SIXTEEN CHAPTER

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> QUASE MÃE

- MURILO HUFF MENDONÇA

>> 21:20

Ainda estava agarrado a Marília

— amor?, não quer jantar?

— eu realmente perdi a fome...

— eu odeio te ver assim amor — disse acariciando o rostinho vermelho dela

— desculpa...

— sem se desculpar. Vou descer pra beber água tá? — ela afirma e eu saio do quarto

Acabo encontrando alane na cozinha

— Oi...

— não se aproxime Alane por favor, não quero brigar com a minha esposa, só vim tomar um copo de água

— eu posso te dar o que você quer, acha mesmo que a Marília te ama?

— eu tenho certeza disso! E eu não quero nada de você

— Eu posso te dar filhos Murilo, Marília antes de você já teve um neném — olhei pra ela sem entender — ela perdeu e por isso não quer ser mais mãe, ela engravidou na primeira transa e Sabe de quem? Do Bruno! Eles não te contaram isso não é?

— você está mentindo! Era óbvio que a Marília iria me contar isso

— talvez eu esteja mesmo... mas talvez não — ela disse e saiu da cozinha

Aquilo ficou na minha cabeça. Tomei minha água e também levei remédio pra Marília

— Desculpa por não te contar... desci atrás de você e escutei a alane te falando, uma coisa que eu confiei apenas nela pra contar

— É sério isso? — disse e travei minha mandíbula — ia dar um neném a ele?

— a gente nem se conhecia Murilo, umas duas semanas depois de eu ter perdido o bebê eu comecei a ficar com você, eu estava de dois meses, foi muito recente e por isso não te contei nada, e eu tenho medo de não poder dar a luz ao nosso bebê, e também percebi que seria uma mãe horrível, por que nem pra chorar com a perda daquele neném eu chorei — ela me olhou — eu me senti aliviada por ter perdido Murilo

— você oque? — disse incrédulo

— eu sou um monstro eu sei, mais eu nunca quis ser mãe, já estava na barriga e eu não podia fazer nada, mais eu perdi, eu me senti aliviada por não ter me tornado mãe realmente. E então eu e o Bruno decidimos que aquilo só ficaria entre a gente, eu contei a alane, confiei nela, pra ela te contar e te dizer que pode te dar um filho! Mais o que ela te disse é mentira, eu te amo sim

— Um filho com o Bruno... — disse e me sentei na cama

— Murilo por favor... não quero que a gente brigue por isso.

— você pretendia me contar Mendonça?

— não me chame assim... — olhei pra ela — não chora amor por favor — ela começou a chorar

— responde minha pergunta

— Não — ela me olha — por que sabia que ia ficar chateado comigo, você já odeia o Bruno e saber que quase dei um filho pra ele... — interrompo ela

— tá bom — me levantei — trouxe remédio pra dor de cabeça pra você

Deixei ali o remédio e ela pega no meu rosto e limpa minhas lágrimas que desciam

— Me desculpa, não quero que isso estrague a nossa viagem, a nossa vida

— não vai, fica tranquila — sorri e fui usar o banheiro

Um filho com o Bruno...

>> 21:40

Sai do banheiro e ela estava sentada com as costas encostadas na cabeceira da cama

— amor...

— Fala Marília

— nada deixa — ela abaixa a cabeça

— olha eu não estou bravo, estou chateado por não confiar em mim e não me contar sobre isso, eu sou seu marido a quase quatro anos poxa, eu deveria saber!

— eu sei, eu sei... mais me desculpa — ela falou ainda de cabeça baixa — eu queria evitar isso

— não estamos brigando amor, tá tudo bem tá? — abracei ela — meus sentimentos pela perda que teve

Ela chorou no meu peito até dormir. Eu não consegui dormir então eu desci e encontrei meu sogro e minha sogra na cozinha

— acordado as uma da madrugada filho, tudo bem?

— tudo sim, eu dormi de tardezinha então acho que perdi o sono — sorri melancólico

— você é a Marília estão bem? — meu sogro pergunta

— A gente teve uma crise Mário, mais foi um mês atrás, por isso pegamos essas férias, eu queria me distanciar de tudo, queria ter um momento só eu e ela sem preocupações sabe? E desde então o nosso casamento está mil maravilhas — sorri

— Vocês ainda vão formar a família de vocês, eu observei você e ela brincando com izabelli — sorri ao lembrar daquele momento

— É sogra, vou adotar um, a Marília não quer ser mãe e não posso força-lá

— mais se ela não quer ser mãe, claramente não quer responsabilidades, acha mesmo que ela vai aceitar uma criança estranha dentro da casa de vocês? — escutei voz de alane

— Alane! — Ruth e Mário a repreendeu

— Vou subir, se me dão licença — sorri e passei pela alane e entrei no quarto e Marília olhava pra janela — tá tudo bem?

— Sim — ela sai do transe — aonde estava?

— conversando com seus pais, mas alane chegou e eu subi — disse e me deitei na cama

— ah — ela voltou a olhar a janela

— tá tudo bem mesmo? — ela só balançou a cabeça — vem deitar — levanto a coberta pra ela que vem até mim e me abraça pela cintura e esconde o rosto no meu pescoço

Não trocamos nenhuma palavra e então dormimos










878 palavras


Meta 40 ☆


16/40

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