Capítulo 25 - A Volta

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Na saída, fomos para os nossos veículos e o Jonas dá um tchau para a gente, virando naquela esquina da Night Corporation e andando normalmente. Já estava amanhecendo e nós víamos o grande nascer do sol nas nuvens e nos reflexos dos prédios que ainda estavam de pé.

Agora, podíamos ver a grande destruição. Não era pequena. Era grande, mas também não era enorme. A Avenida N30 estava destruída. Boates, casas de shows, bares, restaurantes, prédios empresariais. Poucas estruturas sobraram, mas poucas mesmo. Passamos pelo corpo de MORT1MUS sem sua cabeça. Estava do jeito que morrera. Graças à Deus, esse filho da puta não ia se levantar de novo. Ele estava afundado e morto, mas não podíamos deixar ele se decompor perto de sua destruição. Por mim, eu o deixava enterrado o mais próximo do inferno e o mais longe da "sua" cidade.

Eu levei tempo a pensar. A cidade era nossa agora. Nós salvamos a cidade. Chegamos na sede, completamente destruídos. A maioria bem machucada e subimos para a Kimi, velando os corpos de Rick, Leya e Z, separadamente. Bones e Lock vinham com os corpos de Math e o pai da Kimi.

-FINALMENTE, ELES CHEGARAM! – Alexandra comemorava e corria para abraçá-los.

Alessa, que estava preocupada e mordendo seus lábios de nervoso, abre um olhar de alívio e respirava fundo.

-PAI? – Kimi chegava e tentava chamar seu pai.

-Sinto muito, Kimi. – Lock saía de trás, em lágrimas com uma expressão de dor, mostrando o seu próprio pai em seus braços.

-Não... – Kimi se ajoelhava e segurava a mão de seu pai, baixando sua cabeça e derramando lágrimas no chão.

Enquanto essa cena rolava, Alexandra via Bones com lágrimas e uma expressão muito doída de perder sua irmã e dois companheiros superimportantes, até que ele sai de trás da gente e mostra o corpo de Math em seus braços. Não tinha mais forças.

-Temos que enterrar todos com honra. Todos que morreram na CyberPUNKS e na guerra. Temos que enterrar com honra. Menos essa radioatividade tóxica do caralho que chamávamos de MORT1MUS.

-Simplesmente, podíamos jogar seu corpo em um buraco negro ou enterrá-lo o mais próximo do inferno.

Bones levava o corpo de Math para uma maca e eles cobriam o corpo, junto com Lock levando o pai de Kimi.

-Ele está descansando, Kimi. Foi um grande herói. – Kay consolava a amiga, que chorava em seu peito, com muita dor e muita saudade formada.

Eu olhava pelas janelas do pequeno hospital da sede e via a cidade refletir sua luz de verdade. Não teria mais guerra, ódio, destruição e saudades pelas mortes. Nós somos donos da cidade.

Estávamos acabados. Bones descansava e ofegava, com suas mãos na cabeça e chorando pensando na irmã, Z, Math e todos os corpos que carregou sem ter conseguido ajudar. Eu me sento ao lado dele e abraço ele de lado.

-Eu te entendo, irmão. Perdemos muitas pessoas importantes. Também já perdi pessoas importantes da vida como Leya. – Eu dizia para ele, enquanto chorava e se derramava em lágrimas. – Quando criança, eu perdi o meu melhor amigo. Eu era apenas uma criança mesmo. Eu vi o seu corpo ser enterrado dentro do caixão e também vi muitas pessoas serem enterradas, como vou ver agora.

-Saiba agora que eles estão descansando em grande honra e grande conquista. Eles lutaram, diferentemente dos que não lutaram e se preferissem desistir, estariam mortos sem honra. Até os civis que estavam aqui, decidiram ficar e lutar, resistir, mas morreram por ausência de noção daquele mequetrefe. – Eu dizia a ele, num tom motivador.

Ele enxugava as lágrimas e eu sentia que, naquele momento em que abracei ele, Math e Z também estavam ali, mas em forma de presença sensível e não física.

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