𝙰 𝙿𝚁𝙸𝙼𝙴𝙸𝚁𝙰 𝙰𝚄𝙻𝙰 |33

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  2686 palavras

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  2686 palavras

  O céu estava coberto de nuvens pesadas enquanto eu caminhava pelo caminho de cascalho que levava ao estande de tiro. O lugar era mais isolado do que eu imaginava, cercado por árvores altas que bloqueavam qualquer visão do mundo exterior. A cada passo, sentia meu coração bater mais rápido e uma sensação de apreensão crescia dentro de mim.

  Eu nunca quis fazer isso. Toda essa ideia de aprender a atirar parecia absurda. "É para sua própria segurança", ela disse, com aquele tom que não deixava espaço para discussão. Agora, aqui estava eu, no meio do nada, me preparando para minha primeira aula de tiro.

  Ao me aproximar da entrada do estande, avistei o instrutor. Ele era um homem alto, com ombros largos e um olhar sério. Quando me viu, acenou com a cabeça, mas eu não consegui retribuir o gesto com muita confiança. Não sabia se poderia confiar nele.

— Lana Berger? — Ele se aproximou, ainda com os braços cruzados.

— Sou eu. — Apertei mais forte a alça da mochila que trouxera comigo, tentando ignorar o nervosismo.

— Eleonor me falou que você viria. Eu sou James — ele estendeu a mão em minha direção, abrindo um sorriso caloroso.

  Eu olhei para a sua mão, hesitando alguns segundos antes de cumprimentá-lo.

— Vamos entrar? — Ele não esperou minha resposta, virou-se e começou a caminhar em direção ao imóvel, seus passos fazendo barulho a cada passo dado na estrada de terra.

  Eu respirei fundo, dando mais uma olhada em volta. Era um tipo de floresta. Levei trinta minutos para chegar aqui de carro. Espero que realmente não precise fugir, porque não sei nem se conseguiria chamar um Uber para voltar para casa.

  Era estranho, vazio demais para o meu gosto. Mas não acho que minha tia colocaria uma pessoa ruim para me ensinar. Pelo menos espero que não.

— Como você conhece a minha tia? — Perguntei enquanto o seguia para dentro da construção mal iluminada e silenciosa.

— Ah, pensei que você seria mais tímida, mas pelo visto é do tipo que faz perguntas — ele falou rindo, virando brevemente o rosto para me ver.

  Eu não ia abandonar facilmente o meu objetivo de descobrir as ações de Eleonor. Se ela não quer me contar, eu não vou ficar esperando até que a boa vontade bata em sua porta.

— Conheço sua tia desde a adolescência dela — ele abriu uma porta de metal no final do pequeno corredor pelo qual passamos.

"Querido Diário" de Lana BergerOnde histórias criam vida. Descubra agora