O futuro traiu Park Seonghwa.
Essa é sua crença, depois da morte de seu pai, Kim Narae, o render apenas um posto de importante e de reconhecimento junto aos membros do Alto na Colônia Oficial do Norte.
Ele odeia Kim Narae de todas as formas, desde...
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- ARCO 2 - • PARTE 3 - O SOL DE JADE •
— Você deveria abrir mão. — Assim que ouço, sou obrigado a fechar meus olhos mais uma vez. — E devia abrir os olhos. Eu não te ensinei que é falta de modos, não olhar quando alguém fala com você?
— Eu não posso te ver.
— Claro que não. Está de olhos fechados, seu tolo. — Ele ri.
— Não pai... Eu não consigo. Não consigo olhar pra você.
O silêncio se estende por um tempo, depois disso. O som puro de uma cascata enche meus ouvidos - mas eu nunca ouvi esse som antes, e me pergunto como sei do que se trata.
Devo estar imaginando coisas...
— Imaginando coisas demais... — Eu digo, baixinho, a mim mesmo.
Eu não posso ver, mas sei que Narae está sorrindo ao meu lado.
— Claro. Apenas imaginando. — Ele concorda... Mas não parece sincero.
— Ultimamente... A sinceridade vem me agradando mais do que a ironia, senhor.
— É claro que está. Ouvir a verdade é mais difícil, mas não significa que mentiras são satisfatórias. — Ele suspira.
— As coisas mais difíceis são melhores, então?
— Não me entenda mal, criança. Não exatamente. Não se trata bem do que é fácil ou difícil. Se trata do que é incomodo.
Quando ele diz, sinto um cutucar em minhas costelas. Eu sorrio um pouco, porque posso imaginar do que se trata.
— Quanto mais incômoda a caminhada, mais brilhante é o destino. — Narae conclui. — Porque alguém, uma vez, disse que "Quem vence sem risco, triunfa sem glória".
Eu rio um pouco para as palavras. Chego a me virar em sua direção e abrir os olhos, mas não vejo nada além de um brilho branco e cegante.
— Isso é meio patético. — Digo, e então o brilho perde intensidade.
Só resta os olhos brilhantes e pretos me encarando de perto. E eu não posso deixar de sorrir um pouco para o rosto confuso de Wooyoung.
Ele me encara como se perguntasse o que está acontecendo.
— Acho que estava sonhando. — Eu digo e ele me repreende, os olhos agora preocupados e uma das mãos pedindo para que eu falei mais baixo.
Ele olha em volta, move os lábios para perguntar um "O que aconteceu aqui?". Só então, eu me lembro da noite passada e procuro ao meu redor.
Mingi não está mais na cadeira ao meu lado, mas Jongho sim. Em algum momento, esse tripulante da North Down deve ter se sentido desconfortável com a posição em que acabou adormecendo depois de mim, e decidiu deitar sua cabeça em um de meus ombros.
