estranha dentro da casa de vocês? — escutei voz de alane
— Alane! — Ruth e Mário a repreendeu
— Vou subir, se me dão licença — sorri e passei pela alane e entrei no quarto e Marília olhava pra janela — tá tudo bem?
— Sim — ela sai do transe — aonde estava?
— conversando com seus pais, mas alane chegou e eu subi — disse e me deitei na cama
— ah — ela voltou a olhar a janela
— tá tudo bem mesmo? — ela só balançou a cabeça — vem deitar — levanto a coberta pra ela que vem até mim e me abraça pela cintura e esconde o rosto no meu pescoço
Não trocamos nenhuma palavra e então dormimos
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Meta 40 ☆
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𝙏𝙚𝙢𝙥𝙚𝙨𝙩𝙖𝙙𝙚
FanfictionCasados a três anos, será que esta não está na hora de ter filhos? FINALIZADA_