Gogol finalmente havia deixando o russo dormir em seu quarto em paz. O albino agora se encontra em um cômodo qualquer daquela casa enorme. O mesmo se distrai com algumas dobraduras que faz com papéis coloridos.
Com sua atenção voltada totalmente voltada ao que está fazendo, Gogol não percebe o som de saltos bater contra o chão, logo esse som param na frente do palhaço.
- Gogol - a voz soa pelo ambiente, tirando a concentração do albino, que levanta a cabeça olhando para a figura para a sua frente - Onde estão os meus biscoitos - diz o bicolor irritado enquanto encara o palhaço
- Então... Eles tavam uma delícia - diz num tom brincalhão, vendo a cara de ódio do mais novo.
- Seu.... Palhaço - diz irritada evitando falar algum palavrão
- Obrigado?- diz num tom de deboche
- Você vai comprar biscoitos novos pra mim- diz dando alguns tapas no albino
- Ah, ah, pra que essa agressividade Sigmazinho?- questiona se afastando do bicolor para não apanhar mais
- Porque você é um intrometido, e fica pegando as coisas dos outros - diz irritado com o albino
- Só peguei um pouquinho - diz fazendo um leve drama
- Um pouquinho? Você comeu meu pote todo de biscoito - diz irritado enquanto cruza seus braços olhando com raiva para o albino
- Você comeu a maioria, eu fiquei com resto, não é justo?- diz num tom infantil enquanto cruza seus braços fazendo um bico com os lábios
- Compre seus próprios biscoitos, não fique comendo os dos outros - diz irritado olhando com raiva para o albino.
- Os dois parem de briga - uma terceira voz se faz presente no cômodo, fazendo com que o bicolor encolha os ombros enquanto se arrepia inteiro - Parecem duas crianças brigando - diz o moreno irritado se sentando ao um sofá presente no cômodo enquanto repousa sua cabeça em sua mão
- Desculpa senhor Dostoiévski - diz o de mechas de duas cores enquanto encara o chão, realmente não se acostumou com a presença do russo
- Se está tão preocupado com a falta de seus biscoitos, é só pedir para Ivan te ensinar a fazer, e melhor do gastar dinheiro comprando - sugere Fyodor com os olhos violetas encarando a parade
- Ah claro - diz se virando para sair do cômodo, o que rapidamente o rapaz faz, deixando apenas Gogol e Dostoiévski no cômodo
- Se sente melhor?- questiona o albino no seu tom de ânimo de sempre
- Não finja preocupação, odeio isso - diz o russo num tom rude e áspero
- Certo... - diz o albino abaixando sua cabeça e olhando para o chão, vendo suas dobraduras coloridas espalhadas pelo local - Gosta de origamis?- questiona o palhaço com seu tom animado de antes encarando o moreno
- Não muito, mas admito que quem faz tem muito talento - responde Fyodor sem olhar para o albino, na verdade encarar o relógio na parede é mais interessante
Ao ouvir isso, Gogol dá um grande sorriso e pega as dobraduras mais bonitas que havia feito e se senta ao lado do moreno.
- E o que acha dessas?- questiona mostrando o que havia feito antes
- Delicadas - diz olhando bravamente para os papéis coloridos
- Quer fazer uma? Eu te ensino - diz sorridente
- Não estou com cabeça pra isso - responde voltando a prestar a atenção nos movimentos dos ponteiros do relógio
- Desculpa por hoje mais cedo, eu realmente não pensei nos meus atos - diz o albino abaixando sua cabeça meio triste e envegonhado pelo ocorrido de mais cedo
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Aprisionados por sentimentos
Hayran KurguA liberdade é algo que se conquista, tanto a liberdade de anos ficar preso ao um lugar, quanto a liberdade da sociedade. Para Nikolai as duas já possui, mas a liberdade de seus sentimentos é o que lhe incomoda, sedo acorrentado por um sentido que lh...