Sou o demônio
Que possui o seu pensar
Sou o fantasma
De tudo que você quis abandonar
Sou o monstro
Te deixando instável e sem vida
A voz em sua cabeça
Te tornando uma alma suicida
Sou seu coração
Deixando suas emoções intensas
Sou sua mente
Transformando elogios em ofensas
Sou seu cérebro
Te deixando neurótico e psicótico
Sou seu corpo
Com todos esses cortes caóticos
Sou sua autoestima
Fazendo você se sentir sem valor
Sou o possível e o impossível
Para que não se sinta digno de amor
Sou o ar que você respira
Mesmo que não consiga viver
Sou as pílulas diárias que consome
Para não enlouquecer
Sou seu pai, sua mãe
Sua pessoa favorita
Sou o oito ou o oitenta
E todas as coisas implícitas
Sou cada um daqueles
Que não iria te abandonar
Sou cada um que te abandonou
Porque não há como te suportar
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POEMAS DE UM BORDERLINE
PoesíaPoemas de um borderline escritos enquanto internado em uma clínica psiquiátrica.