TWENTY-FOUR CHAPTER

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⏰• ALGUMAS SEMANAS DEPOIS •⏰

> PRECISAMOS DE UM TEMPO!

- MURILO HUFF

>> 08:20

Hoje era a minha folga e a da Marília. Tínhamos combinado de ir no orfanato hoje, por que a Maria Flor fazia quatro meses hoje.

Eu e ela não estava nos falando muito bem, por causa da Aline, uma médica que é nova no hospital e eu tenho que orientar ela, e a gente almoçou umas três vezes juntos, mas por que a Marília não pode ir comigo e fora que eu e nem ela saímos do hospital! A gente almoçou no restaurante que tem nele. Mas ela grilou e desde então a gente vem brigando.

— Amélia já deixou o café pronto — disse entrando no quarto e vendo ela de bruços apenas de calcinha e um suéter

— estou sem fome obrigado — respondeu friamente

— Você tem que comer Marília!

— Vou comer sem fome? — fala o óbvio e eu respiro fundo

— Ta, faz o que você quiser então — ela me olha rápido — o que? Você que não quer comer, não vou te obrigar e pra isso a gente brigar, o que eu menos quero é brigar e você não percebe isso

— Ta Murilo que seja — faz pouco caso

— Larguei de mão Marília, eu vou sair e volto pra gente ir no mesversario da flor e se você não quiser é só me mandar mensagem que de lá da minha mãe eu vou pro orfanato — disse e fui pro banheiro pra tomar um banho.

...

Poxa eu não quero brigar com a Marília, mas ela não ajuda!.

>> 20:09

Marília tinha mandado mensagem dizendo que já estava pronta e que estava apenas me esperando pra gente ir no orfanato. Era a primeira vez dela lá e eu estava feliz! Quem sabe uma criança ou até mesmo Maria Flor toque no coração dela pra gente adota-lá

Como eu tinha me arrumado na minha mãe eu voltei pra casa e peguei a Marília na calçada do condomínio e então fiz o retorno e fomos em direção o orfanato

— A Luna foi adotada — puxei assunto com ela

— nossa sério? Que pena, quer dizer...bom pra ela — riu fraco — escuta me desculpa pela crise de ciúmes com a Aline, te julguei tanto com o Bruno e no final eu fiz o mesmo

— tá tudo bem tá? Isso já passou — fiz carinho na coxa dela

...

Chegamos no orfanato e quase todas as crianças me abraçaram e ficaram olhando curiosa pra Marília até que a Andreza vem de lá pra cá com os braços abertos pra mim e quando viu a Marília ela deu uma recuada e a Marília me olhou e cerrou os olhos

— você deve ser a namorada do Murilo — ela pega na mão da Marília — prazer Andreza penhallow

— Prazer, Marília Huff esposa do Murilo — ela sorri forçado.

— ai Murilo a Flor acordou meia chatinha hoje, mas agora está um pouco melhor — ela saiu me puxando e eu chamei a Marília que deu pouco caso e ficou brincando com algumas crianças

— nossa, mas o que ela tinha? — pergunto preocupado e logo em seguida eu pego a Maria que estava com um calorzinho de febre

— isso é o que ela tem, Maria Flor é a mais nova entre nós, nunca tivemos um bebezinho de meses no orfanato, então deve que ela estranha o ambiente, não sei ou pode ser que seja a sua falta, você parou de vir aqui já tem um mês, aconteceu algo?

— ah é por que eu tinha perdido o meu filho, fiquei em casa até me recuperar, não cem por cento né — sorri fraco — mais estou melhorando

— ah meus pêsames a você e sua esposa

— ah obrigado — disse e alisei a bochecha de Maria que sorri pra mim — vou te levar para Marília

— Você deveria trazer ela mais vezes Murilo — Andreza sorri e pega no meu ombro e quem justo teria que aparecer na hora? A Marília

Parece que ela sente cara!

— olha amor — entrego ela a Marília

— ela tá quentinha — Marília diz e a flor gargalha e pega nos cabelos loiros dela — eita que gostou dos cabelos, quando você pegar uma idade o seu também já vai estar desse tamanho — ela sorri — ih como da risada essa fofura

...

Bom ficamos um bom tempo com a flor e com todas as outras crianças e com a conscientização da Andreza a gente fez rodada de pizza no orfanato e depois fomos embora

— a gente pode conversar? — Marília falou tirando minha atenção da Tv

— claro, senta aí — coloquei uma almofada nas minhas pernas — eu também queria falar com você

— fala primeiro então

— não, pode falar — ela abaixa a cabeça — o que foi?...

— eu...eu acho melhor a gente dar um tempo Murilo — ela me olha com os olhos marejados

— eu estava pensando nisso... — ela me olha assustada — não, calma eu jamais iria querer me separar de você, eu te amo e você sabe, mas só dar um tempo mesmo sabe?

— sim, é o que eu quero, a gente precisa se descobrir mais sabe? Fazer o que ambos gostam, você que no caso é sair com seus amigos e eu com as minhas amigas, a gente ficar um tempinho sem se ver sabe? A não ser no hospital, a gente anda brigando muito e esse tempinho pode fazer bem pra nós dois, você me entende né?

— claro que eu te entendo amor, que isso — abraço ela — não precisa chorar hum, vai ser só um tempinho, uma semana no máximo — rimos

— Se você quiser eu posso ir...— olho pra ela entediado que ri entre o choro

— eu vou pros meus pais, não tem problema.

— a gente vai se falando pelo celular, e até mesmo no hospital, a gente só vai dar um tempinho de se ver em casa mesmo, e no hospital a gente só se vê na hora que um bipa o outro ou quando almoçamos juntos

— você acha melhor pararmos de almoçar juntos também? — ela afirma — eu vou pegar minhas coisas lá no quarto — ela arregala os olhos — algumas. Não me olha assim que você não vai se livrar de mim tão rápido quanto pensa — lhe roubo um selinho

— E nem quero — ela sorri melancólica — eu vou...

— pode ir, quando eu sair eu tranco a porta — ela afirma e vai pra qualquer canto da casa e eu subo pra pegar algumas coisas minhas.

Não estava mal com isso, afinal esse tempo pode ser bom pra nós dois!. Mas confesso que me deu uma baqueada de leve









1076 palavras


Meta 40 ☆


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