Olhos azuis e tons de rosa

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Oi, pessoal! Esse é um curtinha de cinco capítulos totalmente piegas e descontraído, pra curtirem o feriado :)

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Agora sim, aproveitem os drarry high school e boa leitura :))



Harry Potter caminha pelo corredor da escola com a cara tão emburrada, que se uma criança passasse por ali, certamente sairia assustada.

Os nós enfaixados dos dedos da mão e o sangue fresco acumulado no canto dos lábios finos não negam: o garoto encrenca, mais uma vez, se meteu em intriga.

Não que seja novidade pra alguém, ver o menino sair da sala do diretor xingando baixinho e amassando uma advertência na mão machucada, esboçando poucas palavras no rosto e rebeldia nos olhos verdes brilhantes.

Afinal, Harry é assim. Deixa sua cabeça dura e teimosa entregar a razão toda para a impulsividade, que chuta ela pra longe e o mete nas piores confusões possíveis. Ele parece não conseguir manter a língua afiada dentro da boca, irritando os outros com suas respostas sarcásticas e gênio forte.

Não que seja agressivo, ele só não consegue não revidar quando é atacado. Harry não vai até as confusões, elas mesmas vêm até ele. E, de alguma forma irônica, o universo, ou seja lá o que é que rege todos os destinos,está sempre o pregando uma peça, fazendo a culpa cair sobre seus ombros.

Também não foi diferente dessa vez, quando depois do treino de futebol, os garotos do time rival apareceram no vestiário atrás de confusão, fazendo piadas implicantes.

Vai dizer que a culpa é de Harry, que estava quieto enquanto secava os fios bagunçados de seu cabelo, por ter socado o nariz do outro capitão quando ele agarrou os ombros de Neville e disse que ele deveria "parar de jogar como uma menininha"?

Porque, bem, foi isso que aconteceu.

E é isso que acontece todas as vezes.

— Cadê o Shakespeare pra escrever a tragédia que é a minha vida? - resmungou baixinho em tom dramático, chutando a lixeira amarela, de metais, quando passou por ela.

Levemente revoltado, voltou e chutou ela mais duas vezes, a boca cheia de palavrões. Parece que, quando ele mais precisa, a vida gargalha na cara dele e desdenha um "se vira aí".

Já consegue imaginar a bronca que vai levar quando chegar em casa e, pela segunda vez naquela semana, mostrar uma advertência pra seus pais, que com certeza o deixarão de castigo. Quer dizer, Lily e Remus é que fazem as punições, James e Sirius apenas concordam com tudo e riem dele por não conseguir esconder suas besteiras.

Se escutar de dois pais já é demais, imagine ele, que tem quatro.

Harry suspirou firme antes de virar na curva longa do corredor, passando a mão livre pelos fios ainda um pouco úmidos do seu cabelo. O nome que seus colegas de sala e as garotas que suspiram quando ele passa charmoso pelos armários, ajeitando a típica jaqueta escura nos ombros e sorrindo ladino adotaram realmente faz jus à sua imagem.

Harry tem cara de quem está prestes a causar uma bagunça.

Revirando os olhos, ele nem percebe a outra pessoa que vem da direção contrária e choca-se com ele.

De repente, ele não pode mais xingar em todas as línguas que conhece na sua cabeça, porque tudo que tem sua atenção agora é a imensidão azul na sua frente.

Garoto encrenca | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora