Notas iniciais
Esse aqui foi um devaneio meu que começou somente com pensamentos positivos para com outra pessoa. É algo que está cravado em meu íntimo, pois eu desejo que seja uma realidade pra minha vida; sou uma simples romântica e gosto de me imaginar em cenários desse tipo. O intuito dessa fic é não ter nomes para os personagens, usem a imaginação de vocês para darem nome e forma para os dois.
O som alto tocando Priscila Senna acaba por acordar a garota que ressonava no sofá. Sentia a bexiga cheia, mas não queria acordar seu namorado que roncava baixinho agarrado em sua cintura. "Mô?", chama o rapaz enquanto começa a acariciar seu cabelo. Nenhum ruído de resposta. Revirou os olhos com um pequeno sorriso no rosto e o balançou pelos ombros, vendo a expressão tranquila se transformar em um mini-careta.
— Mô, eu quero ir no banheiro... Levanta! – sussurra contra a orelha alheia.
— Hmmmm... - a voz grave pelo desuso se fez presente. - Que hora 'é?
— Deixa eu ver - olha para o pulso vazio e vê o revirar de olhos do namorado.
— Já pensou em ir trabalhar no circo? 'Tá cheia de gracinha hoje, hein?
A garota se contorce no estofado ao ter os dedos travessos do rapaz fazendo cócegas em sua cintura. "Peça penico!", dizia ele enquanto a garota engasgava na risada. De tanto se mexer, uma hora o corpo menor se desequilibrou do sofá e se chocou contra o chão de cerâmica branca. O mais alto arregala os olhos e se senta no estofado e estende as mãos para que a garota as segure e se levante, o cenho franzido em preocupação e o riso frouxo que escapava dos lábios carnudos a fizera soltar um sorriso fraco. Se direcionou ao banheiro e abaixou seu short curtinho de dormir, os passos na cozinha chamaram sua atenção e logo um par de olhinhos curiosos estavam espiando por uma fresta na porta.
— Quer comer alguma coisa?
— Uhum. 'Tô cheia de fome, queria comer algo diferente.
O rapaz riu da forma que sua mulher pedia para que chamasse um delivery. Abriu o aplicativo no celular e se encostou na parede, procurando por alguma loja aberta às 23h35. Os ouvidos atentos perceberam a porta do box abrindo e logo deixou o aparelho de lado, o arremessando diretamente na porta ao lado, onde a cama de casal estava. Os dedos foram ligeiros em descer a bermuda fina que usava e sorrateiramente se colocou atrás da morena que acabara de começar um banho.
— O que foi? — O olhou por cima do ombro e riu ao notar a forma que era observada. — Você pediu a comida?
— Hm-hm. — Negou em um resmungo, lambendo o lábio inferior. — Eu até pensei em pedir algo, mas tem algo que eu adoraria comer bem aqui.
O ventre da mulher queimou em anseio. Adorava como os olhos expressivos demonstravam desejo por cada pedaço de seu corpo. Virou-se para frente e encarou o namorado fixamente, a água escorria por sua pele marrom igual chocolate, os piercings brilhavam ao refletir a luz da lâmpada. O mais alto se chega mais perto, a mão grande indo ao pescoço fino para que pudesse puxar a menor para um beijo. As línguas se encontravam com calma, as mãos pequenas espalmando no peitoral largo subiam e cravavam as unhas na derme. Um gemido suspirado escapa por parte do rapaz, que já se encontrava aceso, em combustão por causa de um único toque.
Sem rodeios a virou de costas e forçou sua coluna para baixo, vendo seu corpo todo empinado em sua direção. O olhar atrevido acompanhava cada microexpressão, das íris que pareciam querer decifrar cada curva de seu corpo até os dentes que maltratavam o lábio inferior.
Gemeu sôfrego ao ser preenchida até o útero de uma só vez. O quadril remexendo lentamente contra a pelve masculina, ouvindo o puxar de ar que o rapaz dava entre-dentes, desejoso de sua morena. A pele se chocando e a água do chuveiro eram a única melodia dentro daquele cômodo, os suspiros e palavras doces se faziam presente num belo dueto apaixonado. Arqueou a coluna ao sentir os lábios cálidos tocarem seu trapézio, a mão cheia de calos segurava em sua garganta, limitando a passagem de ar para o pulmão. Morde o lábio para segurar um gemido gritado ao ter a mão livre do rapaz esfregando seu clitóris com agilidade, a pele se arrepiando e um orgasmo arrebatador chega. "Porra!" Exclama o homem, vendo seu gozo descer pelas pernas de sua namorada, hipnotizado.
— Você é a mulher mais linda nesse mundo todo. — Abre um sorriso ao ver a mulher arrumar a postura lentamente. A boquinha vermelha por causa das mordidas, o cabelo totalmente bagunçado e molhado e um riso brincando em seus lábios. — Gostosa. — Segura na cintura fina e a puxa para mais perto, sentindo os braços pequenos rodearem seu corpo.
— Você faz eu me sentir assim todos os dias. — Deixa um beijo no peitoral largo.
Depois de alguns minutos de silêncio, aproveitando o banho e a companhia um do outro, se ouve um suspiro baixo e logo um pedido dengoso: — Amor... Eu ainda quero comer alguma coisa diferente. — Faz bico. — Vai pedir o delivery!
Notas finais
Não sei se deu para notar, mas essa história se passa aqui mesmo no nordeste, que é onde nasci. Priscila Senna é uma cantora de brega que eu recomendo muito para quem gosta de sofrência, principalmente as músicas antigas dela.
* Aqui onde eu moro, pedir penico é quando você pede arrego para uma brincadeira que você não quer mais participar. Tipo um pede pra sair.
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Final de Semana
RomanceO som alto tocando Priscila Senna acaba por acordar a garota que ressonava no sofá. Sentia a bexiga cheia, mas não queria acordar seu namorado que roncava baixinho agarrado em sua cintura.