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CAPÍTULO 06 - Eu quero ser SUA

Capítulo 06 - Eu quero ser SUA
Pov. Valentina Ferreira

Acordei com alguém me sacolejando. Resmunguei algumas palavras que nem eu entendi e me virei para o outro lado ignorando a pessoa que tentava me acordar, talvez se ela desisti-se e fosse embora.

E - Sem essa de cinco minutos Valen - disse Elisa. - Nós vamos sair, temos que ir na modista ver o seus vestido e o da mamãe, e ainda tem o último ensaio da dança.

V - Não Elisa, me deixe dormir. - resmunguei me enrolando ainda mais no lençol.

E - Ora deixe de ser preguiçosa. - ela puxou meu lençol. - Vamos, nos temos horas, não mandei você e a Lulu ficarem enchendo a cara de vinho e fazendo safadeza até tarde da noite!

V -Qual o problema que vocês os Mendes tem em acordar tarde no final de semana, hoje é sábado droga. Quem acorda a essa hora no sábado?!

E - Você não vai reclamar tanto quando vir o vestido que minha irmã mandou fazer. - Elisa começou a fuçar o armário onde estavam minhas roupas. Ela tirou uma calça jeans, uma blusa branca e jogou em mim. - Agora tire seu traseiro lindo da cama e se vista.

Me arrastei para fora da cama praguejado todas as injúrias que eu conhecia. Só queria ficar o dia todo deitada e não pensar nenhum pouco na noite passada. Não pensar na forma como Luiza me tratou ou nos beijos e na pegada gostosa, aquela encoxada de boa noite que ela me deu por pensar que eu estava dormindo. Eu queria manter tudo aquilo fora da minha mente, mais parecia uma missão impossível.
Tomei um banho rápido e quando sair do banheiro Elisa já não estava mais lá. Olhei pra cama que parecia gritar meu nome. Me chamando de volta. Ela parecia tão triste e solitária que caminhei de volta pra ela. Mais antes que eu pudesse me deitar ouvi a voz de Luiza na porta.

V -Nem pense nisso. - me virei para vê-la me analisando escorada na parede ao lado da porta. - Pare de me olhar assim, estou me sentindo um pedaço de carne - falei apertando a toalha contra o corpo.

L - Mesmo você não sendo um pedaço de carne eu adoraria comê-la - ela murmurou. - Eu corei com sua frase. Resolvi apenas ignorar sua frase.

V - Vou me arrumar antes que Elisa volte. - falei.

L - Elisa pode ser bem irritante às vezes. - disse ela se desencostando da parede e caminhando em minha direção devagar. - Se você quiser podemos fugir de todos e podemos ficar.

V - Serio?

L - É, e a gente pode fazer outra coisa. Só nos duas. - sua proximidade era tanta que eu podia sentir o calor de seu corpo. - Você já está até com a roupa perfeita, fácil de tirar.

Apertei a toalha ainda mas no meu corpo. O olhar de Luiza pra mim era predatório. Eu me sentia um bicho indefeso encurralada pelo predador. Ela passou uma mão por minha cintura e me puxou pra junto dela. Sua outra mão colocou meu cabelo de lado deixando meu pescoço livre pra seus beijos molhados e sensuais. Quando seus lábios tocaram a pele sensível do meu pescoço eu meio que mandei a sanidade pra o inferno. Que merda aquela mulher tinha que até a forma dela respirar era excitante?!

L - O que acha de ficamos e nos divertimos um pouco só nos duas? - perguntou ela sussurrando no meu ouvido e logo depois dando uma leve mordida na minha orelha.

Seus beijos voltaram ao meu pescoço e logo subiram pra minha boca. Começando um beijo cheio de sensualidade. Ela queria me seduzir e estava conseguindo. Sua mão apertou minha cintura e a outra agarrou meu cabelo. Mais que merda, eu tinha acabado de soltar um gemido?! Senti que ela sorri entre o beijo, provavelmente pela satisfação de saber que seu joguinho estava fazendo efeito. Luiza me empurrou em direção a cama sem interromper o beijo até que eu sentisse minhas costas afundarem no colchão macio e então ela estava sobre mim. Sua mão desceu até minha coxa dando um aperto nada gentil, o que me fez soltar outro gemido baixo. Eu sabia que tinha que pará-la. Mais eu não tinha força e nem vontade.