Amanda - um erro

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Quando a noite chegou, depois da escola eu peguei uma bolsa com algumas roupas e pedi carona para meu pai me levar na casa do Wessy, meu pai tinha uma ótima relação com ele e por isso não se sentia desconfortável em está levando a filha dele para o que eu gostava de chamar de "abate".

— Está com camisinha? — meu pai perguntou.

— Pai! — exclamo — a gente não pensa nisso agora.

Mesmo assim ele abriu portinhola do carro e de lá tirou cinco pacotes de camisinhas e me entregou.

— Só aceite — ele disse.

Eu pego os pacotes e soco na bolsa sem querer ver.

Eu não tinha nenhum problema em falar sobre sexo com meus pais, eles eram ótimos quando se tratavam desse tipo de assunto, mas eu sempre deixei claro para eles que entre mim e o Wessy era muito mais do que sexo. Que estavamos tentando apenas focar nos estudos.

Era claro que tudo não passava de uma grande mentira, mas qualquer papo desses ajudava a tirar o que meus pais dizia ser um peso das costas dele em relação a sexo com a filha deles.

A gente chegou em frente a casa do Wessy, eu não morava tão longe assim dele.

— Se caso for embora por antes do momento, me liga ou manda mensagem, ok? — avisou meu pai.

— Ok, mas só vou amanhã  — informo, talvez de lá eu vá para escola.

Eu e o Wessy estudávamos pela manhã, das 7 às 12. Me despedi do meu pai e desci do carro.

Eu usava um all star velho que comprei pela shoopie, sempre faço estimativa de preços da loja perto da minha casa e online, e por incrível que parece a online estava mais em conta com o frete.

Me aproximei do casa do Wessy e bati nq porta, enquanto o meu pai ainda esperava no carro alguém atender, esse é que eu chamo de pai cuidadoso.

Mas não era o Wessy quem atendeu, era o pai dele quem apareceu ali. Senti uma mescla de vergonha e interesse quando vejo parado ali.

— Ah...oi senhor William, estou aqui pelo Wesley, ele está?  — Droga, eu quase nunca chamo o meu namorado pelo nome dele, talvez por causa do pai dele ou por querer me distanciar de qualquer intimidade entre nós.

Ele olha no relógio no braço dele, a tempo de eu perceber que ele estava sem camisa e com a calça de trabalho.

— Ele ainda está no trabalho, mas você pode esperar por ele se quiser.

Ah, com certeza eu queria. Ouvimos uma buzina e meu pai acenou para o pai do Wessy, eles se cumprimentaram. E então meu pai partiu.

— Entra aí.

Ele se afastou e eu entrei. Meu nariz sentiu um inconfundível cheiro de casa onde só habita homens. Não havia um toque feminino naquela casa. Desde os pôsteres de carro até o futebol na TV e DVDs de rep ou rock.

A sala da casa do pai do Wessy era um tanto escura por causa da cortina fechada. Fiquei observando a casa com interesse e o pai do Wessy caminhava por ela descalço.

— Quer tomar suco? — ele me perguntou indo para a cozinha.

— Ah, não, eu estou bem.

— Pode ficar a vontade — ele disse voltando com uma lata de cerveja que pegou da geladeira na cozinha.

Havia um sofá ali e eu sentei junto com ele. Nunca tive o pai do Wessy como um sogro, e eu tinha certeza que ele não me tinha como nora, e eu não queria isso. Todas as vezes que eu estava perto dele eu me sentia mulher. Não sei, era como se toda a minha história com Wessy deixasse de existir no momento que estava com aquele homem.

Ele ficou observando a TV com a lata de cerveja fingindo que eu não estava ali sentado no sofá vermelho que eu já vi Wessy muitas vezes dizer que o seu pai usava com as mulheres que ele saia.

Com ousadia peguei a lata de cerveja da mão dele, fiquei feliz quando vi os dedos dele manchados de graxa soltar a lata. Bebi a cerveja deixando ela tomar de conta do meu corpo inteiro.

— Acho que eu devia ter te oferecido outro tipo de bebida — ele brincou.

— Eu beberia até leite se me oferecesse. Agora suco não — eu respondo. Eu não era mais uma criancinha que tomava suco.

Ele me olha por um tempo.

Então eu olho para a calça dele e vejo que já estava duro. Ele me puxa para ele enfiando a língua na minha boca com bastante exigência. Eu praticamente me abro inteira para ele. Havia uma grandiosa diferença entre a pegada do Wessy e do pai dele, e era isso que me deixava fraca.

Como eu estava de calça jeans não tinha como o William explorar o meu corpo.

— Vamos para o meu quarto — ele sussurrou.

— Vamos.

Ele me pega pela mão igualzinho o seu filho quando estamos andando pela rua, ou pelos corredores da escola e até nisso eu sinto a diferença entre um homem e um jovem.

— Quer ver o meu pau? — ele rosnou quando entramos no quarto escuro e com o mesmo cheiro de masculinidade que eu senti ao entrar na sala.

Eu ouvi o filho dele falar isso em algum momento, eu só não sabia quando ou não me importava mais.

— Quero — respondi.

Não sei se foi a bebida ou se era a presença do William ali, mas  minha respiração estava alterada. Eu estava excitada desde a ligação com Wessy; e eu não consegui me saciar do prazer de ter esse homem em mim.

William colocou o pau duro para fora, era um pouco maior que do filho e estranhamente parecido. Será que o Wessy ficaria assim, mas quanto tempo levaria, eu queria ele assim como o pai dele agora!

Sem experiência em como pegar um pau, coloquei em minhas mãos e as minhas unhas pintadas de rosa pareciam infantis demais. Droga, acho que vou cortar esmaltes de cores infantis da minha paleta de cores.

— Já chupou um pau antes?— ele perguntou.

— Já — Menti. Eu não sabia porque estava falando aquilo era como se eu quisesse deixar claro o que queria e o que sabia. — Mas eu não quero fazer isso.

Abri minha calça enquanto o William me beijava loucamente. Assim que minha calça ficou até o joelho eu tremi quando senti a mão de outra pessoa que não a minha. Ele veio com o dedo entre minha vagina de modo agressivo, mordi o lábio temendo que ele metesse o dedo.

— Não!  — eu deixo escapar.

— Você ainda é virgem? — ele pergunta com a voz rouca.

Ele está me respeitando desde o dia que me conheceu — falo para o William.

Então eu vejo a mão dele sair de mim.

— Droga. — ele xinga.

— O que foi?

— Isso que estamos fazendo é um erro. Veste sua roupa.

Droga! Eu ainda não consegui tirar minha tesão. Quando esse pai e filho vão fazer o que quero. Talvez tenha sido o meu "não" idiota. Bom, pelo menos ele respeita um não de uma mulher.

o amante ( Heteros) ( Não Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora