Vai, mas volta

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Ok, eu não sei mais ficar longe. Nem de vocês, nem desse app, nem desse casal cheiroso. Então, voltei com uma história levinha e gostosa.

Essa fanfic vai ser em um formato um pouco diferente: de mensagens. Serão mensagens trocadas pelas meninas após Carol viajar para o Canadá. Entre um capítulo e outro, vou tentar descrever alguma cena importante o suficiente pra ser transformada em "capítulo". Espero que gostem do novo modelo.

Qualquer coisa, os comentários estão abertos ein. Vou adorar ouvir vocês.

Boa leitura :)

*

Seu humor estava péssimo.

Se é que poderia piorar - o que ela não duvidava - a mulher ainda acordou mais cedo que o necessário, se enrolou com a tanga verde de praia, calçou os chinelos novos, colocou o boné vermelho no cabelo recém penteado, empunhou a bolsa e saiu do quarto, dando de cara com o punho fechado de Pedro já pronto pra bater em sua porta.

- O que? - solta, acidamente.

Com olhos curiosos, Pedro fita as vestes da irmã analiticamente.

- O que é isso?

- Uma roupa. Tô saindo - ela tenta passar por ele, que projeta seu corpo ainda mais pra frente, sem dar espaço - Sai da frente.

- Pra onde você tá indo?

- Não tá claro, Pedro? - solta, displicente, esticando ambos os braços para que Pedro pudesse ver seu corpo coberto pela roupa de banho.

- Tá, tá sim. Bastante.

- Bom - tenta se esquivar dos questionamentos novamente. De novo, sem sucesso - Você deseja alguma coisa, Pedro Henrique?

Dessa vez, sua voz soou bem mais ameaçadora do que o necessário. O tom três vezes mais baixo, seguido dos olhos-labareda pegando fogo. E Pedro sabia que ele seria o primeiro a queimar.

- Eu desejo saber por que você está indo à praia a essa hora. E, melhor ainda, por que não está pronta para o nosso outro compromisso?

Natália sente a enxaqueca começar a vir.

Odiava ter irmão.

Odiava mais ainda que seu irmão fosse Pedro, um enxerido, curioso que não sabia olhar só pro próprio umbigo.

Não era como se Natália fosse vestir um biquíni para se jogar da ponte. Ela estava muito bem, obrigada. Desde que...desde a notícia, Pedro tem sido bastante protetor acerca da irmã, Natália quase não sabe mais o significado da palavra solidão, já que Pedro não saía mais de perto dela por nada desse mundo.

- Porque eu não vou - declara, firme.

- Como assim, não vai?

- Eu não vou é uma frase bem auto-explicativa. O que mais você quer que eu explique? - eles são interrompidos por um Marcos apressado passando pelo corredor, estancando ao ver a discussão dos dois - Marcos, bom dia!

- Oi, tia. Bom dia - ele se aproxima para deixar um beijo casto em sua bochecha, se afastando para fitar seu corpo parcialmente desnudo com as sobrancelhas cerradas - Tá indo à praia?

- Sim. Quer ir comigo?

O menino coça a cabeça, sem jeito.

Natália ignorou seu corpo já muito bem coberto por roupas de sair ao fazer aquele questionamento. Ela sabia exatamente para onde ele - e Pedro - iriam. Só queria não precisar furar o compromisso previamente instalado sozinha. Ela precisava de um escudeiro. Claro que Marcos aceitaria, certo?

Ela une todas as coisas • textsOnde histórias criam vida. Descubra agora