Nove

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— Bom dia, Sr. Charlie, seu primo Simon e a esposa estão o aguardando na sala de visitas.
— Robert, eles falaram o que vieram fazer aqui?
— Não senhor, apenas pediram para lhe informar que estavam aqui, e que precisavam falar com o senhor!
— Ok, pode avisá-los que logo irei falar com eles.— Essa visita não vai ser nada cortes!
Não estou nem um pouco de paciência para dramas familiares!

******


— Meu querido primo, como posso ajudá-lo?
— Charlie temos que conversar!
— Antes deixe-me cumprimentar sua belíssima esposa.
Charlie se abaixou e beijou a mão de Angela delicadamente.
— Como vai Angela?
— Estou bem, obrigada por perguntar!
— Já acabou com a palhaçada?
Charlie direcionou os olhos para Simon com desdém!
— Você sempre foi estraga prazer!
Como posso ajudar?
— Quero trabalhar na empresa do vovô!
— Não estou entendendo, deixa eu assimilar melhor!
Você já não tem a sua própria empresa?
Já tem a sua pensão, os seus bens.
O meu quadro de funcionários já está preenchido, e, além disso, você nunca se interessou por nossa empresa, que interesse repentino é esse?
— Eu tenho o direito, o nosso avô pode ter deixado você no comando, mas eu também sou herdeiro, e eu não te devo explicação.
— Eu já te falei que o quadro de funcionários está preenchido.
Mas se você está querendo tanto trabalhar na minha empresa, deixa o seu currículo no nosso RH, quando surgir uma vaga entraremos em contato com você!
— Seu babaca.
Simon partiu para cima de Charlie e o acertou no rosto.
— Seu bosta, você tá pensando que é melhor do que eu?
Charlie olhou para o primo e, sem pensar duas vezes, revidou o golpe, dando um soco de direita no queixo que o fez cair no chão, sangrando.
— Você vem na minha casa, me provocar, parte para cima de mim e acha que não vou revidar?
— Parem por favor — Angela se debruçou ao lado do marido que ais da estava no chão sangrando!
— Só não te arrebento aqui agora, por consideração a sua esposa.
Há e Angela, quando você se cansar desse babaca que você chama de marido, pode me procurar, você sabe aonde me encontrar!
Charlie saiu sorrindo alto.
— Volte aqui, seu... seu...
— Vamos para casa, Simon, chega de provocar o seu primo, você disse que viríamos aqui para convidá-lo para a nossa festa de um ano de casamento, não para vocês se esbofetearem igual dois idiotas.
— Você está do lado dele?
— Não estou do lado de ninguém, até quando você vai viver nessa competição com o seu primo?
Por favor, da próxima vez que quiser brigar com alguém, não quero estar presente!
Você sabe que não concordo com esse tipo de atitude!
— Você acha que eu vou aceitar o jeito que ele olha para você, só de lembrar que você quase escolheu ele.
— Ora, por favor!
Eu nunca tive nada com o Charlie, e outra eu estou com você não estou?
— Sim, mas quase...
— Quase o quê?
Ainda vai continuar remoendo o passado?
Ver se cresce e se resolva com ele, se não...
— Se não o quê?
— Eu não vou aguentar e vou te largar!
Angela saiu correndo...
— Angela, volta aqui...
Angela não olhou para trás e continuou correndo pelo jardim até encontrar a estufa de flores que a avó do Charlie e Simon cultivava.
Ela abriu a porta silenciosamente e entrou, ainda estava muito bem cuidada, com belas rosas-vermelhas na entrada e todo tipo de flores que se pode imaginar.
Ela andou e viu um banco e foi em sua direção para se sentar e descansar.
Até que quando ela foi se aproximando ouviu algo, era Charlie conversando sozinho.

