/Ariana/
Eu estava voltando para casa depois de ter passado no mercado da esquina, mesmo estando bem cansada - pra ser sincera, eu estava EXAUSTA — mas me neguei a ideia de pedir um Uber para apenas subir aquela rua enorme. Havia muito dinheiro na minha bolsa, mas preferi economizar com a grana, nunca se sabe quando eu realmente vou precisar usar aquele dinheirinho.
Subindo o morro, finalmente conseguia avistar o meu apartamento e ia se aproximando cada vez mais, mais e mais; chegando no portão branco, apertei o botão para chamar o porteiro, para liberar a minha entrada: o bom de morar no mesmo prédio durante alguns anos, é que você reconhece as pessoas de lá e vice-versa.
Ao ouvir vários passos correndo em minha direção, lá vinha o porteiro, Carlos Alberto! Ele parecia assustado ao me ver — eu estava tão exausta a ponto de transparecer meu cansaço? Acho improvável que seja exatamente isso — sorri sem mostrar meus dentes, sendo gentil como sempre fui, eu o tratava como se fosse o meu tio ou meu vô. Mesmo não tendo nenhum dos dois.
— S-senhorita Ariana, que bom que chegou! — disse enquanto me ajudava com as sacolas.
— Oi Carlos, demorei muito pra vir? Espero não tê-lo feito esperar muito. — sua expressão parecia estar mais aliviado.
— Acho que não mais do que o normal, só queria saber de uma coisa só.
Enquanto eu tirava a chave de casa do bolso, eu desviava o olhar para prestar atenção no que ele estava falando.
— Aham, claro! No que posso te ajudar? — falei distraída procurando a droga da chave que foi parar bem no fundo.
— É que... hum, a sua tia... ela está bem, certo? — ele perguntou hesitando.
Confusa com o que eu ouvi, eu o encarei, deixando um clima vergonhoso e constrangedor entre nós. Ele já sabia que eu e minha tia não éramos muito próximos, então para ele perguntar isso, é porque alguma coisa aconteceu.
— Bom, a última vez que a vi, ela estava saindo de casa e parecia tudo normal. Ela estava atrasada para seu trabalho de secretaria, então nem conseguimos nos despedir direito. — disse me lembrando dessa manhã, ele começou a rir incessantemente.
— Tá bem, tá bem! Já que está tudo bem, eu vou levando essas compras até o carrinho e logo estará em cima na mesa como de costume. Não esquece dos estudos da noite, ouviu mocinha?
— Sim senhor! — disse brincando e ele começou a rir junto.
Logo voltei ao meu caminho, estava ansiosa para me jogar na cama e começar a ler meu livro novo: "Me Joguei No Amor", me recomendaram muito desde que terminei o meu último livro: "Odeio Me Apaixonar". Subindo o elevador, eu aguardava dando pequenos pulinhos de alegria nas pontas dos meus pés, até escutar a voz virtual dizendo "Você chegou ao andar 17°".
Empolgada, fui logo abrindo a porta, mas minha animação não durou por muito tempo. Estava tudo silencioso e escuro, isso até era bom, silêncio era tudo de bom! Finalmente eu teria paz para ler e descansar sem ouvir aquela música metal que minha tia colocava sempre que estava em casa. Suspirando cansada, eu iria fechar a porta, porém fui parando para escutar direito e conseguia escutar um chorinho baixo: "AH PRONTO, agora tem espírito de criança na MINHA CASA!". Era o que eu pensava, por um momento não consegui reagir e nem soube o que fazer.
Até avistar uma vassoura encostada na parede ao meu lado esquerdo, a segurando com muita força, eu fui me aproximando do escuro para procurar o interruptor. Passando meus dedos pela parede branca. E bem na hora que senti ele em meu dedo, o apertei com toda a minha força e coloquei a vassoura bem pro alto para atacar quem estivesse ali quando a luz acendeu, comecei a gritar:
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A Viagem Dos Estados Unidos - Yuri {Enemies to lovers - girls}
FanfictionAriana, nossa garota brasileira viveu sua vida inteira sem saber o motivo da morte dos seus pais, sendo obrigada a morar com sua tia Camilla. Mas ela tinha tudo de bom na sua vida: População , cabelo loiro, beleza, inteligência, riqueza. Apenas os s...