Capítulo 24 - O Esconderijo

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Olhamos para trás e víamos grande parte dos prédios, arranha-céus, estabelecimentos e até pedaços do asfalto na grande Avenida N30 destruídos ou completamente destruídos. Kay ordena que Alexandra, Alessa e Kimi retornem a sede para levar e guardar os corpos de Rick, Leya e Z, junto com seus equipamentos e aproveitarem para levar a cabeça de MORT1MUS como recordação.

-Finalmente acabamos. – Lock dizia, dando um soquinho de comemoração para cada um ali.

-Sim. Graças a tudo, acabamos. – Bones dizia com a cabeça baixa, recuperando suas energias.

Havia sangue, destroços, cabeças de robôs, pedaços de metal e pedaços até atômicos ali. A guerra não tinha acabado. Havia ainda muito trabalho a ser feito.

-Vamos para a Night Corporation. O nosso trabalho não acabou. Temos que pegar de volta o que é nosso. Vamos buscar o Math, a Emily e o pai da Kimi. Acredito que vamos encontrar muita resistência por lá ainda, mas não mais que apenas guardas armados. – Kay dizia isso, enquanto liderava o bando para o local dos veículos.

[...] Dentro de alguns minutos, recuperando todas as informações, todos os momentos e todas as mortes, fomos para a sede da Night e fomos pela mesma entrada e vemos o mesmo robô da recepção que encontramos na primeira vez.

-Boa noite. Já possuem cadastro no sistema?

-Não tô muito afim de fazer esse cadastro de merda! – Miguel arremessava um disco, decapitando o segurança da recepção, com o braço que ainda tinha.

O segurança caía para trás e explodia. Corríamos para o elevador e apertávamos o botão que tinha a letra "S" e com a voz do elevador dizendo:

-Descendo para o andar subterrâneo.

-Todos prontos? O objetivo é matar todos os guardas possíveis e pegar de volta a Emily, o Math e o pai da Kimi.

-Certo.– Eu dizia.

-Sempre estou pronto. – Dizia Bones, com mais ódio do que antes, depois de seu maior inimigo matar sua maior companheira.

A porta do elevador se abria e havia um bando pequeno de guardas armados e parados, mirando para a porta do elevador e atirando sem parar.

-Pobres coitados. – Miguel pegava um disco em suas costas e ativava uma configuração que apitava e, ao jogar, ia para a esquerda até a direita, matando e cortando todos ao meio em questão de 2 segundos ou menos, voltando para sua mão. – Pronto. Vamos. Nosso tempo está quase esgotada. – Ele pegava o disco em sua mão novamente e dizia para a gente, correndo entre os corredores daquele esconderijo.

Íamos vendo avisos e placas para salas no longo esconderijo, que parecia mais um laboratório. O chão era liso e tinha luzes no teto que, ao passar seus raios de luz no chão, podiam ser refletidos. Alguns escritórios e mais passos que podíamos ouvir com clareza. Andávamos armados, pois, qualquer coisa, era só atacar.

Mais guardas apareciam quando começávamos a entrar em um corredor escuro, com portas cinzas e um corredor mais "cinzento", sinalizando que "apenas funcionários autorizados pelo chefe podiam ultrapassar". É óbvio que somos funcionários autorizados. O chefe está morto.

Os guardas nos paravam, dizendo que não podíamos atravessar por ali e simplesmente, no maior instinto de estar com o foda-se ligado, Kay, Miguel e Bones destruíam todos que vinham.

No final do corredor, depois de matarmos a maioria dos guardas, entramos numa sala escura que, quando falávamos, nossa voz ecoava por dentro da sala. Poderia ser mais uma daquelas que tinha lá em cima.

Eu ligo a visão térmica e vejo fios com um interruptor ao nosso lado e ligo. Era um grande "hall", com várias cápsulas um pouco transparentes com figuras dentro e algumas mesas de controle e estudo laboratorial.

CYBERPUNK 2086Onde histórias criam vida. Descubra agora