Pov: PARK CHAEYOUNG.
— Jesus Cristo. — Disse Jisoo, batendo a porta.
Eu estava encolhida no sofá da nossa cobertura. Ela sentou ao
meu lado e esfregou o meu ombro.
— Acho que você já sabe sobre Momo e o contrato?
— Acho que foi um arrombamento, não tenho ideia de como ela
pôs as mãos no contrato. Eu falei com o meu pai no caminho de casa,
tudo vai ficar bem. Nós ainda vamos nos casar e essa coisa toda não importa.
— É importante para mim. — Eu sussurrei. Eu aproximei meus
joelhos até meu estômago e os abracei. — Estou cansada de ser um contrato, Jisoo.
Ela franziu a testa. Ela estava, obviamente, abalada, mas lidou com isso também.
Um golpe como esse do nada poderia fazer isso, mas Jisoo parecia
muito introspectiva, como se ela sempre tivesse um plano de salvação.
— Existe algo mais acontecendo, Chaeyoung? — Seu tom era um
pouco rouco. Ela estava examinando meu rosto com alguma suspeita.
— Sim. — Eu olhei para minhas mãos.
— Há.
Eu respirei fundo e olhei nos olhos dela, foi difícil, mas assim que eu fiz, o meu olhar movimentava como vespas, a raiva crescia atrás de minhas retinas. Ela parecia tão preocupada. Comigo.
Outra respiração profunda.As duas últimas horas tinham sido um inferno. Todos os tipos de pensamentos e cenários estavam jogados na minha cabeça. Choque não descrevia o estado em que eu estava e tinha estado desde esta tarde. Mas de alguma forma, com aqueles olhos verdes olhando de volta
para mim, eu me senti um pouco melhor. Como se tudo fosse ficar bem.
Tinha que ficar tudo bem.
Isso não foi há dois meses. Isto era agora. Eu amo Jisoo. E em
algum lugar lá no fundo, eu acreditava que ela também me amava. O
contrato não foi mais que um elemento vanguarda em nosso relacionamento.
— O que temos... É verdadeiro... Certo?
— Sim. Isso é real, querida. — Disse Jisoo e esfregou minha canela. Pela primeira vez nas últimas horas uma onda de felicidade correu através de mim e afastou toda a desgraça da minha cabeça.
Agarrando às suas palavras, disse-lhe a verdade.
— Estou grávida.
O rosto de Jisoo passou de preocupação a uma máscara de choque e, finalmente, a raiva. Meu coração batia forte em meus ouvidos e meu peito estava muito apertado para segurar a minha caixa torácica.
— O quê? — Ela se levantou e passou a mão pelo cabelo. Seu olhar me percorreu como chamas. Havia tanto ódio e animosidade escorrendo dela, quase me engasguei. — Como você fez isso?
— Eu não... Quer dizer, eu não fiz isso propositadamente.
— Mentira. — Ela gritou e eu pulei do meu lugar com sua explosão.
— Eu verifico suas pílulas anticoncepcionais todas as noites.
— Você o quê? Você foi verificar para ver se eu as tomava?
— Sim. Então, o que, você jogou fora? Deveria ter imaginado, porra. — Ela rosnou.Todo o meu peito foi tirado completamente para fora como se as
palavras de Jisoo crescessem garras e arrebatasse meu coração, em
linha reta entre as minhas costelas. Nem uma única palavra fazia
sentido. Isto não podia estar acontecendo. Não desta forma. Eu sabia que era uma surpresa, mas ...
— Eu pensei que fosse real! Você acabou de dizer que... Você e eu...
— Você está mentindo, está sendo conivente e eu não vou ser
preso com isso!
Eu não conseguia respirar. Não foi possível nem abrir a minha
boca e formular as palavras. Eu queria dizer a ela que eu não queria
que isso acontecesse. Dizer a ela o que o médico me disse. Dizer que
apesar de ter sido um choque, eu estava empolgada com este bebê.
Nosso bebê. Qualquer coisa para fazê-la parar de olhar para mim como
se eu fosse a encarnação do mal.Infelizmente, eu conhecia Jisoo, eu
sabia quão terrível o seu pensamento poderia ser e agora eles foram
destinados a mim.
A doença que eu senti ao longo das últimas semanas não era
nada em comparação com a atual agitação no meu intestino. Não
importa qual fosse minha defesa. Realidade, o amor, eu balancei minha
cabeça. Eu tinha sido ingênua. Sua expressão vagava entre a culpa e o
horror, foi uma expressão clara que mostrava exatamente como ela
realmente sentia sobre mim. Sua reação foi mais do que suficiente. E foi
demais para suportar.
— Você pode pensar que você está conseguindo algo, mas você
não vai conseguir nada de mim.
— Eu não quero nada de você. — Eu sussurrei.
Ela zombou, obviamente, não acreditando.Me levantei, minhas pernas trêmulas e toda a minha vontade se foi. Eu estava cansada. Tão incrédula e cansada, eu mal podia ver.
Lágrimas dançaram na orla dos meus olhos. A única coisa que me veio
à mente era a verdade.
— Eu te amo, Jisoo.
E o meu coração se partiu porque isso não importava. O olhar em seu rosto deixou isso bem claro. — É verdade.
— Disse eu. — Mas eu não acho que eu já odiei alguém tanto assim na minha vida.
Mordi o lábio, porque as lágrimas vieram com força. Eu não
conseguia olhar para ela. Meu peito estava cedendo e os meus pulmões
estavam queimando. Não havia oxigênio suficiente no mundo naquele
momento. Me virei e caminhei até a porta.
— Eu pensei que você fosse diferente.
— Ela rosnou.
Olhei por cima do meu ombro e abri a porta.
— Assim como eu.VOTEM E COMENTEM...
XOXO...
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Slowly possess me. Chaesoo G!P
FanfictionPark Chaeyoung sempre viveu sua vida do jeito certo, o namorado certo, a faculdade certa, a carreira certa ... tudo perfeitamente certo, até que ela descobre que seu namorado está noivo de outra mulher e seu chefe a quem Chaeyoung entregou todo o d...