Capítulo 1: A Alma Tranquila

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Olá novamente 🖤
Antes que comece essa nova aventura queria deixar claro que esse universo é totalmente fictício, não sigo as histórias que já sabemos sobre anjos e Deus.

Enfim, boa leitura 😘🤓 bjs 🥰





Enfim, boa leitura 😘🤓 bjs 🥰

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Abro os olhos devagar como se acabasse de despertar de um sono profundo, mesmo isso sendo impossível pra mim, solto o ar que não necessito, o silêncio desse lugar é agradável, mantenho minha atenção no breu sobre mim. Não toco no chão , me mantenho flutuando com ajuda das asas que estão em formas de tentáculos nas minhas costas. Uma luz chama atenção , sei que são mais almas chegando. Arqueio uma sobrancelha , essa é minha parte favorita das noites que não tem fim. Inclino meu corpo ficando reta , ainda sem tocar o chão. Os humanos são seres fascinantes , podem construir edifícios que quase toca o céu. Eles voa mesmo sem ter asas e vivem em um mundo cheio de luz e cores , com aromas distintos , sabores variados. Mas... mas nada disso dura para sempre , pelo menos não pra eles.

Várias luzes ilumina o breu , me estico levando a mão sobre os lábios como se estivesse com sono. Mesmo não estando , diferente dos humanos , nós anjos não sentimos absolutamente nada. Não necessitamos de ar , não dormimos nem comemos. Pelo menos não dá forma que o humanos fazem , inclino minha cabeça levemente pro lado abrindo um sorriso largo. Tem várias luzes acesas no breu , esse é um grupo grande. Será que foi um acidente de avião ? Talvez de ônibus ? Melhor uma chacina na escola ? Adoro chacinas nas escolas e acidentes , as almas sempre chegam perdidas , desesperadas pra voltarem pra casa. Pobres humanos , apegados a uma vida que é tão frágil.

Puxo o ar falsamente, passo os dedos pelos cabelos que flutua soltos , tão pretos quanto o breu , indo fazer meu trabalho. Encaminhar essas pobres e perdidas almas para uma nova vida , o grupo que chegou é grande , então vou leva um tempo. Gosto de conversar com eles , mas ninguém nunca , jamais me responde como é a sensação de morrer. Eles apenas ficam gritando desesperados querendo volta , pobres humanos , mal sabem que suas vitalidades é nosso alimento. E que a cada alma que passa aqui para nós é um presente.


— Não... por favor... eu só quero volta pra casa – pede a garota de cachos loiros

Sua voz tá fraca , suas mãos estão tremendo. Toda essa falação tá me dando tédio ? Acho que é esse o sentimento. Sei que se eu pedir novamente pra me contar como foi a sensação da sua morte não vai responder , então acabamos aqui , demorou até. Me aproximo dela usando as asas que mantenho em forma de tentáculos. Levanto a mão prendendo a garota no ar , não quero que se mexa mais. Deixo o capuz cair trazendo ela até mim , inclino um pouco sobre a mesma me aproximando do seu rosto. Seus lábios se afastam , afasto os meus em seguida , mas mantenho distância , aos poucos sua vitalidade vai sendo absorvida por mim , junto com todas as suas lembranças da vida que acabou de perder.

Através das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora