Sabe... (saberás, saberia, quer saber...?)

4 1 0
                                    

Bom, o hoje o dia foi bom. Me diverti bastante. 


Mas queria compartilhar uma reflexão, que até me surpreendi com o rumo negativo que a própria tomou.

Eu estou fazendo teatro, é legal soltar todos os meus sentimentos para fora, como se tudo fosse mera encenação. Eu fiz a minha primeira encenação, me fez muito bem fingir que estava enlouquecendo (era uma encenação livre e solo, para por em prática as técnicas desenvolvidas em aula).

Pensei o quanto acabei retendo sentimentos, como não consegui demonstrá-los direito. Pensei em uma época específica, a qual perguntava para minha mãe sobre depressão e seus efeitos, com a desculpa que uma amiga estava mal (não sei se estava ou não, ela só fazia piadas maldosas e postava coisas depressivas). Eu me perguntava o porque de um sentimento (digamos, demoníaco e maldosamente cruel) assemelhado com tristeza mandava-me chorar e me esconder do mundo. Não era doença mental, não era problema dos outros, era algo que só eu mesma parecia entender. Acho que ninguém prestou muita atenção no meu comportamento alterado na época (raiva, ódio, tristeza e solidão), afinal, se eu escondia tão bem, quem notaria?

Lembro que essa "amiga" contou um momento triste, o qual fez uma menção a suicídio. Eu não gostava quando tratavam esse assunto em forma de piada (comentários como: "se não gostou, se taca da janela" no meio da aula) mas que hipócrita maldita que eu sou, tinha que ser.

Talvez hoje eu só disfarce tudo com um sarcasmo comovente e piadas de humor negro. Sempre foi meu jeito de demonstrar que eu não estava bem. Pequenos sinais, código morse, wallpaper triste e diversos outros que já até me esqueci. 

Não sei se devia encarar isso de frente (até porque tenho familiares e pessoas íntimas que leem isto) é só um pouco... estranho. Essas coisas começam do nada. Esses sentimentos começaram com alguns problemas para se enturmar (voltei tardiamente às aulas depois da pandemia, perdendo contato com amigos) e depois com minha própria voz dizendo coisas terríveis, seja para mim ou para os outros. 

Tudo fica armazenado nas profundezas da minha mente. Parece que tem uma pessoa só esperando para atacar. Algo... mal (isso pareceu alguma frase de ficção, eu sei, escrevo ficção). Será que alguém se importaria depois de saber de tudo isso? Porque, sejamos francos, eu sou uma atriz nata. Foram poucas vezes que alguém me descobriu após um choro. 

Talvez eu seja uma ótima atriz, manipuladora e egoísta, atendendo meus próprios desejos maléficos para defesa, ou, talvez, só ninguém ligue mesmo. Tenho certeza que minha mãe vai invadir o quarto e me botar de castigo por estar escrevendo tão tarde. Tchau raios de sol, vou escrever mais sobre meu passado amanhã, se alguém quiser comentar algo, fique à vontade.

E... 

OBRIGADA! Com todo o meu coração por ler isso. Agora eu vou dormir pois amanhã é dia de acordar cedo.

Apoio Emocional (Talvez)Onde histórias criam vida. Descubra agora