"Eu quero trabalhar na empresa, tenho direitos"

*******

— Aquele idiota!
Angela ia voltando, quando pisou em um galho.
— Quem está aí?
Simon? Quer apanhar de novo?
— Não é o Simon.
— Angela?
— Oi
Angela se aproximou do banco onde o Charlie estava sentado.
— Posso?
— Claro.
— Você está bem?
— Vou ficar bem.
— Queria pedir desculpa pelo comportamento do Simon, ele anda muito estressado ultimamente, estamos tentando ter um filho e bem, não estamos conseguindo e isso o está deixando mal-humorado ultimamente.
Isso é culpa minha, eu deveria me esforçar mais e...
— Isso não é culpa sua.
— Eu devo ter algum problema, já fizemos de tudo.
— Você não deveria se culpar, só não é o momento certo.
Angela começou a chorar.
— Simon diz que eu sou infértil, joga isso na minha cara, também tem o ciúme que ele tem de você, de quando quase nos envolvemos.
— Mas isso foi há séculos.
E, além disso, infelizmente não tivemos nada!
— Ele diz que quase escolhi você!
— E isso é verdade?
— Charlie, você sabe que eu era apaixonada por você na faculdade!
Charlie fitou Angela por um segundo perplexo.
— Eu nunca soube!
Os dois começaram a se encarar de um jeito intenso, Charlie conseguiu enxergar a alma de Angela só de olhar nos seus olhos, e ela estava tão infeliz.
— Acho melhor eu ir embora!
Angela levantou e foi saindo rapidamente quando Charlie a puxou pelo braço.
— Espera!
Ela o olhou confusa e Charlie sentiu um desejo imenso de beijá-la, ela umedeceu os lábios nervosa, ele sabia que ela era casado com seu primo, que isso era errado, mas não podia deixar de senti-la em seu braço, sentir como seria beijar aqueles lábios perfeitos, ele sempre imaginou como era ter uma mulher como aquela em seus braços, depois do que o revelara ele voltou a sentir o mesmo desejo que sentiu desde a primeira vez que a viu, na biblioteca da faculdade, com os óculos de grau, agora ela era totalmente diferente, mas mesmo assim, aquela menina ainda estava ali, ele podia sentir, então não conseguiu se conter e a beijou, a beijou com muita vontade, com muito desejo, e ela quis aquilo, o beijou de volta com o mesmo desejo, e o beijo foi ficando cada vez mais intenso, as mãos de Charlie percorria todo o corpo de Angela, ela agarrou o seu pescoço como se quisesse se manter segura para não cair, ela estava gostando, ele passou às mãos em seus mamilos em seu quadril até que ela o empurrou.
— Meu Deus, o que estamos fazendo?
— Angela?
— Eu sou casada, casada com seu primo.
— Eu sei, mas...
— Sem dúvida, isso não poderia ter acontecido!
Não pode se repetir, esqueça que isso aconteceu!
— Sinto muito, mas não tem como esquecer!
— Ora, por favor!
Me deixe em paz!
Ela saiu correndo e o deixou sem olhar para trás.
— O que eu fiz?
Onde eu estava com a cabeça?
Ela é esposa do meu primo!
"Charlie, você sempre comete os piores erros."

Como vou esquecer esse momento?
Como vou olhar para ela depois de tudo que aconteceu e fingir que está tudo como era antes?

Depois do ocorrido Charlie foi para os seus aposentos e ficou refletindo sobre todos os acontecimentos anteriores e sem acreditar no que tinha acontecido e no que tinha sentido ele em fim decidiu deixar para lá e seguir a sua vida como se nada tivesse acontecido, mas o sentimento ainda estava ali, o desejo ardia em seu peito é só no que ele pensava era naqueles lábios, naquele beijo, em casa palavra que ela disse, especialmente a parte que ela era apaixonada por ele.

Depois do ocorrido Charlie foi para os seus aposentos e ficou refletindo sobre todos os acontecimentos anteriores e sem acreditar no que tinha acontecido e no que tinha sentido ele em fim decidiu deixar para lá e seguir a sua vida como se nada tiv...

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The CharlieOnde histórias criam vida. Descubra agora