O casamento real se aproxima e a corte toda está em polvorosa!
Exceto por uma pessoa... O que seria um fato isolado, e até irrelevante, se essa pessoa não fosse justamente a noiva.
Panny Delyon recebeu a notícia que mais temia, ou que aprendera a te...
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Mantendo-me em expectativa, constantemente olho por entre as grades douradas até que avisto a carruagem real se aproximando.
Nisso, desato a saltitar de empolgação e vejo quando, tão empolgada quanto eu, Olga é retirada do veículo com a ajuda de lady Bordô.
— Não precisava nos esperar aqui — avisa-me a preceptora, assim que é lhe permitida a entrada. — Eu a levaria aos vossos aposentos. Seria mais discreto.
Antes mesmo que a dama terminasse de falar Olga já soltara sua mão e veio correndo para junto de mim. Dessa forma, recebi a menina de braços abertos e a ergui, embalando-a em meio ao riso alegre.
— Estava ansiosa demais para ficar naquele quarto — afirmo, dirigindo-me a lady Bordô que logo sacode a cabeça em reprovação.
Em seguida, ajeito a menina que já ia escorregando e observo seu rostinho delicado, descobrindo um enorme galo na testa e alguns arranhões na bochecha.
De imediato, sinto me indignar já que essas e outras devem ter sido obras daqueles seus pais terríveis.
— Fico feliz de revê-la, Olga — digo amável. — Está feliz de me ver?
— Sim... ahm... Pincesa?
— Pois não.
— Minha mãe não me gosta mais — afirma a menina, tornando-se cabisbaixa. — Ela disse que eu sou um atraso de vida.
Oh, Deus! Como pode aquela mulher agir assim com uma criança que não entende as coisas direito.
— Tu não és nenhum atraso de vida — asseguro, tocando seu rostinho com ternura, então a coloco no chão.
Pois meu braço já começa a cansar.
— Eu quero que fique conosco — explico, abaixando em frente a ela. — Gostaria que visse meu casamento e que viesse viver comigo no palácio. Gostaria disso?
— Sim! — comemora a criança, erguendo os bracinhos no ar. — Eu quero ver o casamento da pincesa, mas... depois eu quero minha mãe — conclui em tom pesaroso.
