Vampire's Delight | SasuNaru Version (em hiatus)

Capítulo VI

O conde de Mooncrest foi deixado com uma ereção incômoda pelo sorridente lorde Uzumaki, que roubou-lhe uma bitoca na bochecha antes de sair. Certamente não sem antes garantir que ele o visitaria da próxima vez, já que adquiriu seu endereço postal. Havia um ou outro detalhe sobre Sasuke não ser conhecido do duque e precisar de uma apresentação formal, mas suas habilidades vampíricas convenceriam o pai de Naruto que eles eram antigos conhecidos e que ele adoraria ter o vampiro em sua casa.

O moreno estava em paz com seu demônio. Ele não o deixou vencer assumindo que acreditava que o lorde era sua alma gêmea, mas ainda que não fosse, ele o queria em sua vida. Se sua redenção e salvação de todos os pecados estava em um pequeno e adorável humano que ele reivindicaria com prazer, seria uma boa surpresa que viria muito bem a calhar. Não sendo o caso, tudo bem também. Ele ainda queria Naruto.

Pela eternidade? Ele não tinha certeza do futuro, com um perseguidor tão perigoso em seu encalço não podia garantir que estaria vivo sequer na manhã seguinte. Mas ele queria o Uzumaki agora. Por todo o tempo que ele pudesse tê-lo.

E seu cheiro de cacau e morangos, e suas perguntas indelicadas, sua curiosidade e sinceridade descabidas, e seus lábios em formato de coração...

O Uchiha só temia o preço que seus desejos custariam ao jovem lorde. Esse talvez fosse o maior sinal de seus peculiares sentimentos genuínos, preocupar-se mais com o bem-estar do humano do que com o próprio prazer.

Depois de banhar-se e resolver sua fome luxuriosa, Sasuke foi para o escritório checar a biblioteca dos Han e sua literatura obscura. Ele ouviu falar do lançamento de Drácula, mas não chegou a ler e estava curioso se ali não havia um exemplar...

Até Jisung aparecer mais pálido que o normal, despenteado e ofegante.

— O que houve? Achei que ainda estava hibernando.

— E-Ele... está aqui.

— O quê? — Sasuke colocou-se de pé, em posição de defesa. — Ele não pode ter chegado tão cedo. Fomos extremamente cuidadosos com nossos rastros. Da última vez ele levou um mês!

— Eu não sei como. — O vampiro mais jovem pegou um longo fôlego e começou do início, para fornecer-lhe mais detalhes: — As obscenidades que praticou com o lorde arrancaram-me do meu sono pacífico e no instante em que o sol se foi, corri para a cidade em busca de alguma diversão carnal também. Mas antes que eu pudesse, nossos informantes humanos notificaram-me sobre um assassinato nas margens da cidade. O corpo estava estranhamente drenado. Nem um pingo de sangue sequer. Fui até o local para investigar e os policiais que compeli disseram que não haviam marcas de bala, de facadas ou hematomas por socos. O corpo estava apenas... seco.

O Uchiha passou as mãos pelos cabelos.

— Mas... — Jisung tentou acalmá-lo. — Pode ser outro! Drenar não é muito o estilo dele. Você sabe que Min-ho prefere criar lagos escarlate ao redor de suas vítimas.

— Não. Isso é o estilo dele. Pode estar reunindo forças ou apenas tentando nos confundir, fazer-nos acreditar que ainda não chegou para que nos instalemos confortavelmente até ele dar o verdadeiro bote uma vez que estejamos desprevenidos. Maldição! Ele nunca vai se cansar?

— Se for mesmo o caso, devíamos planejar nossos próximos passos antes que ele possa fazer algo mais grave. — Jisung pensou alto.

— Mais grave que assassinato?

— Decerto que sim. Como nos incriminar ou matar um certo lord-

Os olhos de Sasuke ficaram negros, suas presas cresceram e ele de repente estava a um fio de cabelo de distância do Han, imprensando-o contra a estante pelos ombros.