ABANDONEI ESSA HISTÓRIA

Faculdade aí vou eu

Pri! Prin! Prin! Prin!
O despertador ressoa no meu silencioso quarto. Aperto o meu travesseiro contra minhas orelhas, mas eu sei que vou ter que sair da minha toca acolhedora.
Meu primeiro dia na faculdade... era pra mim estar ansiosa, mas não estou, não quando eu poderia estar treinando luta ou tentando descobrir o assassino de minha família. Eu não fico ansiosa a tempos, somente quando estava no auge dos meus 15 anos e descobri que o assassino tinha o codinome de "Fantasma", não me perguntem como eu descobri, mas saibam que eu frequento lugares que pessoas normais não iriam em sã consciência, e eu não sou normal.
Me levanto e vou direto na mesa para desligar o maldito daquele despertador, porquê eu coloquei ele tão longe da minha cama?
Abro uma das gavetas e escolho a primeira roupa que vejo, uma saia curta preta e uma blusa do KISS. Entro no banheiro minúsculo, faço minha higiene matinal e me visto.
Vou para a cozinha, ainda descalça, e preparo rapidamente um lanche/café da manhã. Como rapidamente meu pão com manteiga, e saio apressada; pego meu coturno que estava jogado na sala e o calço.
Saio apressadamente do apartamento, somente quando estou no térreo do prédio percebo que estou sem material, e lá vamos nós pro 7 andar novamente.
Pego meus livros e notebook, e os coloco em uma bolsa grande, que só vou usar hoje, já que, graças a Deus, tem armários na faculdade.
Vou cursar administração, não que eu queira, é mais para ter algo pra fazer, já que meu motivo de vida é achar aquela porra de assassino, porque se não fosse por ele eu não teria passado a maior parte da minha vida de merda naquele orfanato.
Desço na maior rapidez, os andares, já que o elevador demorou demais. Saio do prédio e vou correndo na direção em que eu acho que seja a faculdade, mas no meio do caminho percebo que é muito longe, claro, Vitória, você achou que seria perto?
Fico parada na calçada, lamentando minha burrice, e sim, eu fui mais burra ainda, já que invés de correr para chegar na escola, eu parei e me sentei na calçada.
Uma caminhonete Ranger preta para em minha frente, abaixa o vidro do lado do motorista e um homem, muito gostoso por sinal, me olha pela janela. Ele tem cabelo preto liso, olhos cor de chocolate que podem matar qualquer um só com o olhar